Só cresce! Patrocinadores investem pesado no futebol feminino do Brasil

Apoio de grandes marcas impulsiona a modalidade no país, enquanto a CBF faz pagamento milionário às campeãs da América
2022-08-22 08:42:03

Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Porém, fica claro que o futebol feminino está em expansão no Brasil. Prova disso é o crescimento dos patrocínios na modalidade, que atrai grandes marcas para as camisas dos times.

Há também um aumento nas premiações. O Paulistão Feminino vai distribuir uma quantia milionária. Ao mesmo tempo, a CBF igualou o pagamento da seleção masculina e feminina.

Por isso, relembre avanços importantes no futebol feminino em 2022!

Marcas investem no futebol feminino

Desde que os clubes passaram a criar seus times femininos, é notório que mais empresas estão se interessando por essa modalidade. Não apenas com patrocínios aos clubes, mas também na promoção dos torneios.

Isso é fundamental porque o futebol feminino sofre com dificuldades financeiras. Ao contrário de grandes competições masculinas, que rendem milhões de reais aos clubes, muitos títulos não pagam sequer premiação entre as mulheres.

Agora, esse panorama começa a mudar. Além dos sites de apostas, que também são maioria no masculino, há empresas renomadas no país que estão de olho nas mulheres. É o caso da Tim, gigante de telefonia.

Relembre parcerias anunciadas em 2022

Listamos alguns contratos de patrocínio que foram anunciados pelos times femininos na temporada. O mais interessante é que alguns são exclusivos para a modalidade. Confira!

Cartão de Todos e Betfair no Palmeiras

Além da Crefisa e FAM, que também patrocinam o time masculino, o Palmeiras fechou duas parcerias para a sua equipe feminina: Cartão de Todos e Betfair.

A primeira empresa trabalha no ramo de benefícios e assinou até julho de 2023. A casa de apostas é a patrocinadora máster e faz ativações com o Verdão nas redes sociais.

São dois patrocinadores exclusivos, que ajudam no crescimento da modalidade no clube. O Palmeiras terminou como líder na primeira fase do Brasileirão Feminino e encaminhou a vaga nas semifinais.

Blink e Tim no Atlético-MG

As Vingadoras ganharam dois apoios importantes na temporada. A empresa de telecomunicações Blink fez um acordo pontual em março. Deu certo e o contrato foi estendido até o fim de 2022.

Enquanto isso, a Tim aparece na numeração das camisas do Atlético-MG. A empresa investe há algum tempo no esporte, principalmente no Time Brasil. O mesmo acordo foi feito com o Cruzeiro.

Betsson no Athletico-PR

Na semana passada, o Athletico divulgou um acordo com a Betsson para ser seu novo patrocinador máster do futebol feminino.

O contrato foi assinado até 2023 e as Gurias Furacão já estamparam a marca no Brasileirão Feminino A2. O movimento aconteceu depois que a casa de apostas também assinou com o time masculino, que está nas semifinais da Libertadores.

Galera.bet no Corinthians

Grande bicho-papão da modalidade nos últimos anos, o Corinthians tem a Galera.bet como parceira. O site de apostas fez um patrocínio pontual em fevereiro, na Supercopa do Brasil.

Com o sucesso da parceria, o acordo virou fixo. A marca aparece nos ombros da camisa e faz outros tipos de ativação, como nas placas do CT e nas redes sociais.

A Galera.bet é parceira também do time masculino. Vale lembrar que as empresas de apostas têm contratos válidos com os 20 times da Série A do Brasileirão — alguns deles no futebol feminino.

Premiação do Paulistão Feminino e Copa América foram destaques

Além dos patrocínios, outro avanço importante em 2022 foi nas premiações. Em junho, a Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou um pagamento recorde para o Paulistão Feminino. Ao todo, R$ 2,6 milhões serão distribuídos.

As equipes também vão receber uma cota pela participação e não terão custos de “operação e produção”. Isso foi possível pelos patrocínios e pela venda dos direitos de transmissão. Todos os jogos serão exibidos.

Já a CBF fez um pagamento de quase R$ 8 milhões à Seleção Brasileira Feminina pelo título da Copa América. Os valores serão divididos entre as atletas e comissão técnica.

Isso é fruto de uma luta antiga das jogadoras, que conseguiram igualar a premiação entre os gêneros. Assim, elas vão receber o que a CONMEBOL repassou à CBF.

Vale destacar que os valores ainda são desequilibrados. Em 2019, o Brasil ganhou mais de R$ 43 milhões pelo título da Copa América masculina.

De qualquer forma, com o apoio dos patrocinadores e entidades, a tendência é melhorar cada vez mais.