Na tarde deste sábado, o Fluminense bateu o Ceará por 2×1, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Desesperados na luta contra o rebaixamento, os donos da casa partiram para cima e abriram o placar ainda no início com Felipe Azevedo. Mas o Flu reagiu e conseguiu a virada com dois gols de Rafael Sóbis.
O jogo: erros do Flu, oportunismo do Ceará
Desde o apito inicial, ficou claro que nenhum dos dois clubes havia entrado para perder. Com a pior campanha do returno do campeonato, o Vozão jogava pela sua sobrevivência, apostando no técnico recém-contratado Dimas Filgueiras e na força da torcida, que lotava o estádio, para vencer.
E o novo comandante já chegou promovendo mudanças, trocando os centrovantes Marcelo Nicácio e Washington por Felipe Azevedo e Osvaldo, dois homens de maior velocidade. A ideia era, claramente, aproveitar a lentidão e a deficiência técnica do miolo de zaga tricolor, composto pelo jovem Elivélton, que fazia sua primeira partida como titular, e pelo contestado Márcio Rosário.
A estratégia deu certo. Com uma postura agressiva, a dupla de frente cearense infernizava a defesa adversária, e não demorou a abrir o placar: Felipe Azevedo aproveitou um erro grosseiro de Márcio Rosário para tocar na saída de Diego Cavalieri, logo aos 7 minutos de jogo.
A partida era absolutamente aberta, com ambos os ataques levando vantagem sobre as defesas. No Flu, Fred fazia uma grande partida, puxando sempre a marcação de dois defensores e dando passes precisos para deixar seus companheiros constantemente de frente para o gol.
Reação tricolor
Na marca dos 31 minutos, após perder uma série de boas oportunidades, o Tricolor finalmente traduziu seu bom futebol ofensivo em gols: Deco acionou Fred em um rápido contra-ataque, e o camisa 9 serviu Rafael Sóbis com um belo passe. O camisa 23 só teve o trabalho de tocar por baixo do goleiro Fernando Henrique e correr para o abraço.
O segundo tempo veio, e com ele uma grande queda de produção nos donos da casa. Mais bem encaixada, a zaga do Flu passou a marcar melhor o ataque cearense, e Felipe Azevedo, talvez o grande destaque da primeira etapa, desapareceu da partida.
Os cariocas, por outro lado, só cresciam. Ciente de que o empate era péssimo resultado, a equipe continuava apostando na criatividade de seus meias Deco e Marquinho e na técnica da sua dupla de ataque para pressionar o adversário.
Aos 19 minutos, a recompensa: Carlinhos deu lindo passe para Rafael Sóbis em mais um contra-ataque, e o jogador não perdoou, acertando um belo chute de pé esquerdo para colocar o placar em 2×1.
Com o resultado favorável, o Flu abandonou a estratégia de pressão total, e passou a jogar de maneira mais conservadora, garantindo-se na marcação e procurando aproveitar os contragolpes.
O Ceará tentava reagir, mas esbarrava na falta de qualidade do seu meio de campo e na queda brusca na atuação dos seus homens de frente. O técnico Dilmas Figueiras, percebendo a situação, colocou as referências Marcelo Nicácio e Washington em campo, mas não houve jeito: o Vozão criava pouco e só assustava em eventuais lances de bola parada ou chutes de longe.
O apito final veio para selar a alegria no time e comissão técnica do Fluminense, que está agora na 4ª colocação, com 53 pontos conquistados, tendo ultrapassado o rival Flamengo. O próximo compromisso do Tricolor será uma difícil partida contra o Internacional, no Beira-Rio, que ocorrerá às 19h do próximo domingo.
Ao Ceará, resta lamentar a derrota e a chance perdida de aproveitar os tropeços de Atlético-PR e Cruzeiro para afastar-se da ameaça do rebaixamento. Ainda em 17°, com 32 pontos, equipe terá um confronto importantíssimo contra o Avaí, na Ressacada, às 17h do próximo domingo.
