Robinho, condenado por estupro, diz que foi vítima de racismo em julgamento na Itália

Brasileiro foi condenado a nove anos de prisão pelo crime contra uma mulher albanesa
2024-03-18 01:15:49

O jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro à uma mulher albanesa em uma boate na Itália, se defendeu em público pela primeira vez, afirmou que é inocente e que foi alvo de racismo no julgamento realizado na Europa.

Em entrevista à TV Record, o brasileiro – condenado em todas as instâncias da justiça italiana – relembrou os fatos acontecidos em uma boate de Milão, em janeiro de 2013. Robinho confirmou que houve uma relação sexual com a mulher, porém que o ato foi consentido. O atleta não mostrou provas que não tenha cometido o estupro.

Robinho condenado

  • Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro.
  • Atacante voltou ao Brasil durante o processo.
  • Justiça italiana pediu que o atleta cumpra a pena em solo brasileiro.

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Relembre o caso

O atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo de uma mulher albanesa. O crime foi cometido em 2013, em Milão – na Itália -, e a sentença não cabe mais recurso na Justiça italiana.

A Promotoria do caso usou diversas provas, entre elas gravações telefônicas interceptadas que indicam a participação de Robinho no estupro.

As transcrições mostram conversas do brasileiro com Ricardo Falco, amigo do atleta e que também foi condenado, sobre a noite do crime. Eles debatem sobre os depoimentos dados à polícia local e descrevem cenas explícitas do abuso. O jogador admite, em uma das gravações, que fez sexo com penetração com a vítima.

A primeira condenação do então jogador do Milan saiu em dezembro de 2017 e a defesa do atleta recorreu, porém o brasileiro foi condenado em última instância em janeiro de 2022. Em 16 de fevereiro do ano passado, a Justiça emitiu um mandado de prisão internacional.

Inocência e vítima de racismo

Alegando inocência apesar da condenação em todas instâncias, Robinho se defendeu em entrevista à TV Record e questionou a versão da vítima.

– Ela lembra o que tinha acontecido no local, a cor da minha camisa, quantas pessoas estavam no lugar. Temos imagens de que ela estava combinando de se aproximar de mim depois de a minha esposa deixar o local. Ela estava com outros rapazes. E foi para outro lugar com os mesmos rapazes até altas horas da madrugada. Em nenhum momento ela estava alterada, teve comportamento diferente. Ela dançou com outros rapazes, não era local fechado. Não era local violento, que não dava para ver. Ela não aparentou estar inconsciente. As provas mostram que ela não estava inconsciente.

O jogador ainda reclamou do encaminhamento do processo na Itália e afirmou ter sido vítima de racismo na Europa: “Cansei de ver histórias de racismo, com companheiros meus. Os mesmos que não fazem nada com isso são os mesmos que estavam no meu julgamento. Se meu julgamento fosse para um italiano, um branco, tenho certeza que seria diferente".

– Quem cometeu esse tipo de crime tem que pagar mesmo, mas não foi o meu caso. O meu caso é uma falsa acusação. Não sou esse monstro. Não sou violento. Nunca tive isso. Posso afirmar que não é verdade no que estão tentando me transformar. Eu espero que no Brasil eu possa ter a voz que eu não tive lá fora.

Julgamento no STJ

Condenado na Itália, Robinho está no Brasil e como o país não extradita seus cidadãos, a Justiça local solicitou que o atleta cumpra a pena em solo nacional.

Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vão votar para Robinho cumprir a pena no Brasil. O julgamento foi marcado para esta quarta-feira (20).

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