“Lei da SAF está quebrada”; Textor critica modelo brasileiro e preocupa Botafogo

Empresário quer que juízes e governos interpretem a lei de forma mais financeiramente favorável à SAF
2023-01-25 19:56:26

John Textor, empresário e dono majoritário da SAF do Botafogo, criticou o modelo brasileiro de Sociedade Anônima de Futebol em entrevista ao site Fogão Net. De acordo com o norte-americano, a interpretação da Lei não está sendo feita da maneira correta e pode gerar prejuízos para seus negócios.

“A Lei da SAF está quebrada. Ela não funciona. Começamos a controlar o clube no dia 11 de março e, desde o começo, sentimos que os juízes e as cortes brasileiras não tiveram cuidado em interpretar a lei como ela foi criada”, afirmou Textor. “Acredito que temos que cuidar da SAF e não nos preocuparmos com os problemas do passado. Todos os credores têm que estar dentro do Regime Centralizado de Execuções, tendo seu pedacinho daqueles 20% da Lei da SAF, e não interferir na operação do futebol”.

 

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Entenda a crítica

O modelo de SAF no Brasil foi pensado para ajudar clubes endividados. As dívidas seriam tratadas por meio do Regime Centralizado de Execuções (RCE), para que tanto pessoas como empresas recebessem seus valores do clube em até dez anos. 

O problema com este formato é que os clubes ficariam sem receitas, já que o futebol seria transferido para a SAF. A solução encontrada foi responsabilizar os clubes-empresas pelo repasse de 20% de suas receitas mensais.

O regime, porém, não foi aplicado na prática. Textor afirma que muitos credores tentam “furar a fila” e bloqueiam receitas da SAF. A CBF, por exemplo, teria retido parte da premiação do Botafogo relativa à Copa do Brasil para quitar uma dívida do clube com ela mesma.

O empresário afirmou que, até a Lei ser melhor definida e respeitada, ele deixará de repassar os 20% das receitas. Caso o Botafogo saia do RCE, perderá o benefício de prolongar os prazos de pagamento de dívidas, entre outras vantagens. Por fim, Textor afirmou que travará uma “dura batalha” para que os juízes interpretem a Lei de maneira mais financeiramente favorável à SAF.

 

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