Antidoping de Gabigol – outros jogadores já se negaram a fazer o exame?

Atacante do Flamengo está suspenso por dois anos por fraudar o teste
2024-04-29 15:16:00

O atacante Gabigol está cumprindo a suspensão de dois anos imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) por fraude em exame antidoping realizado no Ninho do Urubu, em dezembro de 2022.

O ídolo rubro-negro se negou a seguir o protocolo exigido pelos agentes antidopagem, teve um comportamento considerado “grosseiro" e “rude" com os profissionais e estas ações ajudaram na condenação no TJD-AD.

A condenação do astro do Flamengo foi confirmada em placar de 5 a 4 pelo colegiado do Tribunal e a punição impede o jogador de frequentar as instalações do clube e de entrar em campo por qualquer time.

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Jogadores já se negaram a fazer o teste antidoping?

Gabigol foi acusado de dificultar a realização do exame antidoping. Apesar de ser testado negativo, as ações do atacante relatadas pelos oficiais da coleta se encaixam em “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle".

Esta ação não é comum, mas um atleta brasileiro já foi punido por se negar a fazer um teste antidoping: o atacante Jobson, ex-Botafogo, quando atuava no futebol da Arábia Saudita.

Acertado com o Al-Ittihad Jeddah, Jobson foi convocado para um teste em 2014, porém se negou a fazer a coleta por ter medo de ser boicotado pela diretoria do clube que devia quatro meses de salário. A negativa suspendeu Jobson na Arábia Saudita e a Fifa o proibiu de atuar profissionalmente em qualquer país.

– Eu me arrependo de não ter feito o exame. Eu não fiz, porque eu achei estranho. Eles poderiam colocar alguma coisa na minha urina. Por que o presidente me manda fazer o exame com ele me devendo quatro meses? Eu mandei ele lá para o cafundó do Judas – comentou Jobson, ao ‘Uol".

Punição exemplar

A suspensão por dois anos impede Gabigol de entrar nas instalações do Flamengo e de jogar até abril de 2025. Gabriel foi acusado com base no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem e poderia ser punido por até quatro anos, mas teve pena reduzida por “comprovação de circunstâncias excepcionais".

Recurso na CAS

A defesa de Gabigol já enviou seu relatório para o julgamento do efeito suspensivo do atacante, na CAS (Corte Arbitral do Esporte), ainda sem data definida. Por se tratar de um órgão que responde a todos os esportes, o CAS pode demorar para avaliar o pedido do rubro-negro.

Se o colegiado conceder o efeito suspensivo, Gabriel poderá voltar aos jogos do Flamengo enquanto o Tribunal não julgar o recurso que pode confirmar a punição ou inocentar o brasileiro.

Relembre o caso

Gabigol foi acusado de dificultar a realização do teste antidoping. Apesar de confirmar o exame e ter testado negativo, a coleta foi identificada como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle", o que levou o atacante a responder pelo artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem.

Um dos relatos fala em “demora do atacante para realização do exame e o não cumprimento das instruções". O jogador não se dirigiu aos responsáveis pelo exame antes do treino, almoçou e tratou os profissionais com desrespeito, não seguiu os procedimentos indicados, pegou o vaso coletor sem aviso prévio, irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro e entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida.