Brasil tem a 2ª seleção mais valiosa de Tóquio-2020

O Brasil é um celeiro de craques e os convocados sub-23 para as Olimpíadas de Tóquio mostram isso.
2021-07-29 05:33:54

Com segurança, o time de Jardine chegou às quartas, sendo um dos times favoritos à medalha de ouro. No entanto, é, em teoria, a Espanha que possui o melhor elenco do torneio.

Em 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil tinha a seleção mais cara das Olimpíadas de forma disparada (Neymar foi o grande responsável por isso). Neste ano, ainda que o time tenha alguns dos jovens mais valiosos do mundo, não é o suficiente para deixar a Seleção Brasileira como a equipe mais valiosa.

Segundo o site Transfermarkt, especializado em valores de mercado no futebol, o time do Brasil que tenta o bicampeonato olímpico vale 363,7 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões), valor bem abaixo do que vale o elenco espanhol, com 563 milhões de euros (R$ 3,4 bilhões).

Richarlison é o jogador mais caro do Brasil e está entre os cinco mais valiosos de todo o torneio de futebol masculino nas Olimpíadas. O atacante do Everton, da Inglaterra, está avaliado em 55 milhões de euros (R$ 333 milhões). Logo atrás dele vem Diego Carlos, zagueiro do Sevilla, com 45 milhões de euros de valor de mercado (R$ 272,4 milhões).

Douglas Luiz, Matheus Cunha e Bruno Guimarães, todos acima da casa dos 30 milhões de euros, também encarecem bastante o elenco do Brasil (o valor, aliás, não é tão diferente do que tinha a equipe que conquistou o ouro há cinco anos).

A questão é que a Espanha tem uma nova geração despontando que já brilha nos grandes clubes da Europa. Uma das favoritas, a “Fúria” tem Pedri, com 80 milhões de euros (R$ 484,3 milhões) e Mikel Oyarzabal, com 70 milhões de euros de cotação (R$ 423,8 milhões) como principais peças.

Com valores parecidos com o de Richarlison ainda aparecem Dani Olmo e Pau Torres, ambos valendo, cada um, 50 milhões de euros (R$ 302,7 milhões). O elenco espanhol ainda tem nomes muito fortes como Mikel Merino, Carlos Soler, Marco Asensio, Bryan Gil e Marc Cucurella.

Outras seleções destoam do Brasil

Depois de Brasil e Espanha, nenhuma das outras principais seleções que estão em Tóquio possuem elenco que ultrapasse a marca de 200 milhões de euros. A Alemanha, por exemplo, tem uma convocação avaliada em “apenas” 128,2 milhões de euros.

Os alemães claramente não priorizaram a competição em 2021, e Arnold, veterano de 27 anos do Wolfsburg é o atleta mais caro do elenco, valendo somente 19 milhões de euros (R$ 115 milhões).

Campeã mundial na Rússia em 2018 com uma geração muito promissora, a França também mandou um elenco modesto ao Japão para a disputa dos Jogos Olímpicos. André-Pierre Gignac é um dos mais conhecidos, mas já veterano está cotado em 2 milhões de euros (R$ 12,1 milhões). O nome mais caro é o do também “veterano” Florian Thauvin, do Tigres-MEX, com 17 milhões de euros de valor de mercado (R$ 102,9 milhões).

Já eliminada, a Argentina que um dia contou com Lionel Messi para conquistar o ouro nas Olimpíadas (em Pequim, em 2008), hoje não tem nenhuma grande estrela no plantel olímpico. Os jogadores mais caros são justamente os mais conhecidos: Thiago Almada, meia promissor do Vélez Sarsfield, Ezequiel Barco, que está na MLS, e Alexis Mac Allister, que chegou a jogar a Libertadores pelo Boca Juniors no ano passado.

No entanto, nenhum deles tem valor acima de 20 milhões de euros. O Japão também não passa desse teto, mesmo com as convocações de Takefusa Kubo, do Real Madrid, e Takehiro Tomiyasu, jovem defensor que vem jogando bem no Bologna, da Itália.

Costa do Marfim surpreende

Apesar de ter só vencido um jogo na fase de grupos, a Costa do Marfim tem um trio de respeito disputando as Olimpíadas: Eric Bailly e Amad Diallo, dupla do Manchester United, e Franck Kessié, titular absoluto do Milan. Os dois primeiros valem 15 e 18 milhões de euros, respectivamente. Já o meia do time italiano está entre os mais caros de Tóquio-20, com 55 milhões de euros de cotação (R$ 333 milhões).

Cada vez mais dinheiro conta no futebol, tanto que vimos isso no Rio em 2016. Será que a história se repetirá no Japão com a Espanha campeã ou o Brasil mostrará que tem muito talento desvalorizado no mercado com capacidade de decidir? Saberemos nas próximas semanas, com o fim do torneio em Tóquio.