Árbitro da final da Copa do Mundo de 1982 e ex-comentarista, Arnaldo Cézar Coelho, ao UOL, detonou o fim do quadro “Central do Apito” na Globo, emissora por onde trabalhou por 29 anos.
Ele mesmo, em 1989, criou o quadro. Segundo ele, os ex-árbitros, que atuam comentando, hoje, viraram especialistas em julgar as decisões do Video Assistant Referee (VAR).
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A TV Globo criou a Central do Apito, mas que nasceu com alguns problemas. Por exemplo, os árbitros ficaram comentando só sobre o que o VAR tinha falado, tinha feito… viraram comentaristas de VAR – Arnaldo Cézar Coelho
Para ele, o analista serve, numa transmissão, para destrinchar a decisão dos juízes em campo e torná-la didática para o telespectador em casa.
“Caberia uma análise mais didática e não ficar esperando a decisão do VAR para que seja feito um comentário. Se foi pênalti, então explica didaticamente a regra. Eu lamento! Isso é uma coisa que eu sempre discutia quando estava lá“, apontou
A TV Globo decidiu encerrar a Central do Apito. Comentários de arbitragem em transmissões eram tradição há 34 anos, com início em 1989 por Arnaldo Cezar Coelho.
Sandro Meira Ricci e Fernanda Colombo foram demitidos. Paulo César de Oliveira foi mantido apenas para programas. pic.twitter.com/1o8gbfJvMH— De Olho No Apito (@deolhono_apito) March 21, 2023
Arnaldo deixou clara sua ideia sobre o VAR, que, desde 2016, está presentes em competições da FIFA, e chegou ao Brasil em 2018. O instrumento implementado no futebol também foi uma das causas para ele deixar os comentários na televisão.
“Quando começou o VAR, em 2018, eu já estava no final da linha, entende. Então eu pensei que isso, para mim, não é uma coisa simpática. E, ao invés de eu ficar sendo um cara reclamão, dizendo que o VAR é uma boa ideia, que na prática não funciona, eu fui curtir minha família, os finais de semana“, revelou.
Sua última partida na TV foi a final da Copa do Mundo de 2018, entre França e Croácia. Desde então, Arnaldo Cézar Coelho atua administrando seus investimentos pessoais.
