Tite apresenta queixa-crime contra comentarista e ex-jogador Neto; confira detalhes

Ex-treinador da seleção brasileira alega ter sido vítima do delito de injúria após a eliminação do Brasil na Copa do Qatar, em 2022
2023-03-16 20:49:48

 

Tite, ex-técnico da seleção brasileira que comandou a equipe nas duas últimas Copas do Mundo, apresentou uma queixa-crime na Justiça. O alvo da denúncia é o ex-jogador e hoje comentarista Neto, apresentador do programa Os Donos da Bola, na TV Bandeirantes.

Os advogados do ex-treinador alegam que Neto praticou o delito de injúria durante seu programa na Band, no dia 9 de dezembro de 2022, após a eliminação do Brasil para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar.

 

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Pena prevista no Código Penal é de um a seis meses de detenção ou multa

Na época, Neto se referiu ao até então técnico da seleção como “filho de uma p***", “desgraçado", “sem-vergonha", “burro", “idiota", “imbecil" e “vagabundo".

A defesa de Tite afirma que “as sete expressões – algumas delas proferidas repetidamente – formam um conjunto inequívoco de ofensas, qualquer que seja o contexto em que proferidas. Possuem elevado caráter pejorativo e não têm outro sentido senão o de atingir a honra do querelante [Tite], ofendido em sua dignidade (respeitabilidade) e seu decoro".

Os representantes de Tite solicitaram, na queixa-crime, que o apresentador sofra as sanções estipuladas nos artigos 140 e 141 do Código Penal:

Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Art. 141 – As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.

§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)A pena prevista é de detenção de um a seis meses ou multa, e pode ser elevada em um terço quando o crime é cometido na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia. Além disso, pode ser triplicado quando divulgado em redes sociais.

No caso de Neto, os comentários foram retransmitidos pelo YouTube, onde atingiu 2,5 milhões de visualizações na plataforma, de acordo com a defesa do treinador.

A ação foi aberta na última quarta-feira (15), no Fórum Regional de Pinheiros, em São Paulo. Até o momento, nenhuma das partes ou assessorias de imprensa falaram sobre o caso.