O triunfo do Rei Pelé

Seu talento e sua história fizeram dele um verdadeiro mito. Pelé é considerado, atualmente, como sendo o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Revelado no Santos, a vida do clube gira ainda em torno desta estrela que encantou os santistas por mais de 18 anos.
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sambafoot_admin
2005-11-02 10:55:27

Biografia

Dico calça as chuteiras e sai para fazer o que mais gosta: jogar futebol. Em campo, o menino magrinho, de 11 anos, é dono de si e da bola. Ele dribla, cabeceia, empurra e mira no gol. Na ocasião, a pequena platéia da cidade de Bauru (Interior de São Paulo) não fazia idéia que nascia ali Pelé, o maior atleta de todos os tempos. Mas foi nos gramados da Vila Belmiro que ele se tornou Rei.

“Eu sonhava em jogar como meu pai”, confidenciou Edson Arantes do Nascimento, mineiro da cidade de Três Corações, filho de Celeste e do conhecido jogador Dondinho. Edson teve uma surpresa, porque Pelé foi muito além. Superou seu próprio sonho e, até mesmo, a promessa de ganhar uma Copa do Mundo para seu pai. “Na final da Copa de 50, o Brasil perdeu para o Uruguai e meu pai ficou muito emocionado. Quando eu o vi em lágrimas, só pude pedir para que não chorasse porque eu iria ganhar uma Copa do Mundo para ele”, lembrou o Rei, que saiu campeão de três Copas do Mundo, colecionou mais de 50 títulos e 1.281 gols em sua gloriosa carreira.

Quando o Atleta do Século XX, ainda aos cinco anos, mudou-se para São Paulo com sua família, Dondinho passou a atuar no Bauru Atlético Clube (BAC). Seguindo os passos maestrais de seu pai, Dico brilhou em equipes amadoras da região, como Ameriquinha e Baquinho, e sua intimidade com a bola o fez conquistar títulos de artilheiro e um novo apelido: Pelé.

Em pouco tempo, os pés daquele menino franzino e de uniformes folgados no corpo tomariam um novo rumo. Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru. Para selar compromisso com o destino, o mesmo jogador que o descobriu, o levaria, anos depois, para o Santos Futebol Clube.

Assim que Pelé chegou à Vila Belmiro, em oito de agosto de 1956, Waldermar de Brito avisou ao clube santista: “Esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo”. Não demorou muito para a profecia começar a se concretizar. Um mês depois de sua chegada ao alvinegro praiano, que já era um time bicampeão paulista, Pelé estreou na equipe principal. “Minha estréia foi em um torneio amistoso contra o Corinthians de Santo André. Entrei no segundo tempo, no lugar de Del Vecchio e fiz o sexto gol do placar de 7 a 1. Foi meu primeiro gol com a camisa do Santos”, contou.

Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado Santos e Vasco e, em uma das partidas, Pelé fez três belos gols. Daí em diante, o Brasil todo começou a enxergar o futuro Rei do Futebol.

Convocado para usar a camisa verde e amarela, em 1957, Pelé levou o país a conquistar o título de campeão da Copa Roca. “Foi meu primeiro título internacional e com a camisa da Seleção Brasileira”, lembrou. O sucesso continuou aos pés de Pelé durante a disputa do Campeonato Paulista de 57, do qual foi artilheiro. “Já no meu primeiro campeonato, fiz 36 gols. Para um garoto de 16 para 17 anos, essa é uma grande conquista”, declarou o dono da imortalizada Camisa 10.

Em menos de um ano, Pelé viu-se diante da grande oportunidade de concretizar a promessa que havia feito a seu pai: ganhar uma Copa do Mundo. Seu primeiro gol na Copa foi contra o País de Gales e classificou o Brasil para a semifinal. Na final da Copa de 58, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título mundial depois de ter goleado a anfitiriã Suécia por 5 a 2. Pelé não agüentou e desmaiou em campo. “A emoção de participar de algo tão grandioso foi tão importante para mim que nem consigo expressar. Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo. Além disso, levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único”, declarou o Rei.

Após ter concretizado o que mais almejava, Pelé tinha mais duas metas: conquistar o Campeonato Paulista de 58 e o Torneio Rio-São Paulo pelo Santos Futebol Clube. Formado por jogadores como Coutinho, Zito, Pepe e o Rei, o time praiano mantinha-se imbatível e vivia sua melhor fase. Pelé foi o artilheiro do Paulista de 58 com o total de 58 gols, em 38 partidas, e o Santos conquistou o título.

A história repetiu-se em 1959 e o Peixe saiu vitorioso, pela primeira vez, no Torneio Rio-São Paulo. Entre os anos de 59 e 61, o Santos Futebol Clube conseguiu, com Pelé, conquistar 11 títulos internacionais. Reconhecida e respeitada internacionalmente, na década de 60, a equipe santista conquistou oito Campeonato Paulistas, e Pelé foi coroado como artilheiro em quase todos eles.

Nessa época, o Rei do Futebol recebeu diversos convites para atuar em times no Exterior, principalmente na Europa, mas rejeitou todos. Fiel ao Peixe, tinha outro objetivo em mente. “O Santos ainda não tinha título de campeão sul-americano e eu sonhava em dar esse título ao clube”, afirmou. Em 1962, mais uma meta atingida: o time foi campeão sul-americano, goleando a equipe uruguaia do Peñarol, que havia sido campeã em 60 e 61.

No mesmo ano, mais uma Copa do Mundo à vista e Pelé era o grande nome do momento. Devido à uma distensão, ele não pôde jogar na final, mas o elenco saiu vitorioso e bateu a Tchecoslováquia por 3 a 1, no Chile. O Brasil passou a ser Bicampeão Mundial. “Fiquei muito preocupado e muito chateado por não ter podido ajudar meus colegas. Mas, graças a Deus, o Brasil conseguiu seu segundo título e fiquei muito realizado”, afirmou Pelé.

Na Copa do Mundo seguinte, em 1966, a Seleção Brasileira viveu um pesadelo: foi eliminada logo na primeira fase. “Foi uma tristeza muito grande para mim, pois eu já era o Pelé e a cobrança era muito grande. Tanto, que eu pensei até em desistir de jogar”, afirmou Pelé.

Em 1970, o Brasil passava por uma das fases mais difíceis da história com a ditadura militar. Indiscutivelmente, Pelé na Copa era a esperança de dias melhores para os brasileiros. “Muitas pessoas me incentivaram a participar da Copa de 70. É claro que senti todo o peso da responsabilidade nas minhas costas, pois a seleção já vinha de uma derrota”, lembrou o Rei. Finalmente, o Brasil conquistou, definitivamente, a Taça Jules Rimet, vencendo a final contra a Itália, por 4 a 1, no México. “Foi a melhor fase de toda a minha carreira. Joguei em todas as partidas e finalizei minha participação nas Copas do Mundo extremamente realizado”, afirmou Pelé, único tricampeão do mundo e maior artilheiro em Copas Mundiais.

Aos 22 anos, o Rei já atingia a marca de 500 gols. À medida que o tempo ía passando e Pelé aproximava-se da marca dos mil gols, as pessoas vibravam. “Quando fui me aproximando do milésimo gol, todos fizeram questão de transformar isso em um grande tema”, afirmou Pelé. O tão esperado gol foi um pênalti fulminante, durante o jogo do Santos Futebol Clube contra o Vasco, no Maracanã, em 19 de novembro 1969. “Pela primeira vez, tremi. Nunca senti uma responsabilidade tão grande”, completou o Rei.

Deixando pegadas de glória e saudade pelo Brasil, sua despedida oficial da Seleção foi em julho de 1971. Três anos depois, chegou a vez do Rei dar adeus ao Santos Futebol Clube, em outubro, durante a partida contra a Ponte Preta. É uma das imagens mais marcantes de Pelé: ele está ajoelhado no meio do gramado do Estádio da Vila Belmiro, de braços abertos e com a bola parada no chão diante dele. Pelé, aos soluços, pede perdão. É o fim de um casamento de 18 anos, seis meses e 26 dias.

Mas, a magia do futebol daquele homem que, com seus pés de ouro, fazia arte em campo, ficará imortalizada pelos gramados da Vila Belmiro e na memória daqueles que o assistiram. Porque quem é rei, nunca perde a majestade. Porque Pelé é eterno. “Sinto muita saudade daquela época, principalmente dos meus amigos de equipe. Realmente, isso me deixa muito emocionado”.

Em 1975, aos 25 anos, o Rei do Futebol resolve voltar a atuar e transferiu-se para o Cosmos de Nova York (Estados Unidos) onde ajudou a difundir o esporte no país e conquistou o título de campeão norte-americano de 1977.

O amistoso Cosmos x Santos na despedida oficial de Pelé pode ser definido como o jogo em que todos perderam. O Rei, porque pretendia e não conseguiu marcar o último gol da carreira pelo Peixe, clube que lhe abriu as portas do sucesso. Quis o destino que seu único gol na partida fosse pelo Cosmos. O Santos, que havia dado adeus a Pelé há alguns anos, foi batido por 2 x 1. O Cosmos, mesmo vencendo o jogo, perdia seu maior craque e relações públicas. Mas, acima de tudo, naquele 1º de outubro de 1977, o futebol era o maior derrotado, ficando sem seu maior jogador de todos os tempos.

O Rei carrega inúmeros títulos que conquistou durante sua carreira. Muitos deles, nunca conquistados por outro jogador de futebol. Pela Seleção Brasileira e pelo Santos Futebol Clube, o Rei já jogou em 62 países, nos cinco continentes, conquistando três Copas do Mundo e dois Mundiais Interclubes. Além disso, pelo Peixe, foi bicampeão da Taça Libertadores da América e hexacampeão do principal campeonato nacional: a Taça Brasil (depois Robertão). Conquistou 11 títulos pelo Campeonato Paulista e participou de 1.375 jogos. Dos 1.281 gols que fez, 1.091 foram pelo Santos Futebol Clube.

Entre as honrarias conquistadas por Pelé, em 1977, foi declarado Cidadão do Mundo, pela Organização das Nações Unidas (ONU), e Atleta do Século XX, pelo jornal francês L’Équipe, em 1980.

Pelé recebeu, também, em 1997, o título de Sir-Cavaleiro Honorário do Império Britânico, das mãos da Rainha Elizabeth II. O título de Maior Futebolista do Século veio em 1999, pela Unicef, na Áustria.

Em 1992, Pelé começa a se envolver na política, ao apoiar a candidatura do advogado Vicente Cascione a Prefeitura de Santos. Cascione não é eleito. Em 1995, a Prefeitura Municipal da cidade de Santos instituiu o Dia Pelé, comemorado em 19 de novembro, mesmo dia do milésimo gol de Pelé. Além disso, no primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Pelé foi ministro dos Esportes (1995 a 1998), quando fez a Lei Pelé que acabou com o passe no futebol nacional e revolucionou a prática desportiva no país.

Vale ressaltar que sua filha Sandra Arantes do Nascimento Felinto, é vereadora em Santos (Litoral de São Paulo), em seu segundo mandato (2001 a 2204 e de 2005 a 2008). Porém, Sandra não teve auxílio do pai, que so a reconheceu como filha após desgastante processo judicial.

Em 1994, volta a atuar na vida política do Santos FC ao apoiar a gestão do presidente Miguel Kodja Neto. Em 1994, com a saída de Kodja Neto do clube passa a integrar a diretoria do novo presidente, Samir Jorge Abdul Hak. Nesta diretoria, Pelé foi diretor para assuntos no exterior e coordenador das divisões de base, onde trabalhou com a geração de Robinho e Diego durante um breve período. Pelé saiu da vida política do clube em 2000, as continua com o cargo de conselheiro nato do egrégio Conselho Deliberativo.

Pelé teve participações em algumas novelas da Rede Globo e em dez filmes devido a sua notariedade como ídolo público mundial e por ser um grande ator. O primeiro filme sobre Pelé foi Rei Pelé, de 1963, onde participou boa parte do elenco do Peixe como atores coadjuvantes, como Pepe e Zito. Em 1974, aliado a Globo Filmes, ao produtor Luis Carlos Barreto e ao Canal 100, Pelé fez o filme “Isto é Pelé” com 100 gols seus e suas participações em mundiais.

Pelé já teve uma pequena experiência de ator no cinema estrangeiro. Em 1981, ele protagonizou Fuga para a Vitória, um curioso filme de John Huston em que prisioneiros de um campo de concentração alemão durante a Segunda Guerra Mundial formam um time de futebol. Além de Pelé, atores como Michael Caine e Sylvester Stallone atuaram no longa-metragem. A história se passa na Segunda Guerra Mundial e narra um jogo de futebol entre oficiais nazistas e uma seleção de prisioneiros que tinha o inglês Bobby Moore e Pelé. Em 1989, fez junto com os Trapalhões, o filme Os Trapalhões e o Rei do Futebol. “Quando era mais novo, pensei em ser ator se a carreira de jogador de futebol não desse certo”, afirmou Pelé.

Em 2004, veio a prova definitiva de que Pelé foi o maior futebolista de todos os tempos: O filme Pelé Eterno, do diretor brasileiro Anibal Massaini Neto. O documentário foi resultado de mais de 3 anos de pesquisas e preparação de material e é uma verdadeira aula de futebol. Anibal percorreu o mundo atrás de material inédito sobre Pelé – cinejornais, arquivos de emissoras de TV, acervos particulares – valia tudo que registrasse a carreira do Rei. Pelé Eterno exibe 400 gols, 3 mil fotografias, 2100 narrações de gols, 150 depoimentos e ainda 1500 manchetes de jornais de diversos países. Dois dos mais famosos gols de Pelé foram recriados digitalmente, pelo fato de não terem sido encontradas imagens que os documentem. São o gol de placa feito contra o Fluminense, no Maracanã, em 1961; e o famoso “gol da Rua Javari”, considerado pelo próprio Pelé como sendo o mais bonito de sua carreira e tendo sido marcado no jogo Santos 2 x 1 Juventus, em 2 de agosto de 1959. Pelé Eterno é o 1º filme brasileiro que recebeu o investimento da UIP pela Lei do Audiovisual.

Pelé sempre foi um apaixonado por música, compôs e gravou algumas músicas com nomes célebres da música brasileira, como Elis Regina e Roberto Carlos. Veja abaixo parte da letra de canções que Pelé gravou com astros da MPB:

Pelé cantando com Chico Anysio e Roberto Carlos

“Outro dia me pegaram de surpresa
Me deram um violão
E fizeram eu cantar
Eu todo desajeitado
Cantando tudo errado
Sem saber como parar
Foi um tremendo dum vexame
Mas o engraçado
É que eu cantava errado
E os puxa achavam bom
Estava o rádio, o jornal e a televisão
E eu todo sem graça
Só fazia laralá”
Pelé e Elis Regina, em “Vexamão”.

“Não, não vá embora não
Porque a saudade vai ficar em seu lugar
Não me faça sofrer a sua ausência
Tenha paciência, não vá embora, não me deixes não
Quando você chegou, foi recebida de braços abertos
Jurava me dar amor, ser boazinha e não falar em ir embora
Agora, depois de tanto tempo
Quer partir sem dizer qual a razão
Não vá, meu bem, porque depois perdão não tem”
Pelé e Elis Regina, em “Perdão não tem”.

“Abêcê
Abêcê
Toda criança
Tem que ler e escrever”
Pelé e Paulo Renato de Souza, em “ABC”.

Pelé sempre dividiu os méritos de todas suas conquistas com seus familiares. Ele enaltece e agradece a educação que recebeu de Dona Celeste Arantes do Nascimento e João Ramos do Nascimento, o Dondinho.

Além da educação, Pelé aprendeu com seu pai a ser um craque de futebol. Emérito cabeceador (chegou a marcar cinco gols de cabeça em uma vitória do seu time, Yuracán de Itajubá), Dondinho, que jogou no Bauru Atlético Clube, Atlético Mineiro entre outros clubes, passou muitos ensinamentos ao filho que foram fundamentais para a formação da carreira mais vitoriosa do futebol mundial.

Em 1966, já consagrado como Rei do Futebol, Pelé casa-se com Rosemeri Cholbi. Eles se conheceram durante uma partida de vôlei, na Vila Belmiro. Um ano depois, ela dava a luz a Kelly Cristina, primeira filha de Pelé. Em 1970, nasce Édson Cholbi, que anos depois viria a se destacar como goleiro do Santos FC. Dono de uma excelente impulsão, Edinho – como é conhecido – chegou a ser vice-campeão brasileiro pelo Peixe, em 1995.

Em 1978, nasce Jennifer, sua última filha com Rose. No mesmo ano, o casamento termina. Pelé ainda tem mais duas filhas fora do seu casamento: Flávia Kurtz, reconhecida por ele em 1990, e Sandra Regina, reconhecida judicialmente em 1991.

Em 1994, Pelé casa-se com a psicóloga Assíria Lemos, com quem tem mais dois filhos, os gêmeos Joshua e Celeste. Em 1996, Pelé amarga a perda do seu pai e eterno mestre.

A Carreira

Nome: Edson Arantes do Nascimento
Posição: meia-atacante
Idade: 59 anos
Filiação: João Ramos do Nascimento (Dondinho) e Celeste Arantes do Nascimento
Data e Local de Nascimento: 23/10/1940, em Três Corações (MG)- Brasil
Altura: 1,725 m
Peso: 75 KG
Chuteira: 39
Estréia como profissional: Santos FC 7 X 1 Corinthians de Santo André
Internet: www.pele.com.br
Jogos: 1365 jogos
Gols: 1.281 gols
Jogos pelo Santos: 1116 jogos
Gols pelo Santos: 1.091 gols
Jogos pela Seleção
Brasileira: 114 jogos
Gols pela Seleção
Brasileira: 95 gols
Clubes: Santos FC (1956 a 1974) e Cosmos (1975 a 1977)

Títulos

Campeonato Paulista: 1958/60/61/62/64/65/67/68/69/73
Torneio Rio-São Paulo: 1959/63/64/66
Taça Brasil/ Robertão: 1961/62/63/64/65/68
Taça Libertadores da América: 1962/63
Mundial Interclubes: 1962/63
Torneio Tereza Herrera: 1959
Torneio Pentagonal do México: 1959
Torneio de Valência: 1959
Torneio Dr. Mario Echandi: 1959
Torneio Giallorosso: 1960
Torneio Quadrangular de Lima: 1960
Torneio de Paris: 1960/61
Campeão do Torneio Itália 61: 1961
Campeão do Torneio Internacional da Costa Rica: 1961
Campeão do Torneio Pentagonal de Guadalajara: 1961
Campeão da Taça das Américas: 1963
Campeão do Torneio Internacional da Venezuela: 1965
Campeão do Torneio Hexagonal do Chile: 1965, 1970
Campeão do Torneio Internacional de Nova York: 1966
Campeão do Torneio Pentagonal de Buenos Aires: 1968
Campeão do Torneio Octogonal do Chile: 1968
Campeão do Torneio da Amazônia: 1968
Campeão do Torneio de Kingston: 1971
Campeão do Torneio Laudo Natel: 1974
Campeão Mundial de Seleções: 1958 – Brasil, 1962 – Brasil, 1970 – Brasil
Campeão da Copa Rocca: 1957 – Brasil, 1963 – Brasil
Campeão Sul-Americano Militar: 1959 – Seleção das Forças Armadas Brasileiras
Campeão Brasileiro de Seleções: 1959 – Seleção Paulista
Campeão da Copa Oswaldo Cruz: 1958 – Brasil, 1962 – Brasil, 1968 – Brasil
Campeão da Copa Bernardo O´Higgins: 1959 – Brasil
Campeão Norte-Americano: 1977

Honrarias e Homenagens

Atleta do Século
Anunciado pelo Comitê Olímpico Internacional, depois de votação entre os comitês olímpicos nacionais, em 1999. Detalhe: Pelé nunca participou de uma Olimpíada

Profissional que Transformou o Futebol
Concedido pela revista Sports Illustrated, dos EUA, após consulta a jornalistas de diversos países (1999)

Maior Futebolista do Século
Concedido pela UNICEF em Viena, na Áustria (1999)

Atleta do Século
Concedido pela agência de notícias Reuters, da Inglaterra, após eleição com jornalistas de todo o mundo (1999)

Título de Sir-Cavaleiro Honorário do Império Britânico
Concedido pela Rainha Elizabeth II (1997)

Atleta do Século
Concedido pelo grupo DuPont, da França, após pesquisa mundial (1996)

Dia Pelé
Instituído oficialmente pela prefeitura de Santos, comemorado em 19 de novembro, dia do milésimo gol (1995)

Medalha dos Direitos Humanos
Concedida pela organização judaica B´nai B´rith por seu trabalho contra o preconceito racial (1995)

Cruz da Ordem da República Húngara
Concedida pelo governo da Hungria, é a mais alta condecoração do país (1994)

Embaixador para a Educação, Ciência e Cultura
Concedido pela Unesco em Paris (1994)

Membro do Hall da Fama
Concedido pela cidade de Oneonta, Estado de Nova York, EUA (1993)

Embaixador da Boa Vontade
Concedido pela Unesco (1993)

Embaixador da Organização para Ecologia e Meio Ambiente
Concedido pela ONU (1992)

Rua Pelé
Inaugurada em Montevidéu, no Uruguai, com a presença do presidente da República Luis Alberto Lacalle (1992)

Ordem Nacional do Mérito
Concedida pelo governo brasileiro (1991)

Praça Pelé
Inaugarada em Los Angeles, nos EUA (1984)

Ordem do Mérito Desportivo Sul-Americano
Concedida pela Conmebol em seu aniversário de 75 anos, em Assunção, no Paraguai (1984)

Ordem da FIFA
Concedida pela FIFA em seu aniversário de 80 anos (1984)

Prêmio aos Valores Humanos
Concedido pela prefeitura de Nova York (1983)

Estátua na Índia
Inaugurada em Durgapur, Estado de Bengala (1983)

Grande Marechal da Hispanidade
Concedido pelas associações hispânicas de Nova York, com direito a desfile em carro aberto pelas ruas (1981)

Atleta do Século
Concedido pelo jornal francês L´Equipe, depois de eleições junto a jornalistas de todo o mundo. O anúncio foi no final de 1980 e o prêmio entregue em Paris no ano seguinte (1981)

Comenda da Ordem dos Campeões
Concedido pela Organização da Juventude Católica, em Nova York (1978)

Grã-Cruz do Mérito Desportivo
Concedido pelo governo brasileiro (1977)

Diploma de Mérito de Cidadão do Mundo
Concedido pela Unicef em solenidade na sede da ONU, em Nova York (1977)

Cidadão de Nova Jersey
Concedido pela prefeitura da cidade norte-americana. O prefeito oficializou o dia 1º de outubro como o Dia Pelé, para marcar a despedida do Rei do Futebol (1977)

Cidadão Honorífico de Los Angeles
Concedido pela prefeitura da cidade norte-americana (1977)

Cidadão de Bauru
Concedido pela Câmara de Vereadores da cidade (1975)

Estádio Pelé
Inaugurado em Teerã, capital iraniana. O Deyhim Esporte Clube, time local, muda de nome para Pelé Esporte Clube (1971)Estátua Rei Pelé
Inaugurada em Três Corações, cidade natal de Pelé, com a presença do Rei e dos embaixadores da Suécia, do Chile e do México (1971)

Prêmio da Academia Francesa de Esportes
Concedido pela primeira vez a um atleta de esportes coletivos (1971)

Medalha Vermelha de Paris
Concedida pela prefeitura da capital francesa (1971)

Bola de Prata
Concedida pela revista Placar, que lhe entregou o primeiro troféu para depois considerá-lo hours-concours da promoção anual (1970)

Bola de Ouro
Concedida pela revista Placar, que lhe considera hours-concours da promoção anual (1983)

Filho Predileto da Cidade de Guadalajara
Concedido pela prefeitura da cidade mexicana em (1970)

Estádio Rei Pelé
Inaugurado em Maceió, Alagoas (1970)
Comendador da Ordem do Rio Branco
Concedido pelo governo brasileiro após a marcação do milésimo gol (1969)

Cavaleiro da Ordem do Rio Branco
Concedido pelo governo brasileiro (1967)

Espada de Honra do Futebol
Concedida pelo Anuário do Futebol da Inglaterra. A espada foi confeccionada à mão pelos armeiros da Rainha. Foi o primeiro não-britânico a ser condecorado (1966)

Cavaleiro da Legião de Honra da França
Concedido pelo governo francês (1963)

Marcas

Mais jovem artilheiro do Campeonato Paulista
1957 – Santos (fez 17 anos durante a competição)

Mais jovem Campeão Mundial
1958 – Brasil (17 anos)

Mais jovem Bicampeão Mundial
1962 – Brasil (21 anos)

Maior artilheiro em uma temporada
1959 – 127 gols

Maior artilheiro do Brasil em Copas do Mundo
12 gols

Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira
95 gols

Maior artilheiro do futebol profissional
1.281 gols

Maior transação do futebol
até o fim dos anos 70
1975 – Para o Cosmos (US$ 7 milhões)

Números

1.281 gols
Só perde para Friendenreich com 1.329 gols reconhecidos pela FIFA, apesar de não documentados

11 vezes
artilheiro do Campeonato Paulista.
Quem mais se aproximou foi Friendenreich, com 9 artilharias no tempo do futebol amador.
1957 – Santos (17 gols)
1958 – Santos (58 gols)
1959 – Santos (45 gols)
1960 – Santos (33 gols)
1961 – Santos (47 gols)
1962 – Santos (37 gols)
1963 – Santos (22 gols)
1964 – Santos (34 gols)
1965 – Santos (49 gols)
1969 – Santos (26 gols)
1973 – Santos (11 gols)

9 vezes
consecutivas artilheiro do Campeonato Paulista
(de 1957 a 1965)

58 gols
em um único campeonato, o Paulista de 1958. Abaixo só aparece ele próprio, com 49 gols em 1945

1 vez
artilheiro da Copa América
(8 gols em 1959)

1 vez
artilheiro do Campeonato Brasileiro das Forças Armadas
(11 gols em 1959 pela Seleção da 6ª Guarda Costeira)

2 vezes
artilheiro da Taça Brasil
1961 – Santos (9 gols)
1963 – Santos (12 gols)

4 vezes
artilheiro do Torneio Rio-São Paulo
1961 – Santos (7 gols)
1963 – Santos (15 gols)
1964 – Santos (3 gols)
1965 – Santos (7 gols)

1 vez
artilheiro do Mundial interclubes
1962 – Santos (3 gols)

1 vez
da Taça Libertadores da América
1963 – Santos (11 gols)

1.091 gols
por um único clube, o Santos

6.662 dias
Pelé ficou como jogador no Santos FC

7 milhões
de dólares pagos pelo Cosmos para ter Pelé

95 gols
pela Seleção Brasileira. O segundo lugar cabe a Zico, com 67 gols

49 gols
marcados em um único clube, o Corinthiansm entre 1957 e 1974

65 gols
entre 1975 e 1977, nas 111 partidas que disputou pelo Cosmos de Nova York

32 títulos
de campeão, uma média de 1,5 por ano

23 outros títulos
de campeão em torneios não-oficiais, o que sobe a média total para 2,6 por ano

37 pontos
conquistados em Copas do Mundo

14 jogos
em Copas do Mundo

12 Vitórias
em Copas do Mundo

1 Empate
em jogos da Copa do Mundo

1 Derrota
em jogos da Copa do Mundo

12 Gols
em Copas do Mundo

0,8 média
de gols em Copas do Mundo

Frases

“O maior jogador de futebol do mundo foi Di Stefano. Eu me recuso a classificar Pelé como jogador. Ele está acima de tudo”
PUSKAS, craque do escrete húngaro que dominou o futebol no início dos anos 50

“Se Pelé não tivesse nascido homem teria nascido bola”
“Até a bola pedia autógrafo para Pelé”
ARMANDO NOGUEIRA, jornalista

“Pensei: ele é de carne e osso como eu. Me enganei”
TARCISIO BURGNICH, defensor italiano na Copa de 70

“Parecia um helicóptero em sua mágica capacidade de permanecer no ar o tempo que quisesse”
FACHETTI, zagueiro italiano na Copa de 1970

“Pelé é o único que ultrapassa os limites da lógica”
CRUIJFF, comandante do Carrossel Holandês na Copa de 74

“Senti medo, um terrível medo quando vi aqueles olhos. Pareciam olhos de um animal selvagem, olhos que soltavam fogo”
OVERATH, jogador alemão nas Copas de 66 a 74

“Pelé desequilibrou o mundo”
GILMAR, goleiro do Santos e da Seleção

“Muito prazer, eu sou Jimmy Carter, você não precisa se apresentar. Pelé todo o mundo conhece”
JIMMY CARTER, ex-presidente dos Estados Unidos

“Maradona só será um novo Pelé quando ele ganhar 3 Copas do Mundo e marcar mais de mil gols”
CÉSAR LUIS MENOTTI, ex-jogador do Santos e ex-técnico da Seleção Argentina

“Como se soletra Pelé? D-E-U-S”
THE SUNDAY TIMES, jornal inglês
com entrevista com Pelé

“Após o quinto gol, eu queria era aplaudi-lo.”
SIGGE PARLING, zagueiro sueco encarregado de marcar Pelé durante a final da Copa do Mundo de 1958

“Minha mãe acha que sou eu, e a mãe dele acha que é ele.”
MARADONA, ex-jogador argentino, depois de entrevistar Pelé em seu programa de TV, ao ser perguntado por um repórter sobre quem era o melhor jogador

“Além de maior jogador de futebol de todos os tempos, é o maior atleta de todos os tempos
e é o maior brasileiro de todos os tempos”
LUIZ CARLOS FREIRE CIMATTI, torcedor e consultor de empresas

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Nov 02, 2005

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