Sem status de estrela, operário Richarlison pode eternizar seu nome entre os centroavantes da seleção brasileira

Depois do Gabriel "Jejum" em 2018 e de Fred "O Cone", o atual centroavante da seleção brasileira terá a oportunidade de resgatar o protagonismo da camisa 9 do Brasil
2022-11-17 07:00:10

Rotulado na música de Samuel Rosa, da banda Skank, como o mais importante, a posição de centroavante da seleção brasileira tem sido alvo de críticas nos últimos mundiais. Em 2018, Gabriel Jesus recebeu a alcunha de Gabriel “Jejum” por não ter feito na Rússia. Já em 2014, Fred foi apelidado de “Cone”, tendo feito apenas um gol pela seleção na Copa realizada no Brasil.

Mas em 2022 uma nova oportunidade será dada a Richarlison, O Pombo foi o nome que se firmou com a camisa 9 no ciclo pré-Copa. Seja com a seleção olímpica que ganhou medalha de ouro, seja com a principal, o jogador tem marcado gols, ficando atrás apenas de Neymar entre todos os atletas da seleção desde a Copa de 2018.

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Virtudes do Pombo

Além da boa fase com as redes, o centroavante tem outras qualidades que podem fazer a diferença para o Brasil. Além da técnica, o ex-jogador do América-MG e do Fluminense se doa em campo, briga por todas as bolas, cumpre o papel tático determinado por Tite, o que faz dele um “Operário” em campo, deixando para Neymar o cargo de estrela da companhia.

Embora Richarlison não chegue à Copa com o status de homem gol que foi Ronaldo Fenômeno ou Romário, o atacante de 25 anos se encontra na melhor fase da carreira. Além de atuar como centroavante, o atleta pode atuar pelos lados e ajudar na recomposição defensiva, caso Tite opte por deixar Neymar mais próximo da área e livre de ajudar na marcação.

Senso de posicionamento dentro e fora de campo

Se no âmbito das quatro linhas Richarlison tem feito sucesso, fora dele o atacante também costuma ser elogiado por suas atuações. Seja ao se posicionar contra o racismo sofrido por atletas negros, seja ao se preocupar com as desigualdades socais do Brasil, o Pombo tem mostrado preocupação com causas que vão além do futebol.

No começo deste ano, em carta enviada ao The Players Tribune (plataforma para qual os jogadores costumam prestar depoimentos e relatos da carreira), o camisa 9 da seleção pediu que a população se vacinasse contra a Covid-19. Antes disso, no fim de 2020, na vitória por 2 a 0 contra o Uruguai, marcou o último e o dedicou à população do Amapá, que à época sofria com apagão de energia.