Comissão técnica de Vítor Pereira entra na Justiça contra o Corinthians — entenda

Técnico e auxiliares portugueses estiveram no comando técnico do Timão em 2022
2024-02-17 16:27:07

Cinco membros da comissão técnica do português Vítor Pereira entraram com um processo trabalhista contra o Corinthians, pedindo que sejam pagas verbas referentes a FGTS, 13º proporcional e férias. A equipe treinou o time paulista em 2022.

Os auxiliares entraram com a ação após o treinador mover um processo trabalhista cobrando R$ 7,5 milhões do clube. O valor cobrado, somando os processos dos cinco membros da comissão técnica, é por volta dos R$ 3 milhões.

Comissão de VP entra com ação contra o Corinthians

  • As ações dos portugueses foram protocoladas e tramitam no Tribunal Regional do Trabalho 2, em São Paulo.
  • Os cinco membros da comissão técnica deixaram o clube no final de 2022, com a saída de Vítor Pereira.
  • Os custos do clube com a comissão de Vítor Pereira eram de, aproximadamente, R$ 2,8 milhões por mês, contando o salário do técnico.

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Entenda o imbróglio judicial

Quais foram os auxiliares que entraram com ação trabalhista contra o Corinthians?

Os membros da comissão que cobram os valores referentes a FGTS, 13º proporcional e férias ao Timão são:

Antonio Alexandre Moreira Ribeiro de Ascensão (preparador físico), Bruno Filipe Araujo de Moura (analista de desempenho), Luís Nuno Antunes Nedio (analista de desempenho), Luís Miguel Moreira da Silva (auxiliar técnico) e Filipe Jorge Monteiro Almeira (auxiliar técnico).

Quanto eles recebiam?

De acordo com os processos, a comissão técnica recebia, mensalmente, cerca de R$ 810 mil. Somando o salário de R$ 2 milhões de Vítor Pereira, o Timão tinha um gasto de mais de R$ 2,8 milhões mensais.

Todos os cinco tiveram os contratos assinados na mesma data que o do técnico, que fechou em 2 de março de 2022. A equipe ficou até dezembro do mesmo ano, quando VP saiu alegando questões familiares para não renovar com o clube. Em seguida, assinou com o Flamengo.

Veja abaixo os salários de cada um dos membros da comissão de VP que entraram com ação trabalhista:

  • Filipe Jorge: R$ 225.500,00 mensais e mínimo líquido total de € 320 mil
  • Bruno Filipe: R$ 157.900,00 mensais e mínimo líquido total de € 224 mil
  • Antonio Alexandre: R$ 129.700,00 mensais e mínimo líquido total de € 184 mil
  • Luís Miguel: R$ 197.300,00 mensais e mínimo líquido total de € 280 mil
  • Luís Nuno: R$ 101.500,00 mensais e mínimo líquido total de € 144 mil

O que eles pedem?

Além dos valores estabelecidos como vencimentos mensais, todos, incluindo Vítor Pereira, tinham um valor mínimo global do contrato estipulado em euros.

Diante disso, os processos movidos pelos cinco membros da comissão técnica não têm a intenção de cobrar valores referentes à diferença deste mínimo disposto em contrato.

Os auxiliares pedem as verbas referentes a disposições previstas na legislação brasileira que visam proteger o empregado, como por exemplo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Nas ações movidas, os advogados que representam os auxiliares alegam a impossibilidade de os valores do FGTS já estarem englobados no contrato. A defesa também afirma que o que estava previsto no instrumento era apenas as horas extras referentes a jogos e viagens.

Em alguns casos, o Corinthians chegou a depositar parte dos valores que seriam devidos para os portugueses, como verbas rescisórias. No entanto, estavam longe do valor total cobrado pelos auxiliares.

Portanto, os pedidos feitos pelos auxiliares são referentes à diferença do FGTS, férias proporcionais, 13º salário proporcional e multas previstas na CLT que todos alegam fazer jus.

Quanto cada um pediu na Justiça?

Somados, os cinco processos dão em pouco mais de R$ 3 milhões. Veja abaixo quanto cada auxiliar pediu:

  • Filipe Jorge: R$ 822.223,11
  • Bruno Filipe: R$ 591.247,77
  • Antonio Alexandre: R$ 514.476,67
  • Luís Miguel: R$ 719.399,65
  • Luís Nuno: R$ 370.091,56