Marcelo Oliveira pode ser considerado o treinador mais ofensivo do futebol brasileiro. Ao menos é o que os números comprovam se observarmos as últimas três temporadas. Desde que o treinador assumiu o Coritiba, no início de 2011, colocou em prática um estilo de jogo que fica marcado por futebol bonito, ataque efetivo e grande número de gols marcados. Em 2011, o Coritiba, campeão paranaense e vice da Copa do Brasil, anotou 142 tentos em 72 partidas, com média de 1,97 gols por jogo. Já a Raposa que faturou o último Brasileirão foi às redes 132 vezes no decorrer de 2013, disputando 60 confrontos e com média de 2,2 gol por partida. Foram os dois melhores ataques de clubes brasileiros, nos respectivos anos.
A respeito dos bons números, o treinador lembrou que o estilo de jogo dos seus times é o mesmo que tinha deste os tempos de jogador. “O jeito ofensivo de jogar é uma marca do meu trabalho desde que me tornei treinador e acho que não posso mudar a minha forma de enxergar futebol. Quando jogava, era um atleta mais ofensivo e minha leitura de jogo sempre foi nesse sentido, com a intenção de ter a bola, trabalhar bem com ela e usar jogadores tecnicamente bem capacitados. Claro que em algumas partidas precisamos de uma formação mais segura, para nos resguardar e explorar a velocidade de um contra-ataque. Em equipes grandes do nosso futebol, a obrigação é sempre jogar pra frente e buscar o resultado. Um time como o Cruzeiro vai conviver sempre com a cobrança de marcar gols e esperamos ter marcas novamente positivas em 2014”, disse.
Equilíbrio – Mas não só de ataque vive o campeão brasileiro. Na campanha do título, o time celeste teve a terceira melhor defesa, sofrendo 37 gols em 38 partidas. Somada toda a temporada, o Cruzeiro levou 53 gols, nos 60 cotejos disputados. O comandante não só mostrou não se preocupar com o magro resultado na estreia frente a URT – vitória por 1×0 – como ressaltou a necessidade de uma equipe equilibrada.
“É bom lembrar que o Cruzeiro não é só um bom ataque, também tivemos uma defesa muito boa na última temporada. O equilíbrio é a chave de um time vencedor, que não precisa se desesperar para buscar o gol por ter segurança na sua defesa. A estreia contra a URT foi positiva, criamos muitas oportunidades e finalizamos 32 vezes. O goleiro adversário esteve muito bem, nós também não estivemos no dia mais inspirado para finalizar. Mas prefiro destacar a movimentação e o grande volume de jogo que tivemos, é um bom indício de que estamos no caminho correto. Espero que nessa próxima partida frente a Caldense a equipe mantenha o alto número de oportunidades criadas pois com a qualidade que temos na linha de frente, certamente os gols vão sair e o rendimento ofensivo vai aumentar”, finalizou.
O Cruzeiro vai a campo nesse sábado (01/02), às 19h30 para encarar a Caldense, no Estádio Ronaldão.
