Comissão de Legado da Copa e Olimpíadas descarta uso de dinheiro público no Engenhão

Integrantes da Comissão de Legado da Copa do Mundo e das Olimpíadas da Câmara dos Deputados visitaram o Engenhão, nesta segunda, para conversar sobre o futuro do estádio, interditado há duas semanas. Quatro deputados membros da comissão reuniram-se com o presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Agostinho Guerreiro, e com Sérgio Landau, […]
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sambafoot_admin
2013-04-08 22:00:00

Integrantes da Comissão de Legado da Copa do Mundo e das Olimpíadas da Câmara dos Deputados visitaram o Engenhão, nesta segunda, para conversar sobre o futuro do estádio, interditado há duas semanas. Quatro deputados membros da comissão reuniram-se com o presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Agostinho Guerreiro, e com Sérgio Landau, executivo do Botafogo que cuida do estádio. 

Segundo Alessandro Molon (PT-RJ), deputado líder da comissão, a utilização de mais dinheiro público em eventuais reformas está descartada: “Vamos requisitar todas as informações necessárias, todos os laudos, e tornar isso público, porque é importante a população saber disso. Vamos pedir para que os responsáveis respondam pelos erros cometidos e pelo mau uso do dinheiro público. Numa obra que custou quatro vezes o valor previsto, é inaceitável que o dinheiro para consertar seja novamente público. É necessário que quem é responsável responda. Se foi um erro de projeto, responda quem fez o projeto. Se for um erro de execução, quem a fez. E sobretudo as empresas que entregaram a obra. Alguém tem que responder por isso. O que não pode é mais uma vez a população pagar a conta”, disse, ao GloboEsporte.com.

Outra preocupação de Molon é a ausência de comunicação oficial com o Botafogo. Segundo Sérgio Landau, o clube ainda não recebeu nenhum laudo detalhando as condições oficiais do estádio.

Guerreiro, presidente do Conselho Regional de Engenharia, afirmou ainda que os engenheiros responsáveis pela construção do estádio podem ter seus registros profissionais cassados, caso seja confirmado que estes agiram de má-fé. O Engenhão já custou, até o momento, R$380 milhões de dinheiro público.