Arsenal 1×2 Fluminense – No sufoco, Tricolor bate reservas argentinos e garante o primeiro lugar geral da Libertadores

O Fluminense, mais uma vez, trilhou o caminho mais difícil. Jogando com o time principal contra uma equipe reserva do Arsenal de Sarandí, o Tricolor precisou suar para arrancar uma vitória por 2×1. E a partida teve emoções de sobra: após sofrer o empate já na reta final, os comandados de Abel Braga perderam um […]
por
sambafoot_admin
2012-04-19 00:35:00

O Fluminense, mais uma vez, trilhou o caminho mais difícil. Jogando com o time principal contra uma equipe reserva do Arsenal de Sarandí, o Tricolor precisou suar para arrancar uma vitória por 2×1.

E a partida teve emoções de sobra: após sofrer o empate já na reta final, os comandados de Abel Braga perderam um pênalti com o meia Thiago Neves, antes de finalmente desempatarem com Rafael Moura, aos 47 minutos do segundo tempo. Mas não foi apenas isso: quem defendeu a cobrança em questão foi nada menos que o meia Diego Torres, que estava improvisado no gol após a expulsão do arqueiro titular Carlos Campestrini.

O jogo: Tricolor perde dois por lesão, mas se impõe naturalmente em primeiro tempo morno

O Fluminense precisava da vitória para garantir a primeira colocação geral da Copa Libertadores 2012, que lhe daria o privilégio de decidir todos os confrontos da fase de mata-mata em casa. Por este motivo, o Tricolor entrou em campo com o que tinha de melhor à disposição, enquanto o já eliminado Arsenal optou por uma escalação recheada de reservas.

O jogo, no entanto, não foi um baile do time brasileiro. Sem forçar muito, o Flu aproveitava as brechas para atacar e explorava sobretudo a velocidade do garoto Wellington Nem nos contra-ataques. Mas a equipe logo perderia esta valiosa arma: na marca de 13 minutos, o meia-atacante sentiu uma fisgada na coxa e teve que ser retirado de campo.

E foi justamente o jogador escolhido pelo técnico Abel Braga para substituir o camisa 18 que acabaria sendo decisivo para a abertura do placar no estádio Julio Grondona. Aos 34, Rafael Sóbis recebeu de Carlinhos e devolveu o passe, deixando o lateral em ótimas condições. Ele só teve o trabalho de dar um leve toque de pé direito e correr para o abraço: 1×0.

Cinco minutos depois, mais uma má notícia para a comissão técnica tricolor: o zagueiro Leandro Euzébio também sentiu um problema muscular e teve de ser substituído. Quem entrou em seu lugar foi Gum, velho conhecido da torcida que era titular até o começo deste ano.

Acomodação tricolor e loucura nos minutos finais

Logo nos princípio do segundo tempo, a vantagem quase foi ampliada. Thiago Neves recebeu frente a frente com o goleiro Carlos Campestrini, mas finalizou muito mal e desperdiçou uma excelente oportunidade de garantir tranquilidade ao lado brasileiro.

Este seria um dos poucos lances de perigo do Flu até a reta final da partida: aparentemente satisfeitos com o resultado, os comandados de Abel Braga se acomodaram e passaram a se contentar em assistir o jogo do adversário. O Arsenal, sofrendo com a falta de qualidade e entrosamento dos reservas, partia para cima na base do coração e assustava sobretudo em bolas aéreas para os centroavantes Jorge Córdoba e Gustavo Blanco.

Aos 35 do segundo tempo, a pressão argentina finalmente deu resultados. Em um lance de bola parada, o meia Nicolás Aguirre, que acabara de entrar, dividiu com o goleiro Diego Cavalieri. A bola sobrou para o próprio Aguirre, que finalizou para o gol vazio e empatou o duelo em Sarandí.

Era a vez de o Flu partir para cima de qualquer maneira possível. Com a vitória parcial do Boca Juniors sobre o Zamora (2×0) na outra partida da chave, o Tricolor estava provisoriamente perdendo até mesmo a liderança do grupo, e com isso caindo para uma colocação que o deixaria em maus lençóis nas oitavas de final.

Acostumado a vencer partidas com requintes de emoção, o time carioca partiu para cima, e logo teve a grande oportunidade que pedia. Aos 39, Thiago Neves recebeu ótimo passe de um inspirado Rafael Sóbis e saiu livre, de frente para o gol. Ele dividiu com o arqueiro Carlos Campestrini e o árbitro uruguaio Roberto Silvera marcou pênalti duvidoso, expulsando o camisa 17 do Arsenal. O detalhe é que os mandantes já haviam processado as três alterações, e tiveram de improvisar o meia Diego Torres na meta.

Mas o dia não era mesmo de Thiago Neves. Após já ter perdido mais de uma chance ao longo da partida, o camisa 7 foi para o que deveria ser uma cobrança simples. Mas uma batida displicente na bola acabou gerando uma defesa mais do que improvável de Torres, para delírio do pequeno número de torcedores argentinos que compareciam à “cancha”.

É que, quando se trata de Fluminense, só acaba quando termina. Aos 47 minutos, o meia Manuel Lanzini, que acabara de entrar no lugar de Edinho, recuperou a bola e foi puxando um contragolpe. O jovem camisa 11 levantou a cabeça e descolou lindo cruzamento da intermediária para Rafael Moura, que cabeceou no canto esquerdo da meta: 2×1 no último lance do jogo em Sarandí, e fim de papo.

Com o resultado, o Fluminense se beneficiou da derrota do Vélez Sarsfield para o Defensor (1×3) e garantiu a melhor campanha entre todas as 32 equipes da fase de grupos da Copa Libertadores 2012. O Tricolor ainda aguarda para saber qual será o seu adversário, mas a possibilidade mais provável são os equatorianos do Emelec, pedra no sapato do Flamengo no grupo 2. Ao Arsenal, já eliminado há tempos, resta focar no campeonato doméstico.

FICHA TÉCNICA

ARSENAL FC 1 X 2 FLUMINENSE FC

Local: Estádio Julio Grondona, Buenos Aires, Argentina

Data-Hora: 18/04/2012 – 19h30 (horário de Brasília)

Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai)

Auxiliares: Nicolás Taran (Uruguai) e Mauricio Espinosa (Uruguai)

Renda e público: Não divulgados

Cartões amarelos: Adrián González e Juan Pablo Caffa (Arsenal); Deco, Diguinho e Rafael Sóbis (Fluminense)

Cartão vermelho: Carlos Campestrini (Arsenal)

Gols: Carlinhos, 37’/1ºT (0-1); Nicolás Aguirre, 35’/2ºT (1-1); Rafael Moura, 47’/2ºT (1-2)

ARSENAL (4-2-3-1): Carlos Campestrini (capitão); Adrián González, Danilo Gerlo, Victor Cuesta e Cristian Trombetta; Jorge Ortiz (Gastón Esmerado, 30’/2ºT) e Gonzalo Espinoza; Diego Torres, Juan Pablo Caffa (Nicolás Aguirre, 21’/2ºT) e Claudio Mosca (Gustavo Blanco, intervalo); Jorge Córdoba. Técnico: Gustavo Alfaro.

FLUMINENSE (4-2-3-1): Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio (Gum, 38’/1ºT), Anderson e Carlinhos; Edinho (Manuel Lanzini 43’/2ºT) e Diguinho; Thiago Neves, Deco (capitão) e Wellington Nem (Rafael Sóbis, 16’/1ºT); Rafael Moura. Técnico: Abel Braga.

Próximo