O início da caminhada do Fluminense na Taça Rio 2012 não foi exatamente da maneira que a torcida tricolor esperava. Atuando com a equipe reserva diante de menos de 2 mil torcedores em Volta Redonda, o atual campeão da Taça Guanabara sucumbiu diante do modesto Resende.
O placar de 2×1 foi construído com gols de Marcel e Marcelo Régis para o time do interior, e Rafael Sóbis para os representantes da capital, que não conseguiram apresentar um bom futebol. A partida foi marcada pela falta de entrosamento e por falhas defensivas clamorosas dos suplentes do Flu, bem aproveitadas por uma equipe do Resende que se mostrou bastante organizada.
O jogo: Resende mostra a que veio
Não demorou muito para que ficasse bem claro que a tarde não seria nada fácil para o Fluminense. Logo aos 5 minutos de partida, Marcel recebeu na entrada da área, clareou e finalizou de pé direito para abrir o placar para os mandantes.
Passado o susto, o Flu começou a tentar se impor na partida. A falta de entrosamento, no entanto, era um grande empecilho, e resultava em uma quantidade assustadora de passes errados. As melhores chances tricolores nasciam de finalizações de fora da área, que forçaram o goleiro alvinegro Mauro a realizar boas defesas e ainda acertaram a trave duas vezes ao longo do primeiro tempo.
No outro lado, a ordem era clara: fechar os espaços defensivamente e tentar aproveitar eventuais oportunidades de contra-ataque para ampliar o placar. Mesmo com claros problemas no campo da técnica, o Resende conseguia executar o seu plano de jogo na base da organização e disciplina, além de uma boa dose de aproveitamento dos inúmeros erros dos jogadores tricolores.
O talento individual destes atletas foi de fato fazer diferença na marca dos 30 minutos. O atacante Rafael Sóbis, que começara o ano como titular mas havia perdido a vaga por questões técnicas e físicas, recebeu dentro da área e finalizou com muita calma, no canto esquerdo da meta. Era o gol de empate, para trazer tranquilidade aos favoritos.
Falha grosseira e desorganização tricolor
A partida parecia começar a ficar sob controle. O Flu tinha liberdade para tocar a bola e não era muito importunado por contra-ataques. Mas as falhas defensivas, que tanto têm prejudicado o time titular durante todo o ano de 2012, voltaram a aparecer. Na marca dos 19 minutos do segundo tempo, Marcel passou fácil por Jean e Digão e cruzou uma bola despretensiosa, que não foi cortada por Márcio Rosário ou por Ricardo Berna e sobrou para Marcelo Régis, livre no segundo pau, botar o Resende novamente em vantagem.
O gol desestabilizou completamente o Fluminense, e o bom momento vivido antes do mesmo deixou de existir. Sempre com um enérgico técnico Paulo Campos gritando e gesticulando à beira do campo, o Resende mantinha sua disciplina e se fechava ainda mais, enquanto o Tricolor parecia absolutamente perdido.
Com nada menos que quatro atacantes em campo após as mexidas de Abel Braga, a equipe pressionava, mas não parecia ser capaz de chegar ao gol na base do toque de bola. Mais uma vez, a solução passou a ser arriscar chutes de longa distância. O lateral esquerdo Thiago Carleto, único destaque tricolor ao lado de Rafael Sóbis, chegou a assustar em uma cobrança de falta.
Mas ficou nisso: 2×1 Resende e alerta no Flu, que provavelmente passará a repensar a decisão de colocar os reservas em campo nas próximas partidas da Taça Rio. O próximo adversário de equipe será o Nova Iguaçu, às 18h30 do próximo sábado, novamente em Volta Redonda. No mesmo dia, o Resende vai ao Eduardo Guinle enfrentar o Friburguense, às 16h.
