Fluminense 3 x 1 Vasco: Tricolor é o campeão da Taça Guanabara

Diante de um Engenhão lotado, o Fluminense sagrou-se campeão da Taça Guanabara ao derrotar o Vasco da Gama por 3 a 1, em partida iniciada às 16h00m, neste domingo. Deco e Fred, duas vezes, marcaram para o Tricolor. Eduardo Costa descontou no final para os vascaínos. A vitória neste turno do Cariocão, a qual garante […]
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sambafoot_admin
2012-02-27 02:15:00

Diante de um Engenhão lotado, o Fluminense sagrou-se campeão da Taça Guanabara ao derrotar o Vasco da Gama por 3 a 1, em partida iniciada às 16h00m, neste domingo. Deco e Fred, duas vezes, marcaram para o Tricolor. Eduardo Costa descontou no final para os vascaínos.

A vitória neste turno do Cariocão, a qual garante ao Tricolor o direito de disputar a final do Estadual, permite que o time das Laranjeiras possa focar mais na principal competição do ano, a Copa Libertadores da América. Já o Cruzmaltino terá que amargar uma volta por cima no 2º turno, na Taça Rio, para poder chegar à decisão, além de precisar conciliá-la com a competição sulamericana.

O jogo:

Primeiro tempo movimentado e boa vantagem tricolor

Ofensivos, Vasco e Fluminense foram ao campo apostando no ataque. A emoção, dinamismo e oportunidades criadas foram marcas de uma bela decisão de turno. Do lado tricolor, o poder de fogo era comandado por Deco, Thiago Neves, Wellington Nem e Fred. Do lado alvinegro, Juninho, William Barbio, Diego Souza e Alecsandro eram as esperanças.

A primeira grande chance surgiu logo com um minuto de bola rolando. W. Nem recebeu na ponta esquerda e passou rápido por ninguém mais, ninguém menos que Dedé. O atacante arrancou para dentro da área e pecou na finalização, mandando longe do gol. Foi o cartão de visitas da revelação do Brasileirão de 2011. Posteriormente, Nem conseguiu passar por Fagner, que também foi premiado no Brasileiro passado, e rolou para Fred mandar por cima da meta de Prass.

O Vasco, entre uma jogada e outra de Wellington Nem, também chegava à frente. A primeira vez através de uma cabeçada de Nilton, que passou com perigo ao lado da trave esquerda de Cavalieri, após levantamento de Juninho Pernambucano. Depois, Barbio arrancou pela esquerda e, assim como o atacante tricolor, definiu mal a jogada.

O ápice da primeira etapa cruzmaltina veio em seguida. Anderson, próximo à sua grande área, tentou aliviar e furou a bola, dando um presente a Alecsandro. O camisa 9 passou para Diego Souza, que – de esquerda – acertou a parte interior da trave direita do xará Diego Cavalieri.

A partir daí, as famosas frases “Clássicos são decididos nos detalhes” e “Quem não faz, leva” passaram a fazer parte integrante da construção da história desta final. Dois minutos depois de, por questão de centímetros, não abrir o placar, Fagner cometeu pênalti bobo em Nem – sempre ele. Fred cobrou com extrema categoria, deslocando o goleiro.

O Cruzmaltino tentou responder rápido e quase conseguiu. Em novo levantamento do Reizinho, Diego Souza quase empatou de cabeça. A chance desperdiçada, mais uma vez, custou caro ao Gigante da Colina. O Flu, um minuto depois, ampliou. Deco, bem na partida, de muito longe, acertou o canto direito de Prass, que havia saído do gol, pois esperava um cruzamento. Falha do arqueiro vascaíno e méritos para a inteligência do camisa 20.

O Fluminense ainda pode aumentar antes do apito do árbitro Marcelo de Lima Henrique. Rodolfo, que já havia falhado feio contra o Flamengo no lance que culminou com o gol perdido por Deivid, voltou a errar grosseiramente. Dessa vez, frente a Thiago Neves. O defensor, último homem, perdeu a bola para o meia, o qual ficou cara a cara com Fernando Prass e bateu para fora.

Vasco mutilado não consegue evitar derrota, mas pressiona no fim

Na volta para o segundo tempo, o Flu voltou com uma alteração: saiu Carlinhos e entrou Carleto. O Vasco, perdendo, nada mudou em seu time. O único indício de substituição era a presença de Felipe devidamente trajado, sem colete, com caneleiras, fazendo aquecimento dentre os demais atletas.

Antes de qualquer mudança cruzmaltina, porém, o Tricolor tratou de ampliar sua vantagem. Thiago Neves deu belo passe para Fred marcar seu 2º no jogo e 3º de sua equipe. Goleada parcial no Engenhão.

Foi, então, que Cristóvão Borges resolveu alterar seu time. Fellipe Bastos, fazendo nova má partida, era quem sairia. E enganou-se quem pensou que Felipe seria o substituto. O treinador optou pela entrada do volante Eduardo Costa. Dedé, zagueiro, passou a servir de referência no ataque e o jogador que acabara de entrar foi improvisado atrás, ao lado de Rodolfo.

Exatamente de onde o Mito foi retirado, Wellington Nem recebeu ótima enfiada de bola e ficou isolado na frente de Prass. O atacante tentou driblar o goleiro e acabou perdendo o ângulo para chutar. Foi desarmado em seguida, perdendo chance inacreditável de decidir tudo. Já o Vasco, agredia o adversário na base da vontade, e não da organização. Juninho, em jogada individual, passou por dois tricolores e obrigou Cavalieri a fazer boa defesa.

Mutilado, o Vasco ficaria ainda mais bagunçado. De uma vez só, Cristóvão queimou suas duas últimas substituições. Felipe entrou no lugar de Feltri, para atuar na esquerda, onde habitualmente não joga há tempos, e Kim foi ao gramado no lugar de Barbio.

Nos enormes buracos deixados às costas da defesa, o Fluminense contra-atacou e, dessa vez com Fred, chegou próximo do 4º gol. Thiago Neves, depois de ver Prass cair, passou para o centroavante definir, mas o mesmo já havia passado da bola.

Por não fazer, o Flu acabou levando, mostrando que a velha afirmativa futebolística, antes ao seu favor, também servia para o adversário. Em um de seus ataques desorganizados, com bolas alçadas à área, o Vasco descontou com o “zagueiro” Eduardo Costa e começou a tornar a partida, previsível e definida àquela altura, mais emocionante.

A verdade é que o gol serviu como uma réstia de esperança cruzmaltina. Muitos dos que estavam esvaziando as arquibancadas do Engenhão desistiram de sair, pensando que poderia haver um milagre. Não houve. Mas o Vasco realmente mostrou um novo ânimo e esboçou uma reação.

O “atacante” Dedé, de cabeça, acertou a trave direita do clube das Laranjeiras. Depois, Cavalieri, após cobrança de escanteio do Gigante da Colina, executou duas defesas difíceis, caído, evitando que o adversário reduzisse ainda mais o prejuízo e chegasse perto de levar a decisão para os pênaltis.

No final, méritos para o Fluminense, que oscilou durante a campanha na fase de grupos, chegou a ser derrotado para o próprio Vasco, mas apresentou grande crescimento nas últimas partidas e mostro-se superior na final, sagrando-se campeão da Taça Guanabara após longo jejum, que durava desde 1993. Já o Cruzmaltino, há muitos anos sem conquistar o Carioca, terá que se reabilitar na Taça Rio para buscar uma vaga na finalíssima do Estadual. Nela, o Tricolor já está.