O sonho da tríplice coroa acabou. O Vasco da Gama, nesta noite de quarta-feira, em Santiago, foi derrotado pelo placar de 2 a 0 para a Universidad de Chile e abandonou a Copa Sul-Americana na semi-final. No Rio de Janeiro os dois times empataram por 1 a 1.
Enquanto a La U, líder isolada da Primera División com 38 pontos (7 a mais que o 2º colocado), já pode começar a pensar na decisão do dia 07 de dezembro contra a LDU, classificada na noite de ontem, o Vasco da Gama volta suas atenções para a 2ª decisão da semana, contra o maior rival Flamengo, no Engenhão. Uma vitória do Cruzmaltino somada à uma derrota do Corinthians para o Palmeiras, dá o título do Brasileiro para o Gigante da Colina.
O jogo:
Universidad de Chile joga melhor e sai na frente com Canales
Sem Felipe e precisando suportar uma pressão de cerca de 22 mil torcedores chilenos, o Vasco não conseguia manter a bola no chão, como habitualmente faz. A ausência do Maestro foi muito sentida, assim como a falta de Eder Luis e suas escapadas em velocidade.
Com um meio-campo marcador, formado por 3 volantes (Allan, Nilton e Rômulo), Juninho Pernambucano, jogando no limite de sua condição física, era a principal peça criadora do time. Rômulo, como elemento surpresa, aparecia bem no ataque. Foram os dois que compuseram uma dos lances mais perigosos da primeira etapa para os vascaínos. O Reizinho, após uma sequência de faltas mal cobradas, deu lindo passe para o jovem meio-campista. Dentro da área, ele demorou para finalizar e acabou permitindo a chegada do marcador adversário.
Do lado da La U, Vargas era o principal jogador. Sua velocidade era uma constante ameaça. O jogador perdeu duas oportunidades de marcar. Na primeira, saiu de frente para o gol, tentou driblar Fernando Prass e o goleiro salvou. Na segunda, finalizou e, novamente, Prass fez a defesa.
Se Vargas não conseguia deixar sua marca, Canales foi capaz. A zaga vascaína teve dificuldades para afastar o perigo de dentro da área e a bola sobrou para Aranguiz, que chutou forte para mais uma excelente defesa do goleiro do Vasco. No rebote, Canales chutou forte para abrir o placar. Assim, a Universidad do Chile ia em vantagem para o vestiário.
Cristóvão muda no intervalo, mas Fagner é expulso e Vasco sofre outro gol
Precisando, pelo menos, de mais um gol para forçar a disputa de pênaltis, o Vasco voltou do intervalo com uma modificação: entrou Bernardo e saiu Allan. Dessa forma, a equipe ficava mais ofensiva para buscar o empate e, talvez, até mesmo a virada. A mudança deu certo e o time parecia mais vivo no início da segunda etapa.
A exemplo do que aconteceu no 1º tempo, Rômulo seguiu jogando muito bem. O volante era um dos melhores em campo e obrigou o goleiro Herrera a fazer duas boas defesas. Quem também continuava bem na partida era Vargas, mas continuava sem marcar. O chileno chegou a dar um toque por cima de Fernando Prass, mas a bola passou raspando a trave direita do goleiro.
A sorte do atacante só mudou com a expulsão de Fagner, aos 24 minutos. Pouco depois, ele recebeu um belo passe e teve só o trabalho de, dentro da área, finalizar e ampliar a vantagem: 2 a 0 e classificação quase garantida naquelas circuntâncias.
O cartão vermelho recebido pelo lateral-direito cruzmaltino obrigou Cristóvão a mexer defensivamente: Diego Souza saiu para entrar Diego Rosa. Mesmo assim, na base da raça e superação, o Gigante da Colina tentou diminuir e empatar, o que garantiria o passaporte para a final. Dedé e Alecsandro chegaram perto, mas não conseguiram converter. O gol vascaíno não passou do “quase”. Pela primeira vez, a Universidad de Chile chegou a uma final de competição internacional.
