De novo dois a zero, só que dessa vez com um campo bom, uma atuação um pouco melhor e contra um adversário que ao menos na teoria, é melhor do que o Gabão. O Brasil venceu o Egito e encerrou os amistosos contra times africanos com duas vitórias com o mesmo placar. O Brasil encerra também a temporada de 2011, que acaba com 9 vitórias, 4 empates e 2 derrotas.
Os dois gols de Jonas, a boa atuação de Hulk e de Dudu, que entrou no finzinho, são as boas notícias. A má é a de sempre: a Seleção vence, mas está longe de parecer um time pronto para 2014.
Usando do velho jargão, em 2011, o Brasil venceu, mas não convenceu. Fica a expectativa para 2012, ano em que a Seleção principal não jogará nada além de amistosos, mas o ano olímpico trará a chance da conquista inédita da medalha de ouro.
Belo primeiro tempo de Hulk e vitória parcial
Os primeiros cinco minutos de jogo entre Brasil e Egito foram marcados por chutes de fora da área. Não obtiveram sucesso, mas foi a primeira chance de cada Seleção. Hernanes chutou forte para fora para o Brasil, e Shikabala, de falta, parou em bela defesa de Diego Alves.
O Brasil, um pouco superior, ainda levou perigo novamente de fora da área, com Hulk que começou o jogo se movimentando bem.
Os minutos seguintes no entanto trouxeram à tona um jogo chato, lento, e que até os chutes de fora da área ficaram escassos. Hulk continuava tentando e era o melhor em campo, valendo do velho ditado de que em terra de cego que tem olho é rei.
Aos 26, foi Hulk que fez a grande jogada do primeiro tempo, com raça e habilidade, passou pela defesa egípcia e saiu cara a cara com o goleiro, mas chutou forte por cima. Chance desperdiçada contra uma defesa compacta, que pouco deixava oportunidades como essa.
Outra oportunidade foi criada por Alex Sandro, estreante como titular, que fez bonita jogada de apoio e chutou no cantinho, mas o goleiro egípcio fez ótima defesa.
Aos 38, a boa partida de Hulk finalmente deu resultado. O jogador, mais uma vez, com força e habilidade fez boa jogada pela direita e cruzou forte para Jonas, seu companheiro de ataque. O atacante do Valencia, sem goleiro, não desperdiçou e abriu o placar para a Seleção Brasileira, no último jogo do ano.
Jonas confirma vitória brasileira e encerra o ano bem pela Seleção
O Segundo Tempo começou com Jonas quase marcando o seu segundo gol logo aos 2 minutos. O atacante chegou a passar pelo goleiro, mas chutou em cima do zagueiro que evitou, ao menos por alguns minutos, que Jonas ampliasse o placar.
Só demorou 11 minutos, porque aos 13, Bruno César cobrou falta na cabeça de Fernandinho, e o goleiro soltou rebota para Jonas fazer jus à camisa 9 da Seleção e aproveitar a chance para amplicar o placar.
Hernanes quase teve a oportunidade de marcar o seu aos 26, mas chutou prar fora.
O Egito pouco ameaçava, só com alguns chutes de longe, mas claramente era uma equipe em um trabalho de início. Mano promoveu a substituição inicial no jogo tirando Fernandinho e colocando Elias. Bob Bradley, técnico americano que estreava sob comando do Egito, fazia muitas mudanças que pouco modificavam o parâmetro do jogo.
Com o fim do jogo se aproximando, Mano tirou Jonas, autor dos dois gols e testou Kléber, do Porto para fazer dupla com Hulk, que também joga no time português. A parceria durou pouco já que o treinador tirou Hulk, o melhor em campo, para por Dudu, do Shakhtar.
Aos 40, uma jogada jovem quase fez o terceiro para o Brasil, dando bons ares para o futuro. Dudu chutou a bola desviou e sobrou na cabeça de Kleber que jogou na trave. Na volta, o camisa 25 tentou de novo mas o goleiro egípcio operou um milagre.
Dudu teve outra chance aos 42, mas mais uma vez o seu primeiro gol parou no goleiro da Seleção do Egito, o melhor em campo do adversário.
Fim de jogo, fim de ano para o Brasil com mais uma vitória que não empolga, mas não deixa de ser uma vitória, a sexta seguida da Seleção sob o comando de Mano.
