Único brasileiro a entrar em campo nesta noite de quarta-feira, o Vasco da Gama foi a Lima, onde enfrentou o Universitario, e saiu derrotado pelo placar de 2×0, em jogo válido pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana.
O jogo de volta será realizado em São Januário, dia 9 de novembro, quarta-feira que vem, às 21h50m. O Cruzmaltino precisa vencer por 3 gols de diferença se quiser evitar os pênaltis. Uma vitória de 2×0 para os donos da casa leva a partida às penalidades. Os demais resultados dão a vaga ao Universitario. O vencedor dessa partida enfrentará o vitorioso de Universidad de Chile e Arsenal de Sarandí.
O jogo:
Muitas faltas, passes errados e gol de pênalti duvidoso
De luto pela morte recente de Pai Santana, ex-massagista e símbolo do Vasco da Gama, o Cruzmaltino entrou em campo um tanto quanto desinspirado. O 1º tempo foi marcado pelos muitos passes errados e faltas cometidas. Os peruanos, principalmente, cometeram muitas infrações. 16 ao todo, na etapa inicial.
Com um time quase todo reserva e que pouco joga junto, o mau posicionamento dos vascaínos era evidente. A zaga e o meio-campo não se encontravam. Na frente, Alecsandro não recebia a bola. O time não conseguia trocar passes e tinha dificuldades de sair jogando. Aos 9 minutos, a primeira boa oportunidade do Universitario, após, exatamente, uma má saída de jogo dos visitantes. Fernando Prass defendeu.
Quando não pegou, o goleiro vascaíno teve a sorte de assistir a bola passar perto de sua baliza e não entrar. O jogador peruano finalizou uma vez e ainda conseguiu a sobra para tentar uma segunda. Fernando Prass também pode contar duas vezes com Nilton, volante improvisado na zaga. O atleta cortou, em dois momentos, a bola quase em cima da linha, quando a “Muralha da Colina” já estava batida no lance.
A única oportunidade em que não teve jeito foi na cobrança de pênalti de Ruidíaz, que sofreu falta duvidosa na área. O jogador cobrou forte, no canto e no alto, sem chances para Prass. Ele ainda pulou bem, mas era indefensável.
O 1º tempo se acabou e o Vasco sequer assustou Llontos. Foram 4 finalizações do Gigante da Colina (uma no gol), contra 9 dos donos da casa. 15 passes errados para os vascaínos e 14 para os peruanos.
Melhor, mas não o bastante
O Vasco da Gama voltou melhor para o 2º tempo, com uma postura um pouco mais agressiva, mas os passes errados insistiam em acontecer. Pelo menos, o time ameaçou, finalmente, o goleiro adversário. Primeiro, em cobrança de falta de Bernardo. Depois, em chute de Alecsandro. A equipe apertou a saída dos mandantes, Allan roubou a bola e deu bom passe para o camisa 9. Nas duas oportunidades os chutes bateram na rede pelo lado de fora. Houve quem comemorasse gol.
Mesmo melhor depois de voltar do vestiário, o Vasco sofreu um outro gol. Fano recebeu belo passe nas costas de Douglas e finalizou com categoria. O 2º sofrido fez Cristóvão Borges arriscar mais. O treinador retirou o volante Diego Rosa, que fez má partida, e lançou o atacante Leandro, deixando o time ainda mais ofensivo. Já o Universitario, ao mesmo tempo, também fez uma substituição. Tirou o autor do 2º gol, que jogava no sacrifício, e mandou o jovem Polo ao campo.
As propostas de jogo eram claras: o Vasco ia tentar reduzir o prejuízo para facilitar sua missão na partida de volta, em São Januário, pélo critério de gols marcados fora, e o Universitario ia se fechar para sair em velocidade nos contra-ataques.
Quem se deu melhor foi o time do Peru. Os cariocas, embora tomassem mais a iniciativa do jogo e tentassem entrar na área do adversário, erravam muito os últimos passes e entregavam a posse de bola para os jogadores do Universitario. Esses, com uma postura mais cautelosa, administravam a vitória sem correr grandes riscos.
Levando o jogo dessa maneira até o final, os peruanos conseguiram uma importante e merecida vitória. O Cruzmaltino tem uma difícil missão no jogo de volta. Para passar à semi-final, Cristóvão terá que escalar mais titulares.
