“Quadrado mágico” foi uma expressão que ficou famosa no futebol brasileiro na preparação para a Copa de 2006. A época, o favorito Brasil mantinha sua condição por ser escalado por Parreira com um “Quadrado Mágico”, quatro jogadores ofensivos que pareciam que levariam o Brasil a um jogo bonito, ofensivo e goleador. Kaká e Ronaldinho Gaúcho no meio e Ronaldo e Adriano no ataque, pareciam ser os nomes que levariam o Brasil ao hexacampeonato. A derrota para a França foi o fim do sonho e a certeza de que Parreira não conseguiu dar liga ao quadrado.
Cinco anos depois, o quadrado parece estar de volta. Mais jovem e mais leve, a Seleção parece que entrará em campo na Copa América com uma quadra de jogadores ofensivos e habilidosos, levando o time para frente e, quem sabe, que dê em título. Não restou nenhum do quadrado de 2006. Desta vez, Ganso, Robinho, Neymar e Pato são a esperança.
Mano Menezes, no treino realizado Domingo pela manhã, mostrou pela primeira vez qual é o time que pretende por em campo na competição. Em um coletivo realizado no hotel que a Seleção está hospedada, em Los Cardales, o técnico escalou o time e não modificou em momento algum durante o coletivo, dando pistas de que é, de fato, o time que tem na cabeça.
O time foi escalado com Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, Lúcio e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Ganso; Robinho, Neymar e Alexandre Pato. Mantém-se a base que Mano vem usando na defesa, Lucas Leiva e Ramires são os primeiros homens de meio campo (com Elano no banco), Ganso é o armador e Robinho joga um pouco mais atrás, indo do meio para o ataque. Neymar é o primeiro atacante e Alexandre Pato é o homem fixo na área (com Fred no banco).
O time reserva foi escalado com Victor, Maicon, David Luiz, Luisão e Adriano; Sandro, Elias, Elano, Lucas e Jadson; Fred.
Ao menos no coletivo, deu certo. Vitória de 2 a 0 para os titulares, gols de Neymar.
– Essa formação dá uma idéia bastante clara de que podemos ter um time equilibrado, que tem a posse de bola como pretendemos sem perder a contundência de ser ofensiva, para poder criar oportunidades claras de concluir.- O time se comportou bem, criou alternativas, mas precisa ser mais incisivo no momento da conclusão final. São alguns ajustes que faremos nos treinamentos até a estréia. – disse Mano na coletiva após o treinamento.
Perguntado sobre se esse era de fato o time titular Mano não confirmou, nem negou.
– Podermos ter, dependendo das circunstâncias, a mudança de um jogador ou outro. Mas quem entrar vai fazer o que está proposto no nosso esquema de jogo.O que vai determinar isso é o desempenho da Seleção nos jogos, ele é que vai dar a idéia do que pode ser feito contra qualquer adversário.
