Enfim a vitória chegou. Após uma série de quatro empates, o Flamengo conquista a vitória de virada sobre o Galo neste sábado no Engenhão. A partida teve momentos bem distintos: de um primeiro tempo equilibrado a um segundo tempo movimentado – e com grande superioridade rubro-negra a partir do gol de empate.
Primeira etapa morna
Na primeira etapa, o jogo se mostrou bastante equilibrado. Errando muitos passes, os dois clubes de mostravam afobados durante o primeiro tempo. A equipe do Atlético-MG assustava com o atacante Guilherme, que obrigou Felipe a fazer duas belas defesas. Já o Flamengo, ameaçou com um chute de longe de Renato e com um chute cruzado de Léo Moura. O lateral direito parece ter recuperado o ritmo de jogo, e foi um dos destaques da partida.
Segunda etapa movimentada
Logo no início do segundo tempo, o Flamengo teve um lance de gol corretamente anulado. Renato chutou de fora da área. A bola sobrou para o lateral Junior Cesar – impedido – completar para o gol.
O Flamengo trocava passes e investia no contra-ataque, até que aos 7 minutos do segundo tempo; um balde de água fria na torcida rubro-negra. Luiz Antônio cometeu falta na intermediária. Serginho cruzou na área e Dudu Cearense desviou de cabeça, abrindo o placar no Engenhão.
Sem alternativa a não se buscar a vitória; o técnico Vanderlei Luxemburgo fez uma dupla substituição: saíram David Braz e Wanderley para a entrada de Negueba e Deivid, respectivamente. Desfazendo então o esquema de 3-5-2 para 4-4-2.
Brilha a estrela de R10
Aos 21 minutos, o então apagado e contestado Ronaldinho Gaúcho demonstrou que ainda pode ser decisivo. Em um cruzamento da ponta direita, o dentuço dominou com a coxa e bateu com estilo no ângulo esquerdo do gol atleticano. Detalhe: antes mesmo de a bola entrar, Ronaldinho já estava comemorando.
O gol de catarse de Ronaldinho acordou o time rubro-negro. Aos 31 minutos, o veloz Negueba bateu cruzado, e Thiago Neves só teve o trabalho de completar para o gol. Virada rubro-negra: 2 a 1.
O Galo sentiu o golpe. Passou a assistir ao Flamengo jogar. Como que se tivesse tirado um piano das costas, Ronaldinho distribuía passes com precisão que há muitos jogos não se via. Porém, não foi o meia que aumentou o placar. Deivid completou a festa rubro-negra em dois lances de contra-ataque: no primeiro, Muralha – que entrou no lugar do volante Luiz Antônio – arrancou como uma flecha e fez um belo passe para o atacante rubro-negro. Deivid dominou em velocidade e chutou no canto alto do goleiro. Um golaço. No quarto gol, Léo Moura chegou ao fundo e tocou para Deivid, que só teve o trabalho de escorar e estufar as redes.
No final da partida, a torcida que nos últimos jogos vaiava, hoje, soltava o grito de “Ah, é Ronaldinho!”. Em um gesto que mistura pedidos de desculpas e agradecimento. R10 bateu no peito e saudou a torcida rubro-negra.