As protagonistas da final do Mundial de Clubes

Executivas de Palmeiras e Chelsea reforçam presença feminina no futebol internacional
2022-02-21 21:23:44

Na última semana, Chelsea e Palmeiras decidiram o Mundial de Clubes, com vitória do time inglês na prorrogação. Em campo, jogadores como Thiago Silva, Dudu e Lukaku se destacaram. Mas fora das quatro linhas, duas mulheres foram grandes protagonistas na partida: Leila Pereira e Marina Granovskaia.

Enquanto a presidente do Palmeiras é a primeira mulher a assumir o cargo na história, a diretora do Chelsea é o braço-direito do dono Roman Abramovich. As duas atuam nos bastidores, mas são figuras importantes para fortalecer a presença feminina no futebol mundial.

Conheça um pouco melhor a história das executivas e a sua importância para os atuais campeões da Europa e América do Sul!

Foto das executivas de Palmeiras e Chelsea viralizou na internet

Durante a disputa do Mundial de Clubes, as duas tiraram uma foto que viralizou na internet e marcou o poder feminino à frente das duas equipes. Em um esporte dominado pelos homens, são duas mulheres que tomam as decisões e comandam grandes potências do continente.

Leila Pereira já é uma figura conhecida no Brasil, porque é patrocinadora do Palmeiras há anos e aparece frequentemente nas redes sociais para falar do clube. Por outro lado, Marina aparece menos, mas tem grande influência nas decisões do gigante europeu.

Vale destacar que, além de Marina e Leila, a presença de outras mulheres no comando de clubes internacionais está em crescimento. Poucos sabem, por exemplo, que por trás do Leicester que encantou o mundo em 2016 estava Susan Whelan, dirigente com participação direta na conexão entre os donos e o técnico Claudio Ranieri.

São histórias de sucesso que podem inspirar outros clubes a investir em presença feminina nos cargos de direção.

Leila Pereira, a primeira presidente da história do Palmeiras

A história de Leila Pereira no Palmeiras começa antes de dezembro de 2021, quando assumiu a presidência e se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo no clube. Desde 2015, ela participa da rotina do Verdão e ganha moral entre os torcedores.

Leila é dona da Crefisa e da FAM, duas empresas que patrocinam o Palmeiras e já injetaram mais de R$1 bilhão nos cofres alviverdes. Posteriormente, entrou como conselheira e foi reeleita para o mesmo cargo antes de ganhar a eleição presidencial, em que foi candidata única.

É uma figura conhecida pelos fãs de futebol, principalmente porque gosta de comentar assuntos relacionados ao Palmeiras e interagir com torcedores nas redes sociais. Também gosta de estar perto dos atletas e da comissão técnica na preparação dos jogos.

Ela está acostumada a receber críticas, mas o seu período à frente do Palmeiras, seja como patrocinadora ou conselheira, foi muito vitorioso. O clube é bicampeão da Libertadores, do Brasileirão e ganhou a Copinha pela primeira vez na história. Bateu na trave no Mundial duas vezes, é verdade, mas Leila é sinônimo de inclusão feminina no esporte brasileiro.

Marina Granovskaia, a “Dama de Ferro” do Chelsea

A russa Marina Granovskaia é diretora do Chelsea desde 2013, após ocupar o cargo de assistente do dono Roman Abramovich por dez anos. Ela é responsável por gerenciar as transferências e contratos dos jogadores, além de tomar as decisões na ausência do magnata.

Marina é a mente por trás dos grandes negócios que o Chelsea realizou recentemente. Ela intermediou e teve participação decisiva no acordo de patrocínio com a Nike, que vai render 60 milhões de libras (R$422 milhões) por ano até 2032.

Também foi responsável pela venda de Eden Hazard ao Real Madrid, em negócio que ultrapassou os 100 milhões de euros, e pela contratação de Romelu Lukaku, que era da Inter de Milão, por 115 milhões de libras (quase R$700 milhões).

O apelido de “Dama de Ferro” é uma referência a Margaret Thatcher, primeira-ministra da Inglaterra nos anos 1980. Granovskaia tem um perfil reservado e pouco é vista em público, mas é muito respeitada e foi eleita pela Forbes como uma das mulheres mais poderosas do esporte internacional.

É verdade que o caminho ainda é longo para mudar o cenário e trazer mais executivas para o esporte. Porém, esse é um passo importante para promover a igualdade e, por consequência, também estimular o crescimento do futebol feminino, principalmente no Brasil.