Número de infectados por Covid-19 cresce na Europa e jogadores brasileiros desfalcam seus clubes

Clubes e federações tentam evitar nova paralisação do futebol no Velho Continente
2022-01-07 06:02:46

Na última semana de dezembro de 2021, a Europa viu seus casos de Covid-19 explodirem novamente após um período em que a pandemia parecia caminhar para o final. Na véspera de Natal, por exemplo, o Reino Unido e a França ultrapassaram a marca de 100 mil casos registrados no dia, e a Itália, a de 50 mil. A Espanha já tinha atingido 70 mil novos casos diários dias antes dos países vizinhos.

A considerada quinta “onda” do vírus no Velho Continente é atrelada à disseminação da variante ômicron, que havia sido identificada inicialmente na África do Sul, em novembro. Os jogadores de futebol não ficaram imunes à variante. Felizmente, a ômicron tem se mostrado mais branda, principalmente para aqueles que tomaram duas ou mais doses da vacina.

Vamos relembrar os principais jogadores brasileiros atuantes na Europa que chegaram a ser infectados pelo vírus da Covid-19 recentemente e que ficaram fora de algumas partidas de torneios nacionais. É importante ressaltar que todos eles estão recuperados e prontos para ajudar suas equipes.

Jogadores brasileiros infectados pela Covid-19 na Europa

Seis jogadores de importantes clubes europeus testaram positivo para Covid-19 nas últimas semanas. Confira quais foram esses atletas, quando testaram positivo, as partidas que perderam e quando retornaram ao campo.

Marcelo

O lateral-esquerdo do Real Madrid testou positivo para Covid-19 no dia 15 de dezembro. Ele ficou de fora das partidas contra o Cádiz (19/12) e Athletic Bilbao (22/12), válidas pelo Campeonato Espanhol. Ele voltou a ser relacionado no dia 2 de janeiro, em partida contra o Getafe, também pelo torneio nacional.

Daniel Alves

O veterano lateral-direito teve a sua reestreia adiada pelo Barcelona, quando testou positivo para Covid-19 no dia 28 de dezembro. Ele ficou, portanto, fora da partida contra o Mallorca, no dia 2 de janeiro, relativa ao Campeonato Espanhol. O jogador, porém, teve presença confirmada no jogo contra o Linares, em 5 de janeiro, pela Copa do Rei.

Vinícius Júnior

O atacante do Real Madrid, que vem sendo o destaque da equipe nessa temporada, teve a confirmação de ter sido contaminado pelo vírus no dia 29 de dezembro. O jogador desfalcou os merengues no Campeonato Espanhol e na Copa do Rei, em partidas contra o Getafe (2/1) e Alcoyano (5/1), respectivamente. Ele, porém, foi confirmado para o jogo da liga contra o Valencia, no dia 8 de janeiro.

Philippe Coutinho

O meia brasileiro foi diagnosticado com o vírus no dia 30 de dezembro e desfalcou o Barça em duas partidas: contra o Mallorca, no dia 2 de janeiro, pelo Campeonato Espanhol e contra o Linares, em 5 de janeiro, pela Copa do Rei. Seu retorno foi confirmado para o dia 8 de janeiro, contra o Granada, para tentar ajudar o clube na primeira divisão espanhola.

Alisson e Roberto Firmino

Os jogadores do Liverpool tiveram testagem positiva para Covid-19 juntos, em 2 de janeiro. Eles foram vetados para as partidas contra o Chelsea (02/01), Arsenal (06/01) e Shrewsbury (09/01), pelo Campeonato Inglês, Copa da Liga e Copa da Inglaterra, respectivamente. O retorno será no jogo de volta contra o Arsenal, em 13 de janeiro.

Clubes europeus querem evitar nova paralisação

Mesmo com protesto de alguns treinadores e de restrições impostas aos torcedores, as federações e clubes da Europa estão tentando ao máximo não paralisar o futebol no continente novamente. O risco de prejuízo de bilhões de euros é o motivo do esforço.

Em maio de 2021, a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) – maior entidade de futebol do continente – estimou que os principais clubes locais deixaram de arrecadar €7,2 bilhões (R$45,6 bilhões) em decorrência da pandemia.

Alguns países europeus adotaram medidas para conter o avanço da nova onda do Covid-19. A Alemanha, por exemplo, decidiu voltar a fechar os estádios em dezembro e proibiu a entrada de torcedores. A Itália, assim como a Espanha, reduziu a capacidade de público para 75%. A Inglaterra, porém, continua liberando a capacidade de máxima de público nos estádios normalmente.