Brasil e Argentina esperaram mais de uma hora e meia, mas não puderam decidir em campo o vencedor do Superclássico das Américas na noite desta quarta-feira (3), em Resistencia. Os problemas de queda de energia no acanhado estádio Centenário se iniciaram horas antes da partida e, segundo a imprensa argentina, foram causados pelo ônibus da seleção brasileira, que teria batido no trailer de energia do estádio.
Porém, pouco depois veio outra versão. Os organizadores do evento disseram que os refletores, por terem sido acessos com muita antecedência, não resistiram às longas horas de funcionamento. O resultado foi um mico histórico para os argentinos, ainda mais por causa das razões políticas que motivaram a escolha do local da decisão. A cidade de Resistencia, situada na província do Chaco, nunca assistiu sequer a um jogo de um time da primeira divisão portenha. A equipe da cidade disputa a 4ª divisão.
Quando faltava aproximadamente uma hora para o horário marcado como início da partida, houve um apagão no estádio Bicentenário. Durante a execução do hino nacional argentino, as torres de iluminação do lado oposto às cabines de televisão se apagaram. A situação foi ficando ainda mais preocupante para os brasileiros por causa do horário do voo fretado que os levaria de volta para casa.
O grupo só poderia pousar no aeroporto de Guarulhos até as 4h30m (de Brasília). A arbitragem esperou, mas a CBF e a AFA decidiram pela suspensão. Agora, as duas entidades devem decidir em conjunto como será a definição do título, já que o regulamento não prevê que a Taça fique com o vencedor da primeira disputa. Em Goiânia, o Brasil triunfou por 2 a 1.
A realização da partida em nova data está praticamente descartada. Em 2011, o Brasil venceu a primeira edição do Superclássico. “Teoricamente o Brasil é campeão, mas isso será decidido em uma reunião nos próximos dias”, disse Andrés Sanchez, que completou. “O nosso calendário já está apertado e não existe a possibilidade de ter outro jogo.”
