Sambafoot entrevista o meia Guly do Prado, do Southampton

O SAMBAFOOT bateu um papo exclusivo com o meia Guly do Prado, do Southampton (ING). Relativamente desconhecido no Brasil, Guly foi peça fundamental na campanha que levou o time inglês de volta à disputada Premier League. Agora, o leitor terá a oportunidade de conhecer um pouco mais da história deste campinense de 30 anos, que […]
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sambafoot_admin
2012-08-22 23:02:00

O SAMBAFOOT bateu um papo exclusivo com o meia Guly do Prado, do Southampton (ING). Relativamente desconhecido no Brasil, Guly foi peça fundamental na campanha que levou o time inglês de volta à disputada Premier League. Agora, o leitor terá a oportunidade de conhecer um pouco mais da história deste campinense de 30 anos, que garante estar bem adaptado e feliz com a sua história vencedora no futebol europeu.

Podemos começar com uma apresentação?

Meu nome é Guly do Prado, sou brasileiro, jogo no Southampton. Comecei a minha carreira na Portuguesa Santista, antes de construir uma história na Europa e chegar onde cheguei agora, disputando uma Premier League.

Como foi esse pulo inicial do início na Portuguesa Santista para o futebol europeu?

Nós jogamos um torneio na Europa e enfrentamos o Catania, da Itália. Eu chamei a atenção deles e por isso fui contratado e tive a oportunidade de começar a minha trajetória na Europa.

Como foi esse início na Itália, essa adaptação a uma cultura e um futebol completamente diferentes?

O início foi difícil, é sempre complicado começar uma vida nova tão longe de casa. Mas eu me adaptei com muito esforço, muita raça, e pude construir essa minha trajetória bonita.

Você passou por diversos clubes na Itália antes de ir para o Southampton em 2010. Como foi essa transição?

Eu estava no Cesena, onde fui campeão da Série B italiana e ajudei o time a voltar para a elite. Senti que era o momento de mudar de ares, eu já estava há muito tempo na Itália. Senti que a Itália estava ficando pequena para mim, por assim dizer.

E como foi esse início no Southampton? Houve alguma dificuldade adicional?

Cheguei ao Southampton emprestado, com opção de compra. Me destaquei na primeira temporada e o clube quis me manter. A maior dificuldade foi a questão da língua, mas hoje em dia isso já está bem mais tranquilo. Ainda não está 100%, mas já consigo conversar bem em inglês.

E como foi essa última temporada, com a conquista do vice-campeonato da Championship e a subida para a elite do futebol inglês?

Essa última temporada foi muito boa. Assim como eu já havia feito na Itália, eu tive a oportunidade de trazer o Southampton para a primeira divisão, para a Premier League, que é um dos campeonatos mais fortes do mundo.

Vocês estrearam justamente contra o atual campeão Manchester City, e acabaram perdendo por 3 a 2. Como foi esse jogo?

Pois é, estreamos como o Manchester City, que a gente sabe que é um grande time, com grandes jogadores. Sai um famoso, entra um famoso no time deles. Fizemos um bom jogo, conseguimos abir 2 a 1, mas infelizmente o futebol nem sempre funciona da maneira que você quer, e acabamos sofrendo a virada no fim. Mas foi uma boa estreia. Jogamos para ganhar, que é a nossa mentalidade sempre.

E quais são as expectativas para a temporada? É possível sonhar com uma classificação à Europa League, por exemplo, ou isso ainda é uma realidade distante?

A Europa League ainda é um sonho distante. A nossa intenção é se manter na primeira divisão, para começo de conversa, de preferência entre os dez primeiros. Vamos trabalhando sempre com seriedade, jogando para ganhar independente do adversário.

Você pensa em voltar para o Brasil no futuro? Ou está bem na Europa?

Uma volta para o Brasil é possível sim, mas não agora. Estou bem na Europa, acho que ainda tenho mais a acrescentar a essa história bonita que eu estou construindo por aqui. Mas no futuro, quem sabe, uma volta ao Brasil é uma possibilidade sim.

E você teria algum clube de preferência?

Não, não, sem preferência nenhuma.