A oposição do Fluminense não gostou da possível venda do futebol do clube partiu para cima, com críticas, a proposta feita e que será votada pelos sócios.
Na figura de Celso Barros, ex-patrocinador e torcedor ilustre do time, os valores da oferta são baixos e que os interessados tentam se aproveitar do nome do clube.
SAF do Fluminense
- Celso Barros detona “valor irrisório" da proposta da SAF;
- O empresário faz parte da oposição ao presidente Mário Bittencourt;
- A proposta feita para a criação da SAF será votada por sócios do clube.
Dinheiro é pouco?
Celso Barros foi o principal nome do futebol Tricolor enquanto a UNIMED era patrocinadora. Vinha da empresa, um grande valor financeiro que montou as equipes campeãs brasileiras em 2010 e 2012. O empresário chegou a fazer parte da gestão de Mário, mas rompeu com o presidente após críticas feitas e agora, virou oposição já com candidatura para a próxima eleição, no ano que vem.
O pré-candidato acusou Bittencourt de se aproveitar do fim de seu mandato no Fluminense para tentar vender o futebol e continuar no comando, além de apontar que os valores da venda são baixos:
"Isso é um estelionato eleitoral a poucos meses da escolha do novo presidente. No fim das contas, o único dinheiro novo que a proposta apresenta são esses R$ 500 milhões, um valor irrisório perto do que realmente vale o clube. E os R$ 6,4 bilhões parcelados por tantos anos são, a rigor, dinheiro gerado pelo próprio Fluminense. Além do mais, incluir Xerém nesse pacote é revoltante diante das joias que saem de lá." "Onde estavam esses tais ‘tricolores milionários’ quando o clube estava na Série C? Eu estava lá, ajudando a reerguer o Fluminense, que logo depois ganhou diversos títulos. Eles parecem preocupados com tudo, menos com o clube".
Proposta feita e valores revelados
Na última segunda-feira (8), os detalhes da proposta foram conhecidos. Os empresários oferecem R$500 milhões para comprar 65% das ações, deixando 35% com a associação. Além do valor, que será dividido nos dois primeiros anos, os empresários assumiriam a dívida de R$ 871 milhões do Tricolor Carioca.
Em apresentação feita pelo empresário Carlos de Barros, da Lazuli Partners e LZ Sports, que representa os empresários interessados na compra, o projeto é de R$6,4 BI em 10 anos, mas não em investimentos de dinheiro de fora.
O empresário explicou que o número foi calculado já pensando em vendas de jogadores, premiações e novas receitas que entrarão após as dívidas diminuírem e por isso, sobrar mais dinheiro para girar o futebol, com folha de salários altas e grandes contratações.
Outros detalhes do projeto
Portanto, o projeto apresenta uma formação de “cotas", com valores indicados, para que os empresários virem acionistas da empresa de futebol. O formato tem 40 torcedores do time, milionários, para criarem o “sócio" majoritário da SAF. O Fluminense associativo ficaria com a minoritária.
Decerto, este projeto irá para a votação dos conselheiros e sócios do clube. Se aprovem a venda, o atual presidente, Mário Bittencourt, deverá ter um cargo importante na gestão do futebol sob o comando da SAF. O presidente postulava ser o CEO da empresa, mas talvez fique com outro cargo. Recentemente, a escolha de seu nome causou desconforto com alguns interessados em comprar as ações.
O GE.com apurou alguns nomes de interessados na compra das ações, contando com o próprio BTG, que fez o estudo e montagem do projeto da SAF, além de Thiago De Luca diretor-geral da Frescatto, patrocinadora do Fluminense, o co-fundador do Absoluto Partners, José Zitelmann e integrantes da família Almeida Braga, da Icatu Seguros.