O projeto da criação da SAF do Fluminense continua em andamento. Após a oposição criticar a proposta feita para a transformação do futebol em empresa, foi a vez dos investidores defenderem seu lado.
O representante dos interessados pela compra falou sobre a ambição do projeto e que irá colocar o Tricolor Carioca entre as três maiores folhas salariais em cerca de dez anos.
SAF do Fluminense
- Fluminense tem proposta em mãos para virar SAF;
- Sócios do clube votarão se aprovam, ou não, a mudança do futebol para empresa;
- A atual gestão é a favor, mas a oposição critica a tentativa.
Mirando alto
Carlos de Barros, um dos investidores da SAF do Fluminense e porta-voz da junção de 40 empresários, defendeu a criação da empresa.
De acordo com o porta-voz, a previsão é de uma folha salarial no futebol de R$ 36 milhões até 20235. Este valor é próximo do que Flamengo e Palmeiras gastam nos dias atuais:
“Estamos falando de uma folha salarial que vai de R$ 19 milhões para R$ 25 milhões já no primeiro ano, e com expectativa de crescimento nos anos seguintes. São R$ 6 milhões a mais por mês na folha. Dá para pagar o salário de 4 Jhon Arias, por exemplo. O Fluminense estaria entre as 3 maiores folhas salariais do futebol brasileiro".
Proposta feita e valores revelados
Na última segunda-feira (8), os detalhes da proposta foram conhecidos. Os empresários oferecem R$500 milhões para comprar 65% das ações, deixando 35% com a associação. Além do valor, que será dividido nos dois primeiros anos, os empresários assumiriam a dívida de R$ 871 milhões do Tricolor Carioca.
Em apresentação feita pelo empresário Carlos de Barros, da Lazuli Partners e LZ Sports, que representa os empresários interessados na compra, o projeto é de R$6,4 BI em 10 anos, mas não em investimentos de dinheiro de fora.
O empresário explicou que o número foi calculado já pensando em vendas de jogadores, premiações e novas receitas que entrarão após as dívidas diminuírem e por isso, sobrar mais dinheiro para girar o futebol, com folha de salários altas e grandes contratações.
Outros detalhes do projeto
Portanto, o projeto apresenta uma formação de “cotas", com valores indicados, para que os empresários virem acionistas da empresa de futebol. O formato tem 40 torcedores do time, milionários, para criarem o “sócio" majoritário da SAF. O Fluminense associativo ficaria com a minoritária.
Decerto, este projeto irá para a votação dos conselheiros e sócios do clube. Se aprovem a venda, o atual presidente, Mário Bittencourt, deverá ter um cargo importante na gestão do futebol sob o comando da SAF. O presidente postulava ser o CEO da empresa, mas talvez fique com outro cargo. Recentemente, a escolha de seu nome causou desconforto com alguns interessados em comprar as ações.
O GE.com apurou alguns nomes de interessados na compra das ações, contando com o próprio BTG, que fez o estudo e montagem do projeto da SAF, além de Thiago De Luca diretor-geral da Frescatto, patrocinadora do Fluminense, o co-fundador do Absoluto Partners, José Zitelmann e integrantes da família Almeida Braga, da Icatu Seguros.




