Ídolo do Atlético-MG, Reinaldo pede justiça para vítimas de Brumadinho

Tragédia que deixou 272 mortos completou cinco anos sem ninguém ter sido responsabilizado
2024-03-24 19:04:17

Reinaldo, ídolo do Atlético-MG, participou neste fim de semana de um jogo amistoso organizado pela Avabrum – Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho.

Aos 67 anos, o ex-jogador pediu justiça pela tragédia que deixou 272 mortos, sendo que três vítimas continuam desaparecidas. Após cinco anos do ocorrido, ninguém foi responsabilizado.

Mais sobre o evento

  • Um dos participantes da partida foi Miguel Ângelo Ribeiro, de 48 anos;
  • Ele perdeu o primo Renato Vieira Caldeira na tragédia de Brumadinho;
  • A partida também contou com a solidariedade de quem passou por outra tragédia;
  • Darley Pizetta, pai do garoto Bernardo, que foi vítima do incêndio do Ninho do Urubu, também entrou em campo para pedir por justiça. 

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Reinaldo pede justiça

"Jamais podemos esquecer dessa terrível tragédia. As 272 vítimas estão em nosso pensamento. O futebol é um instrumento que atinge todas as camadas. Estamos aqui não só para manifestar o apoio, mas exigir justiça", disse Reinaldo.

 

“É diferente, é um jogo amistoso para despertar a consciência e também a memória, para que isso nunca mais aconteça em Minas Gerais", completou.

Um dos participantes da partida foi Miguel Ângelo Ribeiro, de 48 anos. Ele perdeu o primo Renato Vieira Caldeira na tragédia de Brumadinho.

"O evento traz muita lembrança do passado, é importante não esquecer. Temos que lembrar sempre. O Renato era um amigo do peito, tínhamos um time de futebol de quase 30 anos. O esporte sempre fez parte da nossa trajetória como amigo", disse Miguel.

"Nunca imaginamos que a gente fosse encontrar com o Reinaldo em um evento assim. Eu gostaria que ele – Renato – estivesse aqui. Tenho certeza de que ele está vendo a gente aqui", completou.

Solidariedade

A partida também contou com a solidariedade de quem passou por outra tragédia. Darley Pizetta, pai do garoto Bernardo, que foi vítima do incêndio do Ninho do Urubu, também entrou em campo para pedir por justiça. 

"Foi no mesmo ano do incêndio do Ninho. Isso significa uma união – uma força coletiva – em busca de solução, punição aos responsáveis. Acidentes que foram cometidos pela ganância, negligência", disse Darley.

"Dói muito. São vidas. Precisamos estar empenhados nisso, cobrar das pessoas, não podemos deixar as coisas paradas. Temos que tocar na ferida. Até o final da minha vida vou lutar por isso, é um propósito que coloquei na minha vida", completou.

Alexandra Andrade, tesoureira da Avabrum, foi uma das responsáveis por organizar o evento. Ela perdeu o irmão Sandro Andrade Gonçalves na tragédia.

"Esse evento – além de homenagear as vítimas – é mais uma oportunidade para lutarmos por justiça. Já são cinco anos sem, não desistiremos nunca. Temos que mostrar em todos os meios nossa luta. Uma barragem não rompe da noite para o dia. Também esperamos que nunca mais, que nenhuma família passe mais por isso", afirmou Alexandra.

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