Enquanto aguarda uma possível punição da Conmebol, o Internacional toma medidas internas para resolver o problema gerado pela chuva de papel picado no Beira-Rio, na quarta-feira (20).
A ação, realizada pela torcida colorada, rendeu críticas e constrangimentos ao clube, ao ser considerada uma “comemoração fora do tempo”. O ato atrasou o início da partida contra o Flamengo, pela Libertadores.
Investigação interna
- Após o ocorrido, a cúpula colorada abriu investigação para identificar o(s) responsável(eis) pela ação;
- Conforme o Inter, a quantidade de papel utilizada estava fora do combinado;
- Além disso, o material não tinha autorização da Conmebol;
- Em consequência, o clube poderá ser multado, com aplicação em um próximo torneio internacional realizado pela entidade.
Demissão de funcionários
Segundo o site GZH, o Conselho de Gestão do Inter sabia que haveria uma chuva de papel picado, antes do confronto com o Flamengo.
Além do órgão, as áreas de marketing, comunicação, patrimônio, relacionamento social e operação de jogo também estavam cientes da ação.
Inclusive, a reunião onde a iniciativa foi discutida está registrada em vídeo. No entanto, apesar de haver um planejamento para execução, mas ele não foi cumprido. Em consequência, dois funcionários do clube foram demitidos, na quinta-feira (21).
Os responsáveis pelo papel picado pic.twitter.com/5ImG7z6LkV
— CFD – Futebol e Fantasies (@CFD_Oficial) August 21, 2025
“Sobra” de material
No texto de GZH, o repórter Rafael Diverio afirma que o plano festivo foi pensado pelas torcidas organizadas, na semana anterior, após a derrota colorada na partida de ida da Libertadores.
Inclusive, a ideia original para uma chuva de papel picado ocorreu durante a Copa do Brasil 2025, em jogo contra o Fluminense.
Na ocasião, os adeptos do Inter prepararam uma recepção ao time na entrada em campo. No entanto, a ação foi vetada pela Brigada Militar.
Assim, membros do relacionamento social e do Conselho de Gestão do clube decidiram reaproveitar o material no jogo com o Rubro-Negro, com anuência da operação de jogo.
No desejo de fazer uma festa ainda maior, o clube comprou mais 45 quilos de papel picado, investindo R$ 2,3 mil no negócio.
Obrigado, colorados e coloradas, pela mobilização dessa última semana. Nas redes, nas ruas e no Beira-Rio, vocês mostraram a força do nosso povo e estiveram ao lado do Inter até o último instante. O apoio de cada um e cada uma será sempre fundamental para o nosso Clube. Haja o… pic.twitter.com/vGewsFikY3
— Sport Club Internacional (@SCInternacional) August 21, 2025
Erro de execução
Na matéria, o GZH informa que houve uma série de “erros consecutivos” que resultaram em problema para o Colorado. Entre eles, a escolha do material comprado, atraso da equipe de alpinistas contratados para “dispersar” o papel laminado e, até mesmo, a direção escolhida para soltar o material no Beira-Rio.
Diante da desconforto que atrasou o início do jogo, funcionários do Beira-Rio foram pressionados pela Conmebol e tentaram, com dificuldade, retirar os papéis utilizando redes.
Inter divulga nota
“Sobre o episódio dos papéis picados, o Inter informa que projetou a ambientação de jogo para recepcionar o time e a torcida no duelo contra o Flamengo, pelas oitavas de final da Libertadores, com ações como CO² nas laterais e atrás das goleiras, balões tubulares em áreas do estádio e bandeirões das torcidas organizadas, além do papel picado, todos devidamente previstos e liberados pelo regulamento da Conmebol.
Entretanto, a ação deveria ter ocorrido em outro setor do estádio, em menor volume e sem o material prateado. Apuramos internamente que foram tomadas decisões não autorizadas pelo Clube na execução da ação. Os responsáveis foram identificados e as medidas cabíveis já foram aplicadas.”