Abel Ferreira garante permanência no Palmeiras e reforça confiança antes da final da Libertadores

Treinador português diz que vai seguir no clube por convicção e destaca confiança mútua com Leila Pereira antes da decisão continental

8min de Leituratimer 1

O técnico Abel Ferreira confirmou nesta quinta-feira (27) que vaipermanecer no Palmeiras, apesar de ainda não ter oficializado a renovação contratual válida até o fim de 2027. A declaração foi dada em entrevista ao ge antes da final da Conmebol Libertadores, marcada para este sábado (29), contra o Flamengo, em Lima.

Quero dizer a vocês que minha palavra vale mais que uma assinatura, não precisei assinar em janeiro ou dezembro para dizer que continuo, disse o treinador, destacando que recebeu propostas mais altas, mas optou por seguir no clube e priorizar a família.

Abel Ferreira confirma permanência no Palmeiras e reforça confiança em Leila Pereira

  • Em entrevista ao ge, Abel Ferreira confirmou que ai permanecer no Palmeiras, mesmo sem a renovação assinada;
  • O treinador destacou a relação de confiança com Leila Pereira e afirmou que sua palavra vale mais que um contrato;
  • Família adaptada ao Brasil e desejo de continuidade pesaram na decisão do técnico;
  • Elenco para 2026 foi moldado ao estilo do treinador, considerado por ele o ideal.

Relação com Leila Pereira e confiança mútua

Abel Ferreira reforçou que sua permanência também está alinhada ao desejo da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que já havia demonstrado publicamente a intenção de mantê-lo independentemente do resultado da final da Libertadores.

Em tom de cumplicidade, o português explicou que a relação construída ao longo de cinco anos elimina qualquer necessidade de documentação imediata:

“A presidente queria que eu ficasse, não tenho problema de dizer que vou continuar no Palmeiras, ponto. Não preciso de papel assinado. Ela sabe quem eu sou, eu sei quem ela é", afirmou.

Família adaptada ao Brasil e elenco com "DNA Abel"

Durante a entrevista, o treinador do Palmeiras detalhou que tanto ele quanto sua família desejam continuar no Brasil. Ele destacou ainda que o processo de reformulação do elenco resultou no grupo que considera ideal para aplicar seu estilo:

“Se prestarem atenção, quando cheguei construímos algo juntos, tivemos que reformular, continuamos a ganhar. E quando tivemos todos disponíveis, com lesionados e tudo, é o plantel que sempre quis ter. Tem meu DNA, minha marca, vou querer continuar aqui, sim. Com nossa presidente, nossos jogadores e nosso diretor, completou.

Caminho até a final: desgaste e decisões estratégicas

Planejamento e desgaste da temporada

Abel comentou sobre a maratona de jogos de 2025 e como isso moldou a caminhada até a final da Libertadores. O treinador citou a exigência física e mental desde o Campeonato Paulista, passando pelo Mundial de Clubes e pela campanha continental:

“Este ano foi exigente na demanda física e mental, tivemos na final do Paulista, saímos para o Mundial, com jogos com intensidade mental. Fazer a campanha brilhante que fizemos na Libertadores e por mérito próprio, 30 gols, 10 vitórias, um jogo intenso e sofrido com a LDU, que estava a fazer uma campanha muito boa e por mérito, esforço e trabalho chegamos na final."

Ele também lembrou a oscilação no Brasileirão devido às vendas, lesões e grande troca de peças do elenco.

Foco total na Libertadores

A opção de concentrar todas as forças no torneio continental foi tomada pela comissão técnica e pela diretoria, segundo ele:

“Nos últimos cinco anos fomos campeões duas vezes, duas vezes vice no Brasileiro e tivemos que decidir. Há uma ambição e desejo interno de ganhar esta competição e tomamos uma decisão de apostar as fichas todas nesta competição."

Preparação emocional para a grande final

Como manter o elenco focado

Abel destacou o aspecto mental como determinante para uma final e explicou que busca criar um ambiente leve nos dias que antecedem o duelo.

“Fazer os dias leves, os jogadores possam rir, possam agradecer a oportunidade de estar em uma final como essa, é a melhor pressão que pode existir, disputar títulos."

O treinador também revelou o impacto pessoal de uma rotina com mais de 70 jogos na temporada e viagens constantes:

“Com 72 jornadas durmo muitas vezes mais sozinho, ainda bem que minha esposa gosta muito de mim, porque não é fácil, com jogos de três em três dias. O Brasil te desafia a melhorar em todos os destalhes."

Gratidão, nervosismo e Ayrton Senna

Ao ser questionado sobre como desfrutar da final, Abel relacionou emoção, carreira e a inspiração em Ayrton Senna, seu ídolo declarado.

Lado emocional vai estar presente, vamos estar todos nervosos, as borboletas vão bater, é normal. Mas não posso deixar de ser grato, se há 10 anos ou 20, um humilde rapaz de Penafiel que subiu e nunca pensou chegar onde chegou. Dar o melhor todos os dias, ser esforçado, a parte competitiva."

Ele reconheceu que muitas vezes é julgado por sua postura competitiva, mas reforçou que o lado emocional faz parte de uma decisão desse porte.

"Uma coisa é viver em sociedade e outra quando temos que competir por um jogo. Fico triste por me julgarem, o Abel e o Abel Ferreira. Tem um exemplo tremendo, foi ídolo para o Brasil, o Senna. Havia o Senna e o Ayrton, pessoas completamente diferentes. Não venham dizer que ele era um anjinho. Fico chateado quando me dizem que tenho um mau perder. O Ayrton Senna não tinha? Vou me esforçar como ele dizia, e nunca desista dos vossos sonhos."

Tatiana_Oliveira_Sambafoot
Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Jornalismo Digital. Atua no jornalismo esportivo desde 2022. Iniciou a carreira cobrindo...
entretenimento como redatora e editora no portal Lorena R7, além de ter contribuído como assistente de comunicação e editora voluntária no projeto Lab Dicas Jornalismo. Hoje, vive o universo do esporte com a mesma paixão de quem nunca perde um bom jogo — ou uma boa pauta.
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