Justiça condena Internacional a pagar dívida por venda de Bruno Fuchs, em 2020

Cúpula colorada reconhece débito junto à empresa Showball Assessoria Esportiva LTDA e estima quitar pagamento ao longo de 2026

5min de Leituratimer 1

O Internacional foi condenado a pagar cerca de R$ 30 milhões em decorrência de um processo envolvendo a negociação do zagueiro Bruno Fuchs.

A favorecida é a Showball Assessoria Esportiva LTDA, pertencente ao empresário Jair Peixoto. Em agosto de 2020, a empresa recorreu à Justiça após o jogador ser vendido ao CSKA (Rússia), por 8 milhões de euros.

Justiça condena Inter por venda de Bruno Fuchs

  • O processo envolvendo a Showball Assessoria Esportiva começou em 2020;
  • Na época, o Colorado vendeu o zagueiro ao CSKA de Moscou, por 8 milhões de euros;
  • Bruno Fuchs, de 26 anos, se formou nas categorias de base do Inter e defende atualmente o Palmeiras.

Bloqueio de valores

Após a condenação da Justiça, a Showball Assessoria Esportiva LTDA solicitou o bloqueio de valores relacionados às possíveis vendas de Vitão, Gustavo Prado e Ricardo Mathias (já negociado com o Al-Ahli, da Arábia Saudita).

No entanto, o requerimento está sendo analisado. Se o pedido for aceito pelo judiciário, qualquer valor obtido com negociações de jogadores ficará retido judicialmente, até a quitação integral da dívida com a empresa.

Origem da dívida

Em 2020, enquanto o Inter tinha Marcelo Medeiros como presidente e Alessandro Barcelos como vice de futebol, o clube não concordou em repassar o percentual referente à venda de Bruno Fuchs.

Na época, a cúpula colorada propôs destinar 10% do valor, mas o empresário Jair Peixoto recusou e recorreu à Justiça para cobrar o pagamento, estipulado em R$ 12 milhões.

Após tramitar por cinco anos, o processo teve sentença favorável ao autor, chegando ao valor de R$ 30 milhões, correspondendo à quantia original, mais correção monetária e custas processuais. 

Inter pretende pagar a dívida

Com a decisão da Justiça, o Departamento Jurídico do clube admitiu que reconhece o processo movido pela Showball Assessoria Esportiva LTDA.

No entanto, segundo os advogados colorados, a ação está em fase de execução e ainda há recursos a serem analisados em outras instâncias. Por outro lado, os dirigentes do clube consideram quitar a dívida ao longo de 2026.

Trajetória de Buno Fuchs

Formado nas categorias de base do Inter, no local chamado “Celeiro de Ases”, o zagueiro de 26 anos estreou no time profissional colorado em 2019.

Pelo desempenho, em pouco tempo o jogador conseguiu se firmar como titular e seguiu no clube até agosto de 2020, quando o clube russo se interessou pelo passe.

Negociado com o CSKA, Bruno Fuchs permaneceu no elenco em Moscou até 2022, quando voltou ao Brasil contratado pelo Atlético-MG. Três anos depois, na temporada 2025, o craque foi transferido para o Palmeiras.

Inter leva calote de patrocinadora

Na semana passada, o principal patrocinador do clube atrasou novamente o pagamento das cotas. Inconformada como calote, a diretoria colorada notificou a Alfa, casa de apostas com contrato de patrocínio junto ao Internacional.

Segundo o clube gaúcho, é a terceira vez que a empresa deixa de honrar seus compromissos financeiros. Na notificação enviada à Alfa, o Inter solicitou esclarecimentos e segue aguardando o pagamento.

Pelo contrato entre as partes, firmado em fevereiro, a casa de apostas deve pagar aproximadamente R$ 4 milhões de cota entre os dias 10 e 12 de cada mês.

Porém, a Alfa está se restruturando na questão societária e comunicou ao clube, de maneira informal, que poderia atrasar os pagamentos nos últimos meses do ano.

Ana Bittencourt
Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...
graduação em 2008 na Universidade Franciscana, em Santa Maria (RS). Tem passagens pelo Grupo RBS e pelo Sistema Medianeira de Rádios. Cresceu em uma família de pai e irmão fanáticos por futebol e com eles coleciona grandes memórias. A principal delas, com a Seleção Brasileira, durante a final da Copa do Mundo de 1994 - a primeira em que viu o Brasil ser campeão do mundo. Até hoje não esquece a reação de Roberto Baggio ao errar o gol e imagina como seria a cobrança de Bebeto caso o italiano não tivesse chutado para fora.
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