Clima de despedida no Flu

Em entrevista coletiva concedida nessa segunda-feira em um hotel da Zona Sul do Rio de Janeiro, o meia argentino Darío Conca, ídolo da torcida do Fluminense, campeão e melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2010, confirmou a já esperada saída rumo ao desconhecido Guangzhou Evergrande, da China. O atleta, visivelmente emocionado, reafirmou o seu amor […]
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sambafoot_admin
2011-07-07 12:29:00

Em entrevista coletiva concedida nessa segunda-feira em um hotel da Zona Sul do Rio de Janeiro, o meia argentino Darío Conca, ídolo da torcida do Fluminense, campeão e melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2010, confirmou a já esperada saída rumo ao desconhecido Guangzhou Evergrande, da China. O atleta, visivelmente emocionado, reafirmou o seu amor pelo Tricolor, e fez questão de reiterar diversas vezes o seu desejo de retornar ao clube após o fim dos seus dois anos e meio de contrato na Ásia.

 

Sentado ao lado do presidente Peter Siemsen, Conca, conhecido por evitar os repórteres sempre que possível, dessa vez fez questão de conceder entrevistas. Entre diversas perguntas, o jogador esclareceu o porquê de não ter comentado nada sobre a transação anteriormente. Segundo ele, seria precipitado fazer qualquer anúncio antes de o negócio estar 100% concretizado, visto que diversos imprevistos poderiam ocorrer.

 

E o futuro mostrou que a sua prudência era justificada. Depois de tudo o que ocorreu, a negociação quase não foi consumada devido a uma imbróglio na Justiça envolvendo uma antiga dívida trabalhista do Fluminense com o ex-técnico Paulo César Gusmão, que hoje está no Atlético-GO. Mas, segundo os advogados tricolores, a pendência, que seria de R$400 mil, já foi quitada nessa terça-feira e Conca poderá ir à China sem problemas.

 

As cifras

 

A pergunta, sem dúvida alguma, que está na cabeça de todos os torcedores do Fluminense se refere aos motivos pelos quais um atleta abandona um clube no qual é ídolo e foi campeão nacional recentemente rumo a um país desconhecido, de idioma estranho, de tradição no mínimo questionável no cenário futebolístico internacional.

 

Embora os valores oficiais não tenham sido divulgados por nenhuma das partes envolvidas, estima-se que a ida de Conca à China irá render em torno de R$7,5 milhões tanto para o Fluminense quanto para a sua patrocinadora, que detêm, cada um, 40% dos direitos federativos do jogador. Ainda há uma empresa de marketing esportivo envolvida, que tem direito a 20% da divisão e ganharia cerca de R$3,75 milhões.

 

Quanto ao salário de Conca, que no Fluminense era de R$700 mil, R$500 mil dos quais eram pagos pela patrocinadora e R$200 mil pelo clube, o aumento será sem dúvida alguma substancial. Segundo relatos, ele receberia quase R$2 milhões mensais, valores que o elevariam à condição de terceiro jogador mais bem pago do mundo, além de render um equivalente a R$60 milhões ao longo dos dois anos e meio de contrato.

 

Seja como for, a realidade é que Darío Conca não está mais no Fluminense. O clube, ainda órfão dessa separação recente, busca um substituto, mas as opções são escassas. O meia Alejandro Martinuccio, também argentino e recentemente vice-campeão da Copa Libertadores pelo Peñarol, foi especulado, mas já teria assinado um pré-contrato com o Palmeiras e estaria de malas prontas rumo ao Parque Antárctica. No mais, resta à torcida esperar que esse “até breve” seja, de fato, breve.

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