O Brasil virou um palco para onde todo o mundo está constantemente olhando, e não podia ser para menos. O país será o anfitrião de dois grandes eventos de esporte, a Copa do Mundo em alguns meses, e os Jogos Olímpicos de 2016.
Apesar de os brasileiros viverem intensamente o futebol, há um sentimento de descontentamento com todos os gastos que envolvem a Copa, que terá o Brasil como anfitrião pela segunda vez. O ambiente negativo estendeu-se inclusivamente aos jogadores de futebol profissionais, que organizaram em setembro um sindicato que tem o objetivo de promover melhores condições para os reis da bola nacionais. Nas ruas, os fãs do futebol e os cidadãos em geral estão bastante revoltados com os preços para assistir nas partidas, tornando o sonho de assistir a um jogo, ou até à final do Mundial de Futebol, praticamente impossível para muitos.
Muitos dos brasileiros têm por isso alguns sentimentos duplos, porque por um lado torcem pelo seu time, mas não concordam com muitas das decisões. A maioria dos jovens tem optado por soluções bem mais modernas, como o ingresso em casas de apostas. Dessa forma, ficam sempre a par das últimas novidades, dos resultados em vários esportes, incluindo o futebol, e até podem ver em direto as principais partidas.
Apesar de todas as controvérsias, o futebol é um trunfo para as relações externas do Brasil, que sabe jogar na diplomacia internacional usando o seu melhor trunfo, o futebol e os jogadores de futebol. Na verdade, os melhores jogadores de muitos times internacionais são de origem brasileira, e também não é por acaso que muitas das seleções internacionais são convidadas para treinamentos em “terras do samba”. Não podemos esquecer os elementos positivos de muitas das iniciativas de esporte, que promovem a assimilação e oportunidades de ascensão social. São muitos os casos de meninos de favela que se tornaram grandes nomes do futebol, como por exemplo Ronaldo, Romário, ou Adriano.
Um dos projetos mais interessantes do momento que envolve o futebol é o “Favela Street Girls”, em que ex-traficantes de droga se tornam em treinadores de futebol de meninas. Esse programa visa assegurar que as crianças freqüentam a escola e os encontros de futebol, como método para desenvolver as capacidades físicas e intelectuais dos mais jovens.
