Na convocação da Seleção Brasileira que enfrentará o Equador, dia 17 de novembro, em Quito, o técnico Carlos Alberto Parreira deixou claro o objetivo da equipe no jogo que considera dos mais difíceis das Eliminatórias. Parreira quer encerrar o ano com a Seleção prosseguindo na liderança da competição, que atualmente ocupa com 20 pontos ganhos.
– O saldo de 2004 para a Seleção Brasileira é muito positivo. A única competição que disputou, a Copa América, foi campeã. Queremos agora terminar o ano como começamos as Eliminatórias, na liderança. Por isso, a vitória sobre o Equador será importante – disse o treinador na entrevista coletiva desta quarta-feira na sede da CBF.
A altitude da cidade de Quito (2.850 metros) é o motivo maior da dificuldade que Carlos Alberto Parreira vê no jogo do dia 17 de novembro. O treinador da Seleção Brasileira argumenta que todas as Seleções têm de superar esse problema extra quando enfrentam o Equador jogando em sua casa.
– Não tenho dúvida de que a altitude influencia o rendimento das Seleções quando jogam em Quito. E os números provam isso. Dos 13 pontos que o Equador tem nas Eliminatórias, todos foram obtidos em Quito – disse.
Para minorar os efeitos da altitude nos jogadores da Seleção Brasileira, Parreira disse que a comissão técnica está traçando um planejamento que prevê a chegada da equipe no dia do jogo na capital do Equador. Dentro de campo, no aspecto tático, o técnico está convencido que a seleção adversária terá um comportamento inteiramente diferente daquele defensivo adotado pela Colômbia na partida em Maceió, no dia 13 de outubro, que terminou empatada em 0 a 0.
– Jogando em casa, tenho certeza que o Equador vai sair mais para o jogo. Porque também precisa da vitória para lutar pela classificação – disse o treinador.
Na lista de convocação divulgada, Parreira garante que não houve lugar para novidades. Mesmo os jogadores que não vinham sendo relacionados já marcaram presença na Seleção Brasileira.
– O Gilberto não foi chamado da última vez porque estava machucado. O Dudu Cearense faz parte da Seleção desde as categorias amadoras e é um jogador de futuro promissor. E o Kleberson voltou a jogar pelo Manchester, além de ser um jogador com a experiência de Copa do Mundo, fator que não pode ser desprezado – disse.
À espera de que a Seleção Brasileira consiga a classificação para a Copa do Mundo de 2006 da maneira mais antecipada possível, Parreira lembrou que, apesar dessa possibilidade, não considera pronto o grupo que irá ao Mundial da Alemanha. O treinador argumentou que a qualidade do futebol brasileiro, pródigo em revelar jogadores, não permite que se fale em “grupo fechado”.
– O grupo para a Alemanha vai sair na última convocação para a Copa. Até lá todos os jogadores terão chance de brigar por um lugar na Seleção.
A relação para a partida contra o Equador, a última do Brasil neste ano pelas Eliminatórias, é a seguinte:
Goleiros:
Dida (Milan)
Júlio César (Flamengo)
Zagueiros:
Juan (Bayer Leverkusen)
Roque Júnior (Bayer Leverkusen)
Lúcio (Bayern de Munique)
Luisão (Benfica)
Laterais:
Cafu (Milan)
Maicon (Monaco)
Roberto Carlos (Real Madrid)
Gilberto (Hertha Berlin)
Meio-campo:
Renato (Sevilla)
Júlio Baptista (Sevilla)
Juninho Pernambucano (Lyon)
Dudu Cearense (Rennais)
Kleberson (Manchester United)
Zé Roberto (Bayern de Munique)
Edu (Arsenal)
Kaká (Milan)
Atacantes:
Ronaldinho Gaúcho (Barcelona)
Ronaldo (Real Madrid)
Luís Fabiano (Porto)
Adriano (Internazionale)
