Especial das Copas: Hermanos sediam e levam a 11ª edição do Mundial

“Campeão moral”, Brasil fez boa campanha e conquistou o 3º lugar da competição
2022-09-08 08:00:58

Como aquecimento para a Copa de 2022 no Qatar, o Sambafoot publica uma retrospectiva com todas as edições da Copa do Mundo. Nesta semana, falaremos sobre a 11ª edição, realizada em 1978.

A Copa do Mundo FIFA de 1978 foi disputada na América do Sul, mais precisamente na Argentina. Os hermanos não perderam a oportunidade de jogar dentro de casa e conquistaram, pela primeira vez, o grande título da competição de futebol mais importante do planeta.

O torneio ocorreu entre 1º de junho até o dia 25 do mesmo mês. Dezesseis seleções brigaram pelo lugar mais alto do pódio em partidas disputadas em seis estádios de cinco diferentes cidades: Buenos Aires, Córdoba, Mar del Plata, Rosário e Mendoza.

As seleções da Copa do Mundo de 1978

As seleções foram divididas em quatro grupos de quatro integrantes. No grupo A, a Itália e a Argentina deixaram a França e a Hungria para trás. No grupo B, os classificados foram a Polônia e a Alemanha, e os eliminados foram a Tunísia e o México.

O grupo C, o do Brasil, teve os austríacos e os canarinhos como os dois melhores colocados. A Espanha e a Suécia foram eliminadas. Já no último grupo, o D, os classificados foram o Peru e a Holanda; os eliminados, a Escócia e o Irã.

Os oitos classificados foram divididos em dois grupos de quatro integrantes na fase seguinte da competição. Os líderes de cada grupo seriam os responsáveis pelo duelo da grande final, e os segundo colocados disputariam o 3º lugar do pódio.

A grande decisão

A Holanda, vice-campeã na Copa anterior (Alemanha 1974), foi a líder do grupo A e foi, novamente, finalista. A Argentina, que aproveitou muito bem o “fator casa”, venceu o grupo B e enfrentou os holandeses na grande decisão.

A final foi decidida no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, em frente a mais de 71 mil espectadores. Após um empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, a Argentina conseguiu marcar dois gols e não sofreu nenhum, na prorrogação. O título foi garantido, então, com o placar de 3 a 1.

Mario Kempes, que foi responsável por dois dos três gols argentinos, foi considerado o grande herói da conquista. Já a Holanda não contou com o talento do craque Johan Cruyff (melhor jogador da Copa anterior), que não quis disputar a competição, e foi vice pela segunda edição consecutiva.

A campanha do Brasil

O Brasil foi eliminado da segunda fase devido ao saldo de gols da Argentina ter sido superior (+8 contra +5 do Brasil). E, assim como na Copa de 1974, o Brasil seguiu na disputa pela medalha de bronze (3º lugar). Na outra edição, a amarelinha foi derrotada pela Polônia, mas, desta vez, a história foi diferente.

Confira, na lista a seguir, como foi a nossa campanha:

  • Brasil 1×1 Suécia (fase de grupos);
  • Brasil 0x0 Espanha (fase de grupos);
  • Brasil 1×0 Áustria (fase de grupos);
  • Brasil 3×0 Peru (segunda fase);
  • Brasil 0x0 Argentina (segunda fase);
  • Brasil 3×1 Polônia (segunda fase);
  • Brasil 2×1 Itália (disputa pelo 3º lugar).

O Brasil, portanto, ficou na 3ª colocação ao vencer a Itália. Porém, uma incógnita toma conta desta premiação até hoje, já que a seleção nunca ganhou as medalhas de bronze pela colocação. A Argentina vivia um período de ditadura militar e a equipe brasileira não participou da cerimônia de premiação por questões de segurança. E o “paradeiro” das medalhas de bronze daquela edição permanece desconhecido.

Prêmios e curiosidades

Mario Kempes, atacante da Argentina, foi eleito o melhor jogador e o artilheiro da Copa do Mundo de 1978 (seis gols). Os donos da casa também ganharam o prêmio “fair play”. O zagueiro italiano Antonio Cabrini foi honrado como o melhor jogador jovem da competição.

Os melhores da Copa

O “time dos sonhos” da Copa de 1978 foi formado por Fillol, Passarella e Tarantini (Argentina), Vogts (Alemanha), Krol e Rensenbrink (Holanda), Dirceu (Brasil), Cubillas (Peru), Kempes (Argentina), Bettega e Rossi (Itália).

Curiosidades

  • O jogador holandês Rob Rensenbrink marcou o milésimo gol da história das Copas nesta edição do Mundial (Holanda 2×3 Escócia pela fase de grupos);
  • O Brasil se autoproclamou “campeão moral” da edição de 1978 por ter sido a única equipe invicta da competição e pela inesperada e polêmica goleada sofrida pelo Peru em jogo contra a Argentina, que tirou a seleção da disputa pelo título;
  • O técnico dos donos da casa, César Luis Menotti, não quis levar o craque Diego Maradona para a Copa por ele ter “pouca experiência”; o treinador deu a sorte de ganhar o título mesmo sem o maior ídolo do futebol argentino.