Especial das Copas: Brasil é atropelado pela França e adia o penta na 16ª edição do Mundial

Depois de 60 anos, a Copa era disputada novamente na França, mas dessa vez os donos da casa foram campeões e deixaram o país em festa
2022-10-28 11:52:17

Dando sequência ao aquecimento para a Copa de 2022 no Qatar, o Sambafoot publica mais uma retrospectiva das edições do principal torneio de futebol do mundo. Dessa vez, traremos a 16ª edição, realizada em 1998, na França.

Depois de 60 anos, a Copa do Mundo da Fifa voltava a ser disputada em terras francesas. Se, naquela oportunidade, quem faturou o caneco foi a Itália, dessa vez o país, torcedores e seleção da casa queriam fazer diferente.

Além disso, o torneio foi disputado por 32 equipes pela primeira vez, que foram distribuídas em 8 grupos com 4 integrantes. Os jogos foram disputados entre os dias 10 de junho e 12 de julho.

Em busca do penta

Em 1994, os brasileiros não estavam confiantes de que a seleção seria tetra. Porém, depois de quebrar um jejum de 24 anos sem conquistas, a confiança do pentacampeonato em 1998 era vista nas ruas, entre as pessoas e na cobertura esportiva.

Por ser o atual campeão, o Brasil sequer precisou disputar as Eliminatórias. Anfitriã, a França também teve vaga assegurada na competição e os dois foram cabeças de chave.

Preparação conturbada

Apesar de confiantes, um assunto pairava sobre a seleção às vésperas da estreia: o corte de Romário. Protagonista em 1994, o “Baixinho” foi cortado quando já estava na concentração na França.

Apesar de o atleta ter se revoltado com a decisão, os médicos e fisioterapeutas asseguraram que ele não reuniria condições clínicas de disputar a competição.

Por outro lado, o jovem Ronaldinho, aos 21 anos, era um sucesso mundial e foi eleito o melhor do mundo nos dois anos anteriores. Além do Fenômeno, o elenco tinha outros craques, como Rivaldo, Roberto Carlos e Cafu.

Começo sem sustos

Ao contrário do que tem acontecido desde 2006, na Copa da Alemanha, naquela época o atual campeão era quem fazia a partida de abertura do torneio. O Brasil estreou com vitória sobre a Escócia, por 2 a 1. Em seguida, fez 3 a 0 no Marrocos. Por fim, já classificada, se deu ao luxo de perder para Noruega, por 2 a 1.

Nas oitavas, uma atuação empolgante contra o Chile. Vitória por 4 a 1, com Ronaldo marcando duas vezes. Nas quartas, um jogo mais difícil contra a Dinamarca, que saiu na frente. Mas a seleção virou e venceu por 3 a 2.

Haja coração

Contra a Holanda, o Brasil fez um dos melhores jogos da história das Copas. Depois de terem eliminado a Argentina, os holandeses vinham confiantes e tinham um elenco repleto de estrelas mundiais: Kluivert, Bergkamp, Davids, Seedorf, além do paredão Van der Sar.

Após a partida terminar empatada por 1 a 1, o Brasil conseguiu a classificação nos pênaltis, com Taffarel mais uma vez sendo decisivo.

Um dia para esquecer

Já na final, o Brasil vinha confiante para vencer a França. Embora Zidane se destacasse no torneio, a seleção canarinho era tida como favorita. Porém, momentos antes da partida, houve o clássico episódio das convulsões de Ronaldo. Dessa forma, ficou a indecisão sobre a sua participação no jogo.

Enquanto o Brasil não sabia o que fazer, a França veio bastante mobilizada, com jogadores e franceses de todo o país em uma mesma sinergia. O resultado dessa combinação foi 2 a 0 para os donos da casa ao fim do primeiro tempo, ambos de Zidane. Na segunda etapa, Petit fechou o caixão já nos acréscimos. 3 a 0.

Campanha geral

  • Brasil 2×1 Escócia (fase de grupos);
  • Brasil 3×0 Marrocos (fase de grupos);
  • Brasil 1×2 Noruega (fase de grupos);
  • Brasil 4×1 Chile (oitavas de final);
  • Brasil 3×2 Dinamarca (quartas de final);
  • Brasil 1×1 Holanda (semifinal); (4×2 nos pênaltis)
  • Brasil 0x3 França (final).

Curiosidades

  • Embora tenha sido derrotado na final, Ronaldo foi eleito o melhor jogador do Mundial. Já o troféu de artilheiro foi para Davor Šuker, que surpreendeu ao levar a Croácia ao terceiro lugar daquele mundial, sendo o primeiro que participou.
  • Gol de ouro: pela primeira vez, uma partida de Copa do Mundo era decidida no formato morte súbita. Quem marcasse primeiro, levaria. O zagueiro Blanc, da França, marcou na prorrogação contra o Paraguai, pelas oitavas de final.
  • Pela terceira vez seguida, a Itália era eliminada em decisões por pênaltis. Dessa vez, contra a França, pelas quartas de final.
  • Lothar Matthäus batia o recorde de participação em Copas. Disputou 25 partidas pela Alemanha em 5 Copas, sendo campeão em 1990.
  • Se em 2010 “Waka Waka”, de Shakira fez muito sucesso, em 1998 outro cantor latino emplacou um sucesso: “La Copa de La Vida”, de Ricky Martin.

> Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!