Pedro Martins, diretor executivo do Cruzeiro, criticou a falta de regulamentação financeira no futebol brasileiro. De acordo com o dirigente, a situação atual no país privilegia os clubes que gastam mais mesmo quando não têm condições.
“Vira uma competição do dono mais rico, do dono que vai gastar mais. A gente quer contribuir para o futebol brasileiro se desenvolver, e os clubes consigam ser respeitados pela gestão que eles têm, pela estratégia que têm. Existe nossa restrição orçamentária, e é importante falar sobre isso, porque no Brasil ainda não tem o fair-play financeiro de fato constituído”, afirmou Martins.
VEJA TAMBÉM:
++ “Precisávamos da vitória”; Ceni lamenta empate em casa com o Atlético-MG
++ Fortaleza usa estrutura do São Paulo para duelo contra o Palmeiras
++ Mercado da Bola: Cruzeiro tem alvos para 2023; veja
Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!
Cruzeiro busca responsabilidade financeira
Martins chegou ao Cruzeiro no início de 2022, quando o clube se tornou uma SAF adquirida pela empresa de Ronaldo Nazário. O diretor citou o próprio Cruzeiro como exemplo de que gastos irresponsáveis podem acarretar em consequências graves para um clube.
“Nós já vimos para onde esse caminho (de gastar sem ter dinheiro) leva. A gente viu o que o Cruzeiro passou, porque gastou mais do que tinha, prometeu o que não deveria”, disse ele.
A dívida global do Cruzeiro é de cerca de R$ 1 bilhão. Por isso, Martins afirma que seguirá o que for estabelecido pelo departamento financeiro para 2023 para ajudar o clube a sair da delicada situação em que se encontra.
Neste ano, o time mineiro diminuiu em cerca de 60% a folha salarial do clube em relação a 2021 e garantiu o acesso à série A do Campeonato Brasileiro em 2023. O time fez a melhor campanha da segunda divisão, com 75 pontos ganhos em 37 partidas até o momento. Na última partida do ano, enfrentará o CSA no Mineirão às 18h30 do próximo domingo (6).
