A Polícia Civil de São Paulo está em posse de dois áudios atribuídos a funcionários da equipe de resgate do SAMU que socorreram a jovem Lívia Gabriele da Silva Matos. A jovem morreu no último dia 30 de janeiro após um encontro com o jogador do Corinthians sub-20, Dimas Cândido de Oliveira Filho.
Segundo informações da CNN, uma funcionária afirma que a viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou rapidamente ao local da ocorrência. No entanto, alega que teve dificuldades para acessar o apartamento do jogador. Dimas deve prestar um novo depoimento nesta quarta (7).
Morte de jovem após encontro com jogador do Corinthians é investigada
- A jovem de 19 anos estava no apartamento de Dimas quando passou mal. Lá, ela teria tido a primeira parada cardíaca.
- Lívia foi levada ao pronto-socorro do Hospital Municipal do Tatuapé pela Samu.
- Dimas, de 18 anos, diz que foi ele quem acionou o Samu e falou sobre o estado de saúde da jovem.
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Funcionários relatam dificuldade para iniciar socorro à jovem
Em um dos áudios, a funcionária teria dito os horários desde o momento em que a ocorrência foi feita. De acordo com uma consulta feita às bases do SAMU em São Paulo, a distância até o condomínio em que Dimas mora é de menos de dois quilômetros.
“Mas, tipo assim, passa a ocorrência às 7:18, a gente saiu às 7:19 e chegamos no prédio às 7:20, entendeu? Só que aí, até a gente conseguir entrar com a viatura, abrir o portão, entrar… E paramos num local que tinha que entrar do estacionamento para ter acesso ao Bloco 3, né?”, diz o áudio.
Uma simulação feita constatou, ainda, que o trajeto feito pela viatura desde a saída da base até a casa do atleta e, em seguida, ao Hospital Municipal do Tatuapé poderia ser feito em nove minutos, desconsiderando o tempo de atendimento no local.
A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de uma jovem de 19 anos no Tatuapé. Ela estava em um encontro com Dimas, jogador da equipe sub-20 do Corinthians. A garota morreu após ter uma hemorragia na região genital e ter quatro paradas cardiorrespiratórias. #CNNNovoDia pic.twitter.com/krzkYQZx3a
— CNN Brasil (@CNNBrasil) January 31, 2024
Quais foram as dificuldades relatadas pelos funcionários?
De acordo com o boletim de ocorrência, a viatura que prestou o socorro à Lívia deu entrada no hospital às 19h40 — 20 minutos após o primeiro chamado. No condomínio, além das dificuldades enfrentadas para localizar o prédio onde mora o jogador, a equipe do SAMU teria enfrentado dificuldades para chegar, já que o elevador estaria quebrado.
“E a gente ficou lá embaixo, esperando o elevador chegar. Então, a gente acha que os prédios, os porteiros, deveriam ser melhor orientados. Então, saber que a gente está chegando, acompanhar a gente até a torre, para a gente ter um acesso mais fácil à torre, esperar com o elevador aberto lá embaixo, essas coisas, sabe?”, relatou um dos funcionários.
O SAMU enviou uma nota ao ser perguntado sobre os áudios e a suposta demora relatada para prestar socorro à Lívia:
“O SAMU reforça a importância de preparar os funcionários dos condomínios para a recepção dos serviços de atendimento em saúde para otimizar os recursos e assegurar assim o atendimento ágil dos pacientes”, diz a nota.
Jogador do Sub-20 do Corinthians deixando a delegacia nessa madrugada após prestar depoimento.
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Secretaria de Segurança Pública divulga nota sobre o caso
O jogador é aguardado nesta quarta-feira (7) para prestar um novo depoimento sobre o ocorrido. Em resposta à reportagem da CNN, a Secretaria de Segurança Pública mandou a seguinte nota:
“As investigações do caso estão em andamento por meio de um inquérito policial instaurado pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Os laudos estão sendo finalizados e, tão logo concluídos, serão analisados pela autoridade policial para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, diz o órgão, em nota.
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