Palmeiras trabalha por reconhecimento facial no Allianz Parque em 2023

Ação faz parte da estratégia do clube contra o cambismo em seu estádio
2022-10-28 12:24:26

O Palmeiras iniciou o projeto para adotar o sistema de reconhecimento facial para os torcedores que acessarem o Allianz Parque a partir de 2023. Segundo o portal “GE.com”, o alviverde tem uma negociação avançada para garantir o recurso que visa combater o cambismo em seu estádio. O clube deve fazer os primeiros testes do sistema na sede social antes de confirmar as mudanças no Allianz.

A diretoria alviverde entende que a mudança na forma de entrar na arena palmeirense é uma solução definitiva contra o cambismo nos arredores do Allianz Parque. Atualmente os torcedores têm acesso ao estádio com um código de barras (e-ticket) gerado aos compradores online restando apenas três horas para o início dos jogos.

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Parceria com a Polícia

Nas últimas semanas, o Palmeiras anunciou uma parceria com a Polícia Civil de São Paulo para combater os criminosos e conseguiu identificar cerca de 200 pessoas que utilizavam o Avanti – programa de sócio-torcedor alviverde – para vender ingressos irregularmente.

Leila Pereira ao lado de delegados da Polícia

Créditos: Fabio Menotti/Agência Palmeiras

A investigação da polícia ainda chegou a um nome muito conhecido dentro do Palmeiras. Mustafá Contursi – ex-presidente do clube – foi intimado a depor após cambistas serem presos com ingressos para o jogo contra o Athletico Paranaense – última semifinal da Copa Libertadores – em mãos. Uma das entradas era destinada para uma cadeira cativa do cartola, no setor Central Oeste – área mais cara (fora os camarotes) da arena alviverde.

A Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) é a responsável pelo inquérito e a princípio vai ouvir Mustafá apenas como “parte” do processo e não como investigado.

Não é o primeiro caso de cambismo ligado a Contursi. Em 2017, o conselheiro foi acusado de repassar ingressos destinados à Crefisa – patrocinadora do Palmeiras – e vender as entradas. Naquele momento, Leila Pereira dava cerca de 70 bilhetes para o cartola com intuito de o mesmo repassar a terceiros, mas eram revendidos de forma irregular.

A denúncia foi aceita dentro do clube e Mustafá foi condenado em 2020, mas foi absolvido em outra ação após a primeira sentença.