Operação Penalidade Máxima: em áudios e vídeos, líder do grupo admite manipulação e lucro de até R$ 700 mil

O Programa Fantástico teve acesso à áudios e vídeos da investigação do MP-GO que revelou esquema de manipulação de jogos do futebol brasileiro
2023-05-15 10:32:04

O programa Fantástico, da Rede Globo, teve acesso exclusivo aos vídeos da Operação Penalidade Máxima, que investiga desde novembro de 2022 um esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O esquema investigado tinha dois núcleos principais: os apostadores, que aliciavam atletas para forjar lances durante os jogos e ainda faziam as apostas nos sites, e os financiadores, que forneciam o dinheiro para o pagamento dos jogadores aliciados.

 

O que você precisa saber:

> Esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro é investigado pela Operação Penalidade Máxima desde novembro de 2022;

> Grupo investigado era liderado por Bruno Lopes, que se apresentava como empresário de jogadores;

> Esquema direcionava apostas para jogos do Campeonato Brasileiro das séries A e B de 2022 e também para alguns jogos de estaduais deste ano;

> O lucro dos apostadores em apenas uma rodada chegou a R$700 mil e o valor gasto entre apostas e aliciamento de jogadores chegou a cerca de R$400 mil.

 

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Segundo os promotores do Ministério Público de Goiás, o grupo investigado era liderado por Bruno Lopes, que se apresentava como empresário de jogadores. As apostas eram direcionadas para jogos do Campeonato Brasileiro das séries A e B de 2022 e também para alguns jogos de estaduais deste ano. O lucro dos apostadores em apenas uma rodada chegou a R$700 mil. Ao todo, o valor gasto entre apostas e aliciamento de jogadores chegou a cerca de R$ 400 mil.

 

 

A Operação Penalidade Máxima teve início em fevereiro e teve como base a denúncia do presidente do Vila Nova, de Goiânia, Jorge Hugo Bravo, que descobriu que jogadores do clube estavam sendo aliciados antes de um jogo contra o Sport pela série B do Campeonato Brasileiro. Jorge juntou provas da tentativa de manipulação e procurou os promotores que combatem o crime organizado no estado.

 

 

Os jogadores aliciados eram chamados para forjar lances durante os jogos, como cartões vermelhos ou pênaltis, e recebiam dinheiro em troca. Caso o esquema fosse bem-sucedido, os apostadores lucravam com as apostas feitas nos sites. Um dos jogadores envolvidos, o lateral Moraes, que atuava no Juventude em 2022, admitiu envolvimento no esquema.

 

 

A Operação Penalidade Máxima apreendeu celulares de Bruno, de jogadores e muitos outros envolvidos, e constatou a dimensão do esquema de manipulação de resultados.