Maracanã inicia revitalização do gramado e projeta salto de qualidade para 2026

Após temporada com carga recorde de jogos, estádio aposta em projeto técnico para elevar padrão do campo aos níveis exigidos pela Fifa

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O Maracanã iniciou, oficialmente, um amplo processo de revitalização do gramado com foco total no calendário da temporada 2026. Logo após o encerramento da temporada 2025, que registrou 73 partidas oficiais, além de eventos extras, a administração do estádio promoveu uma raspagem completa da superfície, dando início a um planejamento considerado estratégico para recuperar o vigor do campo e suportar uma nova maratona de jogos.

A intervenção foi realizada imediatamente após o tradicional Jogo das Estrelas, no último sábado (27), e representa a primeira etapa de uma reestruturação técnica do piso do estádio, que é gerido pelo consórcio Fla-Flu S.A., formado por Flamengo e Fluminense.

Maracanã inicia ampla revitalização do gramado e mira padrão Fifa para a temporada 2027

  • 73 jogos disputados em 2025 motivaram a revitalização imediata do gramado do Maracanã;
  • Raspagem completa foi realizada após o Jogo das Estrelas no último sábado (27);
  • Projeto busca elevar avaliação Fifa do estádio de 3–3,5 para 4 em 2026;
  • O objetivo do consórcio Fla-Flu S.A., formado por Flamengo e Fluminense, é alcançar nota máxima (5) em 2027;
  • Investimento estratégico foca em segurança, performance e durabilidade;
  • Gestão prevê R$ 192 milhões de faturamento em 2026, sem shows e sem gramado sintético.

Raspagem e recuperação estrutural do campo

A limpeza profunda do gramado é vista como essencial para restaurar uniformidade, tração e resistência, três fatores determinantes para a performance esportiva e a segurança dos atletas. Segundo a gestão do Maracanã, o procedimento potencializa a resposta da grama aos tratamentos seguintes e reduz significativamente os efeitos do desgaste acumulado ao longo do ano.

Com o volume elevado de partidas em 2025, o campo apresentou sinais naturais de fadiga, o que acelerou a decisão por uma reestruturação completa já no início do período de entressafra.

Projeto mira avaliação máxima da Fifa até 2027

O processo de revitalização do piso do Maracanã está inserido em um projeto mais amplo de qualificação do gramado dentro dos padrões da Fifa. Atualmente, a avaliação técnica do campo varia entre 3 e 3,5 em uma escala que vai de 1 a 5.

A meta da administração do Templo do Flutebol é clara: alcançar nota 4 já em 2026 e atingir o nível máximo (5) em 2027.

"Contratamos uma consultoria da Fifa que avaliou o gramado do Maracanã de 1 a 5. Hoje a nota é de 3 a 3,5. Em 2026 queremos ser 4 e 5 em 2027. Tivemos R$ 120 milhões de faturamento no Maracanã em 2025 e vamos fazer R$ 192 milhões em 2026 sem shows e sem gramado de plástico", afirmou o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, o Bap.

O projeto conta com acompanhamento técnico especializado, além de ajustes contínuos no manejo do solo, drenagem e manutenção da grama.

Segurança, qualidade de jogo e impacto esportivo

Internamente, a revitalização é tratada como prioridade estratégica. Um gramado mais uniforme reduz significativamente o risco de lesões, melhora a velocidade da bola e favorece equipes que apostam em troca de passes, intensidade e movimentação constante, características marcantes dos clubes que utilizam o estádio.

Além do impacto esportivo, a melhoria do campo reforça a posição do Maracanã como uma das principais arenas do continente, alinhada às exigências de competições internacionais.

O Templo do Futebol

Estádio Jornalista Mário Filho, mundialmente conhecido como Maracanã, é um dos maiores símbolos do futebol brasileiro e um dos estádios mais famosos do mundo. Palco de duas finais de Copa do Mundo (1950 e 2014), o Maracanã recebe jogos históricos, eventos culturais e grandes shows internacionais. Atualmente, é a casa de Flamengo Fluminense.

Com capacidade para 78.838 torcedores, o Templo do Futebol já registrou públicos lendários, como a final da Copa do Mundo de 1950, com cerca de 200 mil pessoas, quando o Brasil perdeu de 2 a 1 para o Uruguai. No entanto, a capacidade do Maraca foi reduzida ao longo dos anos após inúmeras intervenções no estádio.

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Tatiana_Oliveira_Sambafoot
Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Jornalismo Digital. Atua no jornalismo esportivo desde 2022. Iniciou a carreira cobrindo...
entretenimento como redatora e editora no portal Lorena R7, além de ter contribuído como assistente de comunicação e editora voluntária no projeto Lab Dicas Jornalismo. Hoje, vive o universo do esporte com a mesma paixão de quem nunca perde um bom jogo — ou uma boa pauta.
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