O Fluminense aceitou a proposta do banco BTG Pactual para virar SAF. O clube, agora, terá que abrir uma votação entre os sócios para confirmar se o futebol mudará para empresa.
Desde o fim de ano, o clube já flertava com a possibilidade, mas sem querer vende as porcentagens para investidores estrangeiros. A ideia é ter pequenos acionistas torcedores.
FluSAF
- Diretoria do Fluminense aceita proposta do BTG Pactual para virar SAF;
- A oferta agora será levada à Assembleia Geral. Todos os sócios com mensalidade em dia poderão votar;
- O BTG propõe a criação de um fundo que terá torcedores tricolores ilustres como acionistas.
Sócios vão votar
A proposta foi feita pelo banco e aceita pelo Flu. Todos os sócios poderão votar se querem, ou não, a formação da empresa no futebol da equipe. A ideia é ter um fundo que terá torcedores tricolores ilustres como acionistas, mas ainda com a maioria das porcentagens nas mãos do associativo.
O escolhido para ser CEO da SAF é Mário Bittencourt, o atual presidente e que havia dito que não se envolveria no projeto. Seu mandato vai até fim deste ano e sem reeleição, pois já está em uma.
Em abril, o time informou, por nota oficial, que o Banco BTG Pactual vem conduzindo conversas com potenciais investidores, com o objetivo de receber uma proposta formal de investimento no clube:
“O Fluminense Football Club reafirma que o Banco BTG Pactual vem conduzindo conversas com potenciais investidores, com o objetivo de receber uma proposta formal de investimento no clube. Até o momento, não houve qualquer manifestação oficial de interesse. Portanto, especulações sobre valores, estruturas ou termos de uma eventual transação não podem ser confirmadas ou negadas, nem pelo clube, nem por seu assessor financeiro. Caso uma proposta formal venha a ser apresentada, ela será submetida a uma análise criteriosa, considerando não apenas o aporte financeiro inicial, mas também aspectos como a eventual assunção de dívidas, investimentos anuais no futebol, repasses que garantam a sustentabilidade do Clube Social e dos Esportes Olímpicos, regras de governança da nova entidade, entre outros elementos relevantes.
O Fluminense reitera seu compromisso com a transparência e informa que, tão logo uma proposta formal seja recebida, seus detalhes serão apresentados aos Conselhos Diretor, Deliberativo e Fiscal, bem como divulgados publicamente aos sócios e torcedores. Ao final, conforme determina a governança do clube, caberá à Assembleia Geral deliberar sobre sua aprovação. Adicionalmente, esclarecemos que não houve qualquer proposição oficial ao presidente Mário Bittencourt sobre propostas relacionadas à SAF. As especulações que circulam são compreensíveis, dada a relevância do tema e o fato de que, em qualquer processo de aquisição, é natural que haja discussões sobre a permanência ou não da atual gestão.
Em linha com o compromisso de transparência, está agendada para o dia 14 de abril uma reunião com o Conselho Deliberativo, ocasião em que será apresentado um panorama atualizado do processo até aqui. Por fim, o Fluminense destaca que vem desenvolvendo este tema há cerca de dois anos, com o apoio do BTG Pactual, sempre de forma responsável e em busca da melhor solução para o clube”.
Valores conhecidos
Segundo o jornal “O Globo”, a SAF do Fluminense valeria cerca de R$850 milhões. O jornalista Lauro Jardim deu detalhes da negociação. Seriam R$500 milhões em dois anos (R$270 milhões neste ano e R$230 milhões nos próximos dois anos (2026 e 2027).
Para tocar a “empresa”, o CEO seria Mário Bittencourt, o próprio presidente. De acordo com o Lauro Jardim, a ideia é de um contrato de cinco anos para Mário, renováveis por mais cinco, com o salário não revelado. Para ser demitido, o presidente receberia todos os salários do tempo restante do contrato em vigência.