No caminho de se tornar SAF, o Fluminense tentará reduzir sua dívida antes da votação em que pode transformar seu futebol em empresa.
A intenção do clube é ter total controle das finanças e até, reduzir o número da porcentagem que será vendida a LZ Sports, conjunto de empresários interessados no pacote.
SAF do Fluminense
- Fluminense tem proposta em mãos para virar SAF;
- Sócios do clube votarão se aprovam, ou não, a mudança do futebol para empresa;
- A atual gestão é a favor, mas a oposição critica a tentativa.
Para reduzir as dívidas
A LZ Sports é quem tem interesse em comprar 65% das ações com um aporte de R$ 500 milhões. Além disso, os empresários assumiriam o valor total da dívida.
Por isso, a tentativa da associação é diminuir o valor, atualmente em R$ 871 milhões, para não precisar vender tantas ações e perder o controle do futebol. Portanto, quanto menor for a dívida, maior será a participação do associativo na SAF.
O Fluminense terá as premiações do Mundial de Clubes da FIFA, além da Copa do Brasil, ainda disputando as semifinais e também a Copa Sul-Americana, onde irá jogar as quartas de final.
Proposta para compra da SAF feita e valores revelados
Na última segunda-feira (8), os detalhes da proposta foram conhecidos. Os empresários oferecem R$500 milhões para comprar 65% das ações, deixando 35% com a associação. Além do valor, que será dividido nos dois primeiros anos, os empresários assumiriam a dívida de R$ 871 milhões do Tricolor Carioca.
Em apresentação feita pelo empresário Carlos de Barros, da Lazuli Partners e LZ Sports, que representa os empresários interessados na compra, o projeto é de R$6,4 BI em 10 anos, mas não em investimentos de dinheiro de fora.
O empresário explicou que o número foi calculado já pensando em vendas de jogadores, premiações e novas receitas que entrarão após as dívidas diminuírem e por isso, sobrar mais dinheiro para girar o futebol, com folha de salários altas e grandes contratações.
Outros detalhes do projeto
Portanto, o projeto apresenta uma formação de “cotas", com valores indicados, para que os empresários virem acionistas da empresa de futebol. O formato tem 40 torcedores do time, milionários, para criarem o “sócio" majoritário da SAF. O Fluminense associativo ficaria com a minoritária.
Decerto, este projeto irá para a votação dos conselheiros e sócios do clube. Se aprovem a venda, o atual presidente, Mário Bittencourt, deverá ter um cargo importante na gestão do futebol sob o comando da SAF. O presidente postulava ser o CEO da empresa, mas talvez fique com outro cargo. Recentemente, a escolha de seu nome causou desconforto com alguns interessados em comprar as ações.
O GE.com apurou alguns nomes de interessados na compra das ações, contando com o próprio BTG, que fez o estudo e montagem do projeto da SAF, além de Thiago De Luca diretor-geral da Frescatto, patrocinadora do Fluminense, o co-fundador do Absoluto Partners, José Zitelmann e integrantes da família Almeida Braga, da Icatu Seguros.