A seleção brasileira principal segue sem um técnico definido, após a saída de Tite, e continua sob comando do interino Ramon Menezes, do sub-20. Essa indefinição pode atrapalhar a campanha em busca do tricampeonato nos Jogos Olímpicos de 2024, que acontecem em Paris.
O que se sabe
- O torneio classificatório está previsto para janeiro de 2024, e o Brasil ainda não tem um responsável para a equipe sub-23.
- O pré-olímpico vai dar duas vagas para sul-americanos na disputa que acontece em Paris.
- A escolha do nome está ligada diretamente à decisão de Ednaldo Rodrigues para a equipe principal — o eleito poderá participar da escolha, ou Ramon Menezes poderá seguir como interino.
- O técnico do elenco principal pode atuar nas duas funções, ou, ainda, indicar outra pessoa de sua confiança para o trabalho, assim como aconteceu com Sylvinho.
- Sylvinho era auxiliar de Tite durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando o Brasil conquistou a segunda medalha de ouro.
- Ramon Menezes, que comanda a seleção atualmente, terá apenas as três datas FIFA restantes de 2023 para montar a equipe para o pré-olímpico.
- A briga pelo tricampeonato nos Jogos Olímpicos é ainda mais relevante por nenhum outro time ter vencido a disputa três vezes seguidas na história.
- Uma terceira medalha de ouro na modalidade faria, ainda, o Brasil ficar em 1º no quadro do futebol, ultrapassando as tricampeãs Grã-Bretanha (1900, 1908 e 1912) e Hungria (1952, 1964 e 1968) por conta das três pratas e duas de bronze da Canarinho.
VEJA TAMBÉM:
++ CBF define posição sobre tirar treinador de clube do Brasileirão
++ CBF descarta Jorge Jesus e pode tirar técnico de gigante brasileiro
++ Casimiro diz quem a CBF deveria acertar para treinar a seleção
Quais são os principais problemas?
A seleção vem enfrentando uma série de problemas. Além de não ter um técnico definido após a saída de Tite, o Brasil conta com um histórico recente de não liberação de jogadores, e restrição para convocação nos amistosos em datas FIFA. Com isso, a possibilidade de observar os nomes e prepará-los para os torneios fica mais complicada.
Até o pré-olímpico, o técnico que a CBF designar deverá ter apenas três convocações e seis amistosos a serem disputados para montar um elenco.
Como foram as campanhas anteriores?
Na campanha do bicampeonato, rumo à Tóquio, Sylvinho foi anunciado em abril de 2019 como técnico da seleção sub-23. O treinador teve a primeira partida em 2 de junho de 2019, e comandou 11 amistosos até o pré-olímpico. Na ocasião, o Brasil se classificou como vice-campeão em sete jogos.
Por conta da pandemia de Covid-19, os Jogos Olímpicos do Japão só foram acontecer em 2021, permitindo que outros cinco duelos fossem realizados e fechando a preparação com 23 partidas.
Preparação para Tóquio 2020:
- 23 jogos
- 16 vitórias
- 3 empates
- 4 derrotas
- 57 gols
- 21 gols sofridos
Em caso de classificação da Canarinho para o ano que vem, o novo comandante terá mais quatro jogos nas datas FIFA de março e junho de 2024, que antecedem os Jogos Olímpicos. As disputas em Paris vão de 26 de julho a 11 de agosto.
Antes do Rio-2016, a trajetória foi diferente. Por ser país-sede, o Brasil não precisou disputar o pré-olímpico, mas enfrentou uma troca de técnico no meio do caminho. Alexandre Gallo assumiu o elenco em 27 de março de 2015, e comandou a Canarinho em dois amistosos.
Depois disso, Rogério Micale, vice-campeão do Mundial sub-20, assumiu a equipe, fazendo convocação para os Pan-Americanos de Toronto já com a cabeça na Olimpíada do ano seguinte, em casa. Na trajetória do ouro inédito, foram apenas 12 duelos até o início das disputas.
Preparação para Rio 2016*:
- 12 jogos
- 8 vitórias
- 2 empates
- 2 derrotas
- 31 gols marcados
- 12 gols sofridos