A ideia inicial da ex-jogadora da Seleção Brasileira Formiga, ao sair do Paris Saint-Germain, em 2021, era se aposentar no seu clube do coração: o São Paulo. Porém, as coisas não funcionaram como o esperado e ela revelou arrependimento ao voltar para o Tricolor.
VEJA TAMBÉM:
++ Internacional lança campanha de apoio ao futebol feminino; saiba mais
++ Sport faz seletiva para atletas de base no futebol feminino; confira detalhes
++ Jogos do São Paulo no Campeonato Brasileiro de futebol feminino
Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!
Em entrevista exclusiva ao UOL, Formiga conta que encontrou a mesma condição que via no clube nos anos 1990, sem perceber a evolução do futebol feminino nesse período.
“Quando voltei ao São Paulo, foi algo absurdo. Um choque de realidade muito grande. Fiquei muito triste com o que vi. A gente juntava a galera para conversar e debochavam quando eu sugeria melhorias. A estrutura que dão até hoje para o futebol feminino não é boa. Não é bacana”, disse Formiga
Decepção
“Vi muitas meninas rompendo o ligamento do joelho por causa do gramado sintético. Não tem como você treinar a semana toda no sintético para chegar no fim de semana e jogar num campo. Tem uma diferença grande, e é o que acontece ali. No campo, você escorrega. É difícil de acostumar. E o clube não oferece sequer uma chuteira de society para elas treinarem. Eu sou cascuda, estou acostumada, então não me prejudicava. Mas eu via as meninas sofrendo. E não imaginava que ainda hoje tudo isso aconteceria. Estamos num momento em que não podemos dar passos para trás. Daqui para frente, tem que ser só melhoria”, completou.
O contrato da volante encerrou em 2022 e, de acordo com ela, o clube tentou a renovação. “Eu disse não”, conta. Ela afirma, ainda, que ao sair, queriam que ela devolvesse os uniformes. “Ouvi que, se eu não devolvesse, descontariam do meu salário. Eu disse: ‘Pois, meu filho, desconte! Não vou devolver’.
Créditos: UOL
