E a Copa América? Diniz entra nos últimos seis meses de contrato e vive indefinição na Seleção

Renovação de Ancelotti com Real muda planos da CBF e abre possibilidade de técnico do Fluminense assumir em definitivo. Com bastidores em fervura, entidade adota silêncio sobre futuro
2023-12-29 19:30:03

Há quase seis meses, na noite de 4 de julho, Fernando Diniz chegou à sede da CBF, no Rio de Janeiro, acompanhado do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, e do diretor de futebol, Paulo Angioni, para uma reunião com o então comandante da entidade, Ednaldo Rodrigues, e ser oficializado como treinador interino da seleção brasileira.

O que você precisa saber?

  • O técnico assinou contrato até junho de 2024, e a CBF mantinha otimismo sobre a contratação de Carlo Ancelotti até os últimos dias.
  • A expectativa era de que o treinador italiano conseguiria uma liberação do Real Madrid ao término da temporada europeia após a decisão da Champions League, em 1º de junho, assumindo a seleção brasileira antes do encerramento do contrato, que era um mês depois.
  • Dessa forma, Ancelotti iniciaria a trajetória como técnico da pentacampeã mundial às vésperas da Copa América, que será disputada entre os dias 20 de junho e 14 de julho nos Estados Unidos.

A possibilidade de Ancelotti comandar o Brasil durante o ciclo para a Copa do Mundo de 2026 desmoronou no antepenúltimo dia de 2023. O treinador de 64 anos renovou com o Real Madrid até junho de 2026 e comemorou o acerto nas redes sociais:

“Hoje é um dia feliz. O Real Madrid e eu continuamos o nosso caminho juntos em busca de novos e maiores sucessos. Obrigado a todos e Hala Madrid!!”, publicou o comandante.

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Indefinição em meio à bastidores em ebulição

Com o insucesso, os holofotes voltam para Fernando Diniz, que ainda convive com a dúvida se será o treinador da Seleção na Data Fifa de junho – quando estão previstos amistosos contra México e Estados Unidos. A CBF não se manifestou publicamente sobre o futuro da seleção brasileira. O Sambafoot procurou a entidade, que reforçou sua decisão.

Fernando Diniz Ednaldo Rodrigues Seleção brasileira CBF

Rodrigo Ferreira/CBF

Apesar da sequência ruim, o técnico do Fluminense passa a ser cotado para assumir o cargo em definitivo, mas, diante do atual cenário político, o martelo não será batido com rapidez.

Por conta da destituição de Ednaldo Rodrigues, a entidade terá eleição entre janeiro e fevereiro. Ainda não há uma data definida porque Fifa e Conmebol informaram à CBF que o pleito só poderá ser marcado depois de uma visita das duas entidades internacionais ao Brasil.

Ambas não reconhecem a decisão da Justiça que tirou Ednaldo e José Perdiz como presidente em exercício. A visita está prevista para a segunda semana de 2024. Até o momento, Reinaldo Carneiro Bastos e Flávio Zveiter sinalizaram que vão concorrer à presidência.

Seleção e Fluminense?

Caso receba uma proposta para comandar a seleção brasileira em todo o ciclo para 2026, Diniz provavelmente não terá como opção conciliar o trabalho no Fluminense, uma vez que o acúmulo de trabalhos não tem sido positivo para a equipe nacional. Em seis jogos sob o comando do interino, o time canarinho tem apenas duas vitórias, um empate e três derrotas – aproveitamento de 39%.

Marcelo Gonçalves e Marina Garcia/FFC

Enquanto é alvo de críticas e coleciona recordes negativos na Seleção, o técnico vive seu auge no Fluminense e encerrou 2023 como campeão da Libertadores, do Carioca e vice do Mundial. A opção por um contrato curto com a CBF, inclusive, partiu do próprio treinador. Durante as conversas com Ednaldo, ele havia sido chamado para integrar a comissão de Ancelotti, mas ficou de dar uma resposta somente em 2024.

Internamente, o Tricolor já articula a renovação por mais um ano – o atual vínculo termina em 2024. A indefinição sobre o futuro da seleção brasileira não muda os planos da diretoria, que vive a expectativa por um avanço nas próximas semanas.