A defesa de Daniel Alves está enfrentando oposição ao recurso pedindo a liberdade provisória do jogador, e o caso de Robinho foi usado como justificativa. Segundo informações exclusivas obtidas pelo portal UOL, o documento apresentado na última quinta-feira (9) cita o fato de Robinho ter sido condenado em três instâncias na Itália, mas ainda viver livremente no Brasil.
A acusação teme que Daniel Alves possa viajar para o Brasil e não seja extraditado caso seja condenado. A possibilidade de fuga foi apontada como um dos motivos para mantê-lo em prisão provisória desde 20 de janeiro.
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A oposição também afirma que existem provas científicas que comprovam a versão da vítima de que houve um estupro na noite de 30 de dezembro de 2022 na discoteca Sutton em Barcelona. De acordo com o documento, a prisão preventiva é a única garantia de que o brasileiro esteja presente durante todo o processo investigativo.
O recurso e as oposições do Ministério Público espanhol e dos advogados que representam a denunciante, foram enviados ao Tribunal Provincial de Barcelona.
Acusação usa caso Robinho (condenado em 3 instâncias na Itália e vivendo livremente no Brasil) para pedir que Daniel Alves continue na prisão, afirmando ainda que há provas científicas embasando a versão da vítima (uol)
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) February 13, 2023
A estratégia da equipe de defesa de Daniel Alves
O portal UOL teve acesso ao documento apresentado pela defesa do jogador, conduzida pelo advogado criminalista Cristóbal Martell.
No documento, a defesa propõe a adoção de medidas cautelares para garantir que Daniel Alves não deixará o país. Estas medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega dos passaportes brasileiro e espanhol, e o compromisso de assinar um termo de presença diária em uma delegacia ou juizado.
A defesa também afirma que o jogador da seleção brasileira está disposto a aceitar uma ordem de restrição relacionada à denunciante, desde que ele possa responder ao processo em liberdade. De acordo com fontes jurídicas consultadas pelo UOL, a resolução do recurso deve ocorrer em no máximo duas semanas. Isso dependerá se as partes serão convocadas ou solicitarão novos depoimentos.
🚨JUSTIÇA: Daniel Alves muda sua versão e relato da vítima ganha mais força. Jogador admitiu pela primeira vez que houve penetração vaginal, afirma jornal El Tiempo. pic.twitter.com/MGgjgqg8C2
— CHOQUEI (@choquei) February 8, 2023
Relembre o caso Robinho
Robinho foi sentenciado a nove anos de prisão na Itália após o processo ter passado pelas três instâncias existentes no país. O jogador foi considerado culpado no caso do estupro coletivo de uma mulher em uma boate na Itália.
Vale lembrar que Robinho já se encontrava no Brasil no momento da sua condenação. No entanto, de acordo com a Constituição Federal do Brasil, o país não extradita seus cidadãos. Assim, o jogador só será preso caso viaje para um país que tenha um acordo de extradição firmado com a Itália.
O jogador também não pode cumprir a sua pena no Brasil, já que a legislação brasileira não permite acordos de cumprimento de pena quando o processo investigativo ocorre fora do país. A Itália já solicitou a homologação da sentença para que ele possa cumprir a pena no Brasil, mas o processo é complexo e demorado.
Caso Robinho pode ser determinante para manutenção da prisão provisória de Daniel Alves; entenda https://t.co/4R95oy3yjt
— BNews (@bnews_oficial) February 13, 2023
