CSA se livrou do rebaixamento? Entenda a decisão do STJD sobre a anulação de Anápolis x Guarani

Partida que terminou em 2 a 0 para os goianos poderia mudar G-8 e Z-4 da Série C

7min de Leituratimer 1

Nesta sexta-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou o pedido de anulação da partida entre Anápolis e Guarani, pela 13ª rodada da Série C 2025, que terminou em 2 a 0 para o time goiano. Na ocasião, o Anápolis disputou um lance com 12 jogadores em campo.

Se o pedido, feito pelo Bugre e que teve o CSA como terceiro interessado, fosse acatado, poderia alterar a tabela da competição, mudando os integrantes do G-8 e do Z-4, além de paralisar a sequência da competição.

Série C do Brasileirão 2025

  • O torneio começou no dia 12 de abril, com 20 equipes na disputa se enfrentando em 19 rodadas na primeira etapa;
  • Os oito primeiros colocados avançam para a segunda fase, enquanto os quatro últimos são rebaixados à Série D;
  • Caxias, Floresta, Londrina, São Bernardo, Brusque, Guarani, Náutico e Ponte Preta seguem vivos no torneio, em busca do título da temporada e do acesso à Série B 2026;
  • Neste ano, CSA, ABC, Retrô e Tombense foram rebaixados e disputam a Série D em 2026.

STJD nega pedido de anulação de Anápolis x Guarani; entenda o que aconteceu

Em julgamento, ocorrido na manhã desta sexta-feira (5), o STJD indeferiu o pedido feito pelo Guarani para anular a partida válida pela 13ª rodada da Série C.

Na partida em questão, o Anápolis, vencedor por 2 a 0, teria disputado um lance com um jogador a mais em campo, o que não é permitido.

O atacante João Celeri, do Anápolis, continuou em campo mesmo após a entrada de Igor Cássio, de acordo com o Bugre, fazendo com que a equipe atuasse com 12 jogadores por um período.

No momento da substituição, que resultou na denúncia do Guarani, o time goiano já tinha dois gols marcados a seu favor. O lance ainda contou com a participação de Celeri na defesa de um escanteio a favor do Bugre.

O Bugre ingressou com um pedido de anulação alegando erro direto na arbitragem de Marcello Ruda Neves (DF), baseado no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

O artigo prevê “anulação de uma partida quando comprovado erro de direito capaz de interferir no resultado". O CSA entrou como terceiro interessado, mas o pedido feito pelo Guarani foi rejeitado por unanimidade.

O que o CSA tem a ver com o jogo entre Anápolis e Guarani?

O Azulão acabou rebaixado à Série D na última rodada da primeira fase, terminando na 17ª posição. O CSA tinha esperanças de escapar da degola caso a partida fosse anulada, já que poderia acontecer uma mudança no G-8 e no Z-4.

Por isso, a equipe alagoana entrou como terceiro interessado no pedido feito pelo Bugre. Após as manifestações das defesas de Anápolis, Guarani e CSA, o pedido foi rejeitado por unanimidade. Houve uma divergência entre procuradoria e relatora em relação ao erro de direito.

O procurador Eduardo Ximenes entendeu que houve erro de direito, mas avaliou que o ocorrido não teve impacto suficiente para mudar o resultado da partida.

Já a auditora relatora, Mariana Barreiras, pontuou que, para ela, o erro foi de fato e/ou procedimento, uma vez que não houve equívoco sobre a interpretação da regra, mas, sim, uma falha de comunicação na hora da substituição, o que causou a vantagem numérica ao Anápolis.

Ambas as partes concordaram que tratou-se de um erro grave. Com isso, a procuradoria se comprometeu em elaborar uma denúncia contra a arbitragem do duelo. Os demais também acompanharam os votos no sentido de que o erro não foi suficiente para impactar no resultado final do jogo.

Como a decisão afeta o CSA?

Na prática, como a partida não foi anulada, a classificação final da primeira fase segue como está e a disputa pela Série C continua.

O Anápolis escapou do rebaixamento, encerrando em 15º com 23 pontos, enquanto o CSA, com 22 pontos, confirmou o rebaixamento à Série D após encerrar a campanha em 17º.

O Guarani, que avançou na 7ª posição, disputa o quadrangular final do torneio, que começa neste sábado (6) já com Dérbi Campineiro, entre Bugre e Ponte Preta. O clássico começa às 17h (de Brasília), no Brinco de Ouro.

Como é disputada a Série C do Brasileirão?

Com 20 times na disputa, o campeonato tem três fases no total. Na primeira, os clubes se enfrentam no sistema de pontos corridos, em turno único. Os oito melhores colocados avançam para a próxima fase. Já os quatro últimos, são rebaixados à Série D.

Na segunda fase, os oito são divididos em dois grupos com quatro equipes cada, e jogam dentro de suas chaves em dois turnos. Ao final das rodadas, os dois melhores de cada grupo garantem o acesso à Série B.

Por fim, os líderes de cada chave se classificam para a final. Em caso de igualdade na pontuação, os critérios de desempate são:

  • Mais vitórias;
  • Melhor saldo de gols;
  • Mais gols pró (marcados);
  • Confronto direto;
  • Menor número de cartões vermelhos;
  • Menor número de cartões amarelos;
  • Sorteio.

A decisão pelo título é disputada em jogos de ida e volta, e em caso de igualdade no marcador, o campeão é definido na disputa de pênaltis.

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Jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), iniciando a trajetória no jornalismo esportivo no Sambafoot. Já atuei em diversas editorias, mas minha...
maior afinidade é com entretenimento no geral. Gosto de acompanhar vários clubes de diversas divisões do futebol brasileiro, além de me manter antenada nos memes que só o Brasil proporciona. As vagas lembranças do pentacampeonato de 2002 da seleção brasileira não me deixam desistir do hexa. Também torço fortemente pelo primeiro mundial da seleção feminina (ele vem!) e que a categoria tenha seu devido reconhecimento. Além do futebol, basquete e vôlei despertam o meu interesse e também foram fundamentais na decisão de qual carreira seguir.
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