Por que as crianças entram em campo com os jogadores? Veja como participar!

No Brasil, ação aconteceu pela primeira vez em jogo entre Atlético-MG x América-MG, em 1976

7min de Leituratimer 1

Crianças entrando em campo com os jogadores é uma prática comum nos estádios, no Brasil e no mundo. Participar de uma partida e pisar no gramado ao lado de seus ídolos é o sonho de muitos torcedores mirins.

No mês da criança, o Sambafoot conta como essa ação começou e mostra caminhos para proporcionar essa experiência aos pequenos. 

Mascotes do futebol

  • A presença de crianças no futebol é uma tradição que acontece no Brasil e em outros países;
  • Estar lado a lado com seus ídolos e sentir a emoção de estar em um estádio é uma experiência inesquecível para os pequenos;
  • A prática é promovida pelos clubes e há regras específicas para participação.

Origem dos mascotes mirins

Segundo o site Guia dos Curiosos, administrado pelo jornalista e escritor Marcelo Duarte, a ideia de incorporar mascotes mirins ao futebol surgiu no Brasil, na década de 1970.

Na ocasião, Ronan Ramos Oliveira, diretor de Relações Públicas do Atlético Mineiro, promoveu uma ação para atrair famílias aos estádios em dias de jogos.

Para isso, Oliveira realizou um processo seletivo com a participação de crianças. No entanto, a peneira tinha um critério inusitado: cada pequeno deveria ser sósia de um jogador.

Assim, no dia 5 de setembro de 1976, os selecionados entraram em campo na partida Atlético-MG x América-MG, conhecida como Clássico das Multidões.

Crianças do Atlético Mineiro em 1976

Reprodução/X

Fifa reconhece a ação

Em 2001, a Fifa firmou parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para oficializar e apoiar a participação de crianças entrando em campo com os jogadores. 

Nos anos seguintes, a entidade máxima do futebol investiu na ação e a popularizou. Na Copa de 2014, por exemplo, 1.408 crianças representando 70 nacionalidades foram selecionadas pelo patrocinador oficial do torneio (Mc Donald’s). Além da empresa de fast food, a Mastercard também promove ações semelhantes em competições na Europa.

Crianças entrando em campo com os jogadores: como participar

No Brasil, cada clube tem regras específicas para proporcionar a experiência para meninos e meninas. Em geral, pais ou responsáveis devem ser sócios-torcedores do time desejado, além de formalizar a inscrição previamente. Confira:

São Paulo

O Tricolor paulista costuma selecionar crianças matriculadas em escolinhas licenciadas pelo clube para acompanhar jogadores nas partidas do Campeonato Brasileiro.

Palmeiras

No Verdão, além de entrar em campo com os ídolos, as crianças de 4 a 12 anos com altura máxima de 1,50m também podem participar do aquecimento antes da partida.

Para isso, os responsáveis devem credenciar o menor duas horas antes do jogo, em pontos estratégicos localizados no Allianz Parque.

O clube estabelece diretrizes para autorizar a participação. Para os meninos é exigido tênis adequados, camisa e calção do Palmeiras.

As meninas podem usar calça legging branca ou verde. Não é permitido usar boné, máquina fotográfica ou caneta para autógrafos. O Verdão disponibiliza o e-mail torcedor.mirim@@palmeiras.com para dúvidas e mais informações. 

Santos

O Peixe condiciona a participação de crianças por meio do programa de sócio-torcedor ou das escolinhas franqueadas. Para participar, os interessados devem enviar e-mail para [email protected]

Corinthians

No Timão, a presença de crianças em campo é permitida exclusivamente para associados do programa Fiel Torcedor, podendo ser resgatado pelo Universo SCCP, aplicativo oficial do Corinthians. Responsáveis por crianças de até 11 anos e 11 meses devem enviar solicitação para o e-mail [email protected]

Flamengo

A experiência “Pequeno Rubro-Negro” possibilita que crianças filhos ou filhas de sócios-torcedores se inscrevam pelo e-mail [email protected] nas 72 horas antes do jogo e na semana da partida.

Fluminense

Destinada exclusivamente a sócios infantis entre 5 e 11 anos, a participação pode ser resgatada pelo Portal do Sócio.

Vasco

A experiência no Gigante da Colina é exclusiva para filhos de sócios-torcedores com idades entre 5 e 12 anos, podendo ser resgatada diretamente no site Sócio Gigante.

Botafogo

Pequenos torcedores do Fogão, com idades de 5 a 12 anos, podem entrar em campo desde que façam parte da categoria Cria+ do Camisa 7. Para participar, os interessados devem acessar o site Camisa 7 e escolher a opção “Cria + em campo”. Porém, é importante conferir as datas para a experiência, divulgadas antecipadamente nas redes sociais do programa.

Cruzeiro

Sócios da Raposa podem resgatar vagas no site oficial do clube e seguir as instruções que serão enviadas aos interessados, por e-mail.

Atlético-MG

No Galo, as crianças de até 12 anos, interessadas a entrar em campo, ficam reunidas em portões específicos antes das partidas do Campeonato Mineiro. Pelo Brasileirão, a atividade é exclusiva para sócios-torcedores assinantes do planoGNV Kids

Internacional

O projeto Criança Colorada costuma selecionar crianças para entrar em campo com os jogadores em dias de partida. Para participar, os interessados devem ser filhos de sócios com mensalidades em dia, ter entre 5 e 11 anos e altura máxima de 1,40m. Os sorteios são divulgados no Instagram @relsocialinter.

Grêmio

Com vagas limitadas para sócios infantis de 5 a 11 anos e demais torcedores, as inscrições devem ser realizadas pelo WhatsApp (51) 3218-2000.

ana bittencourt
Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...
graduação em 2008 na Universidade Franciscana, em Santa Maria (RS). Tem passagens pelo Grupo RBS e pelo Sistema Medianeira de Rádios. Cresceu em uma família de pai e irmão fanáticos por futebol e com eles coleciona grandes memórias. A principal delas, com a Seleção Brasileira, durante a final da Copa do Mundo de 1994 - a primeira em que viu o Brasil ser campeão do mundo. Até hoje não esquece a reação de Roberto Baggio ao errar o gol e imagina como seria a cobrança de Bebeto caso o italiano não tivesse chutado para fora.
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