O Corinthians rompeu ligações com o Bahia e o grupo City após a contratação do jovem Kauê Furquim. O menino de 16 anos se transferiu do Timão para os baianos.
Em fim de contrato, o menino não respondeu os paulistas para renovar e no mesmo momento, o Bahia pagou sua multa rescisória e o levou. O Corinthians alega aliciamento no caso.
Briga
- Corinthians acusa o Bahia de aliciamento na contratação do meia Kauê Furquim;
- O jogador de 16 anos custou R$14 milhões na multa rescisória paga pelos baianos;
- O Timão cortou relações com o time baiano e não quer mais negociar jogadores.
Alegações do Timão
Nenê do Posto, diretor da base do Corinthians, deu seu relato sobre o assunto e disse que o time baiano aliciou o jovem. O Timão tentou renovar o contrato de Kauê, aumentar o salário, mas os empresários não responderam, até chegar a multa rescisória paga pelo Bahia.
"Há 15 dias teve um jogo na Fazendinha, o Kauê Furquim jogou, e quem estava assistindo ao jogo? O pessoal do Bahia. Eu estava lá em cima, nem sabia. O Kauê fez um golaço, sofreu pênalti, foi o grande jogo da carreira dele. No dia seguinte, ligamos para o empresário dele e falamos: ‘queremos dar um aumento para o garoto, dá para vir aqui?
Dias depois, nos reunimos. Conversamos até na sala do presidente, com a presença do Osmar Stabile. Oferecemos o dobro de salário, e eu falei: ‘nosso teto aqui é esse, mas essa renovação tem que ser feita no profissional’. Eles gostaram do menino lá (no time de cima) e não dá para pagar mais do que isso na base".
Nota oficial
O Corinthians soltou uma nota oficial para falar sobre o assunto. Até agora, nem Bahia, nem os empresários do jogador, fizeram alguma publicação sobre o caso:
"O Sport Club Corinthians Paulista, ao longo de sua centenária história, tem como um de seus valores o respeito para com as instituições de relevância esportiva e cultural, sejam elas do Brasil ou do exterior.
Repudiamos, veementemente, o aliciamento ilícito e imoral do jogador Kauê Furquim, formado nas categorias de base do Corinthians, em trama envolvendo o City Football Group e o Esporte Clube Bahia.
Em nenhum momento o Corinthians foi comunicado sobre o interesse na negociação do jogador. Estudaremos os caminhos jurídicos necessários e possíveis para punir os responsáveis e apelaremos à CBF e à FIFA para que a justiça seja feita.
A estratégia retoma mais um ato daquela antiga e nefasta prática da subtração de talentos, ainda muito jovens, do futebol nacional, levando-os a preço vil para mercados externos, reduzindo o Bahia a um mero intermediador de negócios.
Reforçamos, mais uma vez, nosso repúdio aos envolvidos rompendo por completa qualquer relação institucional com o Esporte Clube Bahia e o City Football Group."
Vai brigar na justiça
A multa de Kauê era de R$14 milhões para o futebol nacional, mas R$315 milhões para fora do país. Por isso, o Corinthians promete ir a justiça para tentar ganhar a multa internacional.
A alegação é de que, como o Bahia pertence ao grupo City, o jogador assinará com a empresa global e por isso, pode defender qualquer equipe fora do país “gratuitamente", se os times do grupo quiserem trocar atletas.
No Bahia, alguns jogadores já chegaram de outros times do grupo City, caso do atacante Kayky, que estava no Girona, da Espanha e o volante Acevedo, que veio do New York City.
